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Refinarias brasileiras adotam iniciativas para reduzir as emissões de carbono.

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 21/01/2024 às 20:10
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Refinaria Mataripe (antiga Rlam), na Bahia (Foto: Agência Petrobras) – Todos os direitos: EPBR

Refino de petróleo seguirá relevante apesar da pressão por redução de fósseis e transição para energias renováveis nas próximas décadas.

O mercado de refinarias está enfrentando desafios significativos à medida que o mundo se move em direção a fontes de energia mais limpas. As refinarias precisarão se adaptar e investir em tecnologias mais sustentáveis para reduzir suas emissões de carbono e continuar a desempenhar um papel relevante no suprimento global de energia.

As plantas de refino, estaleiros de refino e outras instalações de refino terão que encontrar maneiras de se tornarem mais eficientes e amigáveis ao meio ambiente, à medida que o mundo busca reduzir sua dependência de combustíveis fósseis. A transição para fontes de energia renovável oferece desafios, mas também oportunidades para a indústria de refino se reinventar e desempenhar um papel vital no futuro energético do planeta.

Refinarias e as Mudanças Climáticas

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo de combustíveis fósseis, como diesel e gasolina, por exemplo, ainda nem chegou ao pico, o que deve ocorrer em 2026.

Como a demanda não está caindo, mas as mudanças climáticas impõem um esforço no corte de emissões de gases de efeito estufa, torna-se ainda mais importante reduzir a intensidade de carbono do refino do petróleo e da produção dos combustíveis.

Saiba como isso é possível e o que tem sido feito no Brasil.

  • Quando mundo vai parar de usar combustíveis fósseis?
  • Por que não encerrar a produção de fósseis de uma vez?
  • Como as refinarias decidem o que fazer para reduzir os impactos ambientais?
  • O que já está em curso no Brasil
  • O que ainda pode ser feito
  • Até que ponto é possível descarbonizar o refino de petróleo tradicional?
  • Como essa indústria vai se adaptar no longo prazo?

Transição Energética e Compromissos Ambientais

Na última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, a declaração final dos países foi a primeira a incluir uma transição para longe dos combustíveis fósseis, mas não trouxe nenhuma meta específica para a eliminação do uso de carvão, petróleo e gás.

A maioria dos países ainda não tem uma meta clara para o fim do uso desses produtos e prefere focar na busca por zerar as emissões líquidas, o que não necessariamente significa o fim dos fósseis, já que abre espaço para a continuidade das emissões, desde que compensadas.

O Brasil, por exemplo, tem como meta atingir emissões líquidas neutras até 2050. Como parte da contribuição brasileira para o Acordo de Paris, está previsto o aumento da participação de bioenergia na matriz energética para 18% até 2030, ano em que o país espera alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na matriz.

Ou seja, não há ainda uma perspectiva concreta para encerrar o uso dos combustíveis fósseis nas próximas décadas.

Como a demanda continua existindo, deixar de produzir combustíveis sem substituí-los por outra fonte de energia vai criar escassez e aumentar os preços.

Reduzir a oferta de produtos como diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP) sem que outras alternativas estejam disponíveis na mesma escala pode levar a um aumento da inflação e à pobreza energética.

 

Fonte: EPBR

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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