Refino de petróleo seguirá relevante apesar da pressão por redução de fósseis e transição para energias renováveis nas próximas décadas.
O mercado de refinarias está enfrentando desafios significativos à medida que o mundo se move em direção a fontes de energia mais limpas. As refinarias precisarão se adaptar e investir em tecnologias mais sustentáveis para reduzir suas emissões de carbono e continuar a desempenhar um papel relevante no suprimento global de energia.
As plantas de refino, estaleiros de refino e outras instalações de refino terão que encontrar maneiras de se tornarem mais eficientes e amigáveis ao meio ambiente, à medida que o mundo busca reduzir sua dependência de combustíveis fósseis. A transição para fontes de energia renovável oferece desafios, mas também oportunidades para a indústria de refino se reinventar e desempenhar um papel vital no futuro energético do planeta.
Refinarias e as Mudanças Climáticas
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo de combustíveis fósseis, como diesel e gasolina, por exemplo, ainda nem chegou ao pico, o que deve ocorrer em 2026.
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Como a demanda não está caindo, mas as mudanças climáticas impõem um esforço no corte de emissões de gases de efeito estufa, torna-se ainda mais importante reduzir a intensidade de carbono do refino do petróleo e da produção dos combustíveis.
Saiba como isso é possível e o que tem sido feito no Brasil.
- Quando mundo vai parar de usar combustíveis fósseis?
- Por que não encerrar a produção de fósseis de uma vez?
- Como as refinarias decidem o que fazer para reduzir os impactos ambientais?
- O que já está em curso no Brasil
- O que ainda pode ser feito
- Até que ponto é possível descarbonizar o refino de petróleo tradicional?
- Como essa indústria vai se adaptar no longo prazo?
Transição Energética e Compromissos Ambientais
Na última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, a declaração final dos países foi a primeira a incluir uma ‘transição para longe‘ dos combustíveis fósseis, mas não trouxe nenhuma meta específica para a eliminação do uso de carvão, petróleo e gás.
A maioria dos países ainda não tem uma meta clara para o fim do uso desses produtos e prefere focar na busca por zerar as emissões líquidas, o que não necessariamente significa o fim dos fósseis, já que abre espaço para a continuidade das emissões, desde que compensadas.
O Brasil, por exemplo, tem como meta atingir emissões líquidas neutras até 2050. Como parte da contribuição brasileira para o Acordo de Paris, está previsto o aumento da participação de bioenergia na matriz energética para 18% até 2030, ano em que o país espera alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na matriz.
Ou seja, não há ainda uma perspectiva concreta para encerrar o uso dos combustíveis fósseis nas próximas décadas.
Como a demanda continua existindo, deixar de produzir combustíveis sem substituí-los por outra fonte de energia vai criar escassez e aumentar os preços.
Reduzir a oferta de produtos como diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP) sem que outras alternativas estejam disponíveis na mesma escala pode levar a um aumento da inflação e à pobreza energética.
Fonte: EPBR