A Confederação Nacional da Indústria saúda a decisão do Copom de diminuir a taxa básica de juros, vislumbrando um cenário mais otimista para o crédito e a economia.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, foi aplaudida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, a medida é oportuna e beneficia o mercado de crédito e a atividade econômica como um todo.
Uma Lufada de Ar Fresco no Mercado de Crédito
Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, esta redução da Selic vem em um momento crítico. “O mercado de crédito para empresas viu uma contração de 5% nos primeiros sete meses deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior”, pontua Andrade. Ele acredita que esta medida ajudará a reverter o declínio na concessão de crédito e dará um novo fôlego à atividade econômica.
Desaceleração Econômica: Um Pano de Fundo Preocupante
O Produto Interno Bruto (PIB) também mostrou sinais de desaceleração nos dois primeiros trimestres de 2023, crescendo apenas 0,9% e 0,6%, respectivamente. Além disso, houve um declínio notável na produção industrial de bens de capital e bens de consumo em julho de 2023, em comparação com o mesmo mês no ano anterior. Estas estatísticas lançam dúvidas sobre o ritmo futuro da atividade econômica. “A redução da Selic é crucial. Ela não apenas ajuda no combate à inflação, mas também evita maiores restrições ao setor industrial”, afirma o presidente da CNI.
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A Redução da Selic e a Inflação Sob Controle
Desde fevereiro de 2022, a política monetária brasileira tem sido suficientemente rigorosa para controlar a inflação. Os índices de preços ao consumidor, que eram uma preocupação principal nos últimos anos, agora mostram uma tendência de queda. Por exemplo, o IPCA estava em 5,77% no início do ano e desacelerou para 4,16% em agosto.
Expectativas de Inflação e Juros Reais
O relatório Focus, do Banco Central, também revela uma visão otimista para os próximos anos. A inflação prevista para 2024 é de 3,86% e para 2025 é de 3,50%. Mesmo após a recente redução na Selic, a taxa de juros real permanece em 8,8% ao ano, o que sugere que ainda há espaço para futuros cortes da Selic sem afetar negativamente a inflação ou a atividade econômica.
Em resumo, a redução da Selic é um movimento acertado que deverá beneficiar tanto o mercado de crédito como a atividade econômica em geral. É um passo positivo para mitigar os desafios atuais da economia, mantendo um equilíbrio cauteloso com o cenário de inflação.
Fonte: Jornalismo – CNI.