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Redução de tarifas para o transporte de cargas no Porto de Santos após desestatização deverá aumentar competitividade e atrair empreendimentos, segundo Ministério da Infraestrutura

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 29/04/2022 às 10:51
O Ministério da Infraestrutura está prevendo uma redução de até 20% nas tarifas cobradas dentro do Porto de Santos para as operações de transporte de cargas após a desestatização e, com isso, aguarda uma maior atração de empreendimentos para o local
Foto: Exame/Germano Lüders

O Ministério da Infraestrutura está prevendo uma redução de até 20% nas tarifas cobradas dentro do Porto de Santos para as operações de transporte de cargas após a desestatização e, com isso, aguarda uma maior atração de empreendimentos para o local

As projeções do Ministério da Infraestrutura quanto à desestatização do Porto de Santos para essa sexta-feira (29/04), estão bastante otimistas. E o órgão espera que, após o processo de privatização, novos empreendimentos sejam atraídos para o local, em razão da redução esperada nas tarifas cobradas para as operações de transporte de cargas no complexo, que se consagrou como um dos maiores do setor portuário nacional.

Processo de desestatização do Porto de Santos deverá culminar em uma redução de até 20% nas tarifas cobradas para o transporte de cargas e atrair novos empreendimentos 

O Ministério da Infraestrutura, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), está cada vez mais investido nos processos de privatização dos complexos portuários nacionais e o próximo da lista é o Porto de Santos. Assim, com o processo de desestatização do complexo, o ministério espera atrair novos empreendimentos com a redução que está sendo projetada para as tarifas cobradas dentro das operações de transporte de cargas.

Segundo as projeções iniciais da Antaq e do Ministério da Infraestrutura, o Porto de Santos deverá receber uma redução de até 20% nas tarifas do transporte de cargas após o fim do processo de desestatização. Essa é uma ótima oportunidade para o complexo não só conseguir uma maior atração de investidores, mas também gerar uma competitividade ainda maior dentro do segmento portuário nacional, na qual os empreendimentos no complexo serão cada vez mais procurados pelos benefícios fiscais e baixas tarifas. 

Apesar disso, o Ministério da Infraestrutura ainda precisa concretizar essas projeções com a finalização da desestatização, uma vez que a realidade atual está bem longe da redução das tarifas, já que passou a vigorar este mês uma nova estrutura tarifária, com reajuste médio de 13,2%, autorizado pela Antaq. Essa é uma notícia não tão estimulante para o setor portuário, mas a privatização do Porto de Santos ainda poderá atrair um crescimento ainda maior para o complexo, caso as projeções do ministério estejam de acordo com o que irá acontecer nas tarifas de transporte de cargas. 

Representantes do setor portuário ressaltam necessidade de baixas tarifas para as operações de transporte de cargas para uma cadeia produtiva mais atraente aos empreendimentos 

Um dos principais objetivos do Governo Federal e do Ministério da Infraestrutura com a privatização do Porto de Santos é a atração de novos investimentos para a infraestrutura do local. No entanto, a possibilidade de tarifas ainda mais baixas e uma nova dinâmica para atrair empreendimentos voltados para o transporte de cargas no porto abriu os olhares dos órgãos para que esse seja um dos pontos a serem observados dentro do processo de desestatização. 

Assim, o diretor-presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), Sérgio Aquino, comentou sobre a relevância na queda das tarifas para o transporte de cargas na busca por empreendimentos para o porto e afirmou: “Qualquer aumento ou redução das tarifas praticadas pelo Porto, sempre geram repercussão no custo do usuário. Isso significa que influenciam para cima ou para baixo nas mercadorias importadas e na competitividade no produto de exportação. Mas tudo vai para o preço dos produtos. Se o terminal portuário cobra muito caro, se o armador cobra frete alto, a carga sempre paga a conta”.

Com isso, o Ministério da Infraestrutura precisa trabalhar ao lado da companhia que irá arrematar o Porto de Santos após a desestatização para garantir que essas projeções se tornem realidade no cenário futuro do complexo.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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