Planejando morar nos EUA? Prepare-se para despesas médicas que podem arruinar suas finanças! O sistema de saúde americano, com seus custos exorbitantes e complexidades, é um dos maiores desafios para quem quer viver na terra do Tio Sam. Saiba como evitar uma falência inesperada.
Você sonha em viver o “sonho americano” nos Estados Unidos? Atenção, o que pode parecer um paraíso de oportunidades pode esconder um pesadelo financeiro!
As despesas médicas nos EUA são a principal causa de falência pessoal no país, e os valores são de cair o queixo. Se você acha que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem problemas, prepare-se para conhecer o sistema de saúde americano, que pode arruinar seu bolso.
De acordo com o jornalista Dony Denuccio, do canal Invest News, o sistema de saúde americano é complexo e notoriamente caro. “Para quem pensa em se mudar para os Estados Unidos, entender como funciona o sistema de saúde é crucial”, afirma Denuccio.
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Ao contrário do Brasil, onde o SUS oferece um atendimento gratuito, ainda que com limitações, nos EUA, a saúde é predominantemente privada, o que significa que não há um equivalente ao SUS para atender a todos de forma universal e gratuita.
Por que os custos são tão altos?
Segundo Denuccio, cada estado nos Estados Unidos possui suas próprias regras de saúde, mas a maioria dos serviços é oferecida por empresas privadas.
Isso inclui desde clínicas de urgência, conhecidas como “urgent cares”, até hospitais de alta complexidade.
“Nos EUA, se você não tiver um plano de saúde, prepare-se para gastar muito com despesas médicas”, alerta o jornalista.
E essas despesas podem facilmente levar à falência. Um estudo do National Bankruptcy Forum revelou que 66,5% dos casos de falência pessoal nos EUA estão relacionados a despesas médicas.
Custo dos planos de saúde nos EUA
Os números são assustadores. Os EUA gastam mais com saúde per capita do que qualquer outro país do mundo.
Em 2022, o país destinou aproximadamente 4,5 trilhões de dólares para a saúde, superando até mesmo o PIB de todos os países da América do Sul juntos.
De acordo com dados da Kaiser Family Foundation (KFF), em 2023, o custo médio anual de um plano de saúde individual nos EUA foi de 8.435 dólares, enquanto um plano familiar chegou a quase 24.000 dólares. Isso representa um aumento de 47% nos últimos dez anos, muito acima da inflação.
Como funcionam os planos de saúde nos EUA
Para quem pensa que o plano de saúde funciona como no Brasil, é importante entender as particularidades do sistema americano.
Nos EUA, planos de saúde são mais semelhantes a seguros, com cobertura parcial ou total das despesas médicas. Os planos possuem termos específicos como “coparticipação”, “franquia” e “coinsurance”, que podem representar custos adicionais significativos para o paciente.
“A coparticipação é uma das despesas mais comuns e pode ser um valor fixo ou uma porcentagem do custo dos serviços médicos”, explica Denuccio.
Além disso, há a “franquia” (deductible), que é o valor que o paciente precisa pagar do próprio bolso antes que o plano comece a cobrir as despesas.
Em muitos casos, mesmo após atingir essa franquia, o paciente ainda terá que pagar uma porcentagem das despesas médicas, conhecida como “coinsurance”.
“No caso mais extremo, se tudo der errado e você precisar de um tratamento caro, pode acabar pagando uma pequena fortuna do próprio bolso”, alerta o apresentador.
Exemplos de custos médicos nos EUA
Vamos a um exemplo prático. Segundo Denuccio, em uma cotação de planos de saúde, os valores mensais podem variar significativamente. Para uma família de quatro pessoas, um plano básico pode custar cerca de 740 dólares por mês, enquanto um plano mais completo pode chegar a 1.200 dólares.
A principal diferença entre esses planos não está na cobertura dos tratamentos, mas nos custos adicionais que o paciente precisará arcar, como a franquia e a coparticipação.
“No plano mais barato, a franquia pode ser de até 10.000 dólares, enquanto no plano mais caro, pode não haver franquia”, exemplifica Denuccio.
Alternativas de cobertura: Medicare, Medicaid e Obamacare
Além dos planos de saúde tradicionais, existem outras opções de cobertura, como o Medicare, Medicaid e o Affordable Care Act, conhecido como Obamacare. “O Medicare é um seguro de saúde federal para pessoas com 65 anos ou mais, e para algumas pessoas jovens com deficiência”, esclarece Denuccio. Já o Medicaid é destinado a pessoas e famílias de baixa renda e é financiado conjuntamente pelos governos federal e estadual. O Obamacare, por sua vez, é uma lei que amplia o acesso aos seguros de saúde, especialmente para aqueles que não poderiam pagar por um plano tradicional.
Controvérsias e considerações dinais
Contudo, o Obamacare é um tema controverso. “Muitas críticas ao programa se concentram no aumento de impostos e no impacto nos preços dos planos de saúde”, comenta Denuccio.
Os críticos apontam que, embora o Obamacare tenha ampliado o acesso à saúde para milhões de americanos, ele também aumentou os custos para aqueles que não são beneficiários do programa.
Com tantas opções e terminologias, escolher um plano de saúde nos EUA pode ser uma tarefa desafiadora.
“É essencial avaliar cuidadosamente as suas necessidades e capacidades financeiras antes de escolher um plano”, aconselha o jornalista.
Denuccio também destaca a importância de contratar um seguro viagem para quem planeja visitar os Estados Unidos, já que uma emergência médica pode resultar em uma conta astronômica.
Para finalizar, é crucial entender que os custos da saúde nos Estados Unidos são um dos maiores desafios para quem deseja morar no país. Nesse sentido, Denuccio conclui: “a saúde nos EUA é uma questão de planejamento financeiro. Sem um bom plano ou seguro, você pode acabar com uma dívida impagável.”