Carnê-Leão, bens de casais e despesas médicas estão entre os principais motivos que levam contribuintes à malha fina já no dia seguinte à entrega.
A Receita Federal passou a processar as declarações de Imposto de Renda com velocidade inédita, o que já preocupa contadores e contribuintes. Segundo a contabilista Lavínia Ramos, em apenas 24 horas após o envio, alguns contribuintes têm recebido alertas de inconsistências e caído diretamente na malha fina. A mudança está ligada ao avanço de sistemas de cruzamento de dados em tempo real, que agora verificam informações de forma quase instantânea.
O impacto é direto: erros comuns, antes identificados apenas meses depois, já aparecem como pendências logo após a entrega da declaração. Entre os principais pontos de risco estão o preenchimento incorreto do Carnê-Leão, falhas na divisão de bens entre cônjuges e deduções médicas mal registradas.
Carnê-Leão é alvo central da fiscalização
O Carnê-Leão é uma das maiores fontes de autuações. Profissionais autônomos, liberais e donos de imóveis para aluguel muitas vezes informam seus rendimentos apenas na declaração anual, sem recolher o imposto mensal obrigatório. Para a Receita, essa prática configura erro grave, resultando em cobrança imediata com juros e multa.
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A recomendação de especialistas é clara: registrar e recolher mensalmente os rendimentos sujeitos ao Carnê-Leão, para evitar surpresas desagradáveis e autuações retroativas.
Declarações de casais exigem atenção redobrada
Outro ponto de fiscalização intensa está nas declarações de cônjuges e companheiros. Muitos casais acabam declarando bens em conjunto ou de forma separada sem respeitar o regime de casamento — como comunhão parcial, comunhão universal ou separação total.
Um exemplo frequente é lançar um imóvel como pertencente apenas a um dos cônjuges quando, legalmente, ele deveria estar dividido. Situações como essa levam automaticamente à malha fina, especialmente em casos de compra e venda declarados com inconsistência.
Despesas médicas e educacionais sob vigilância
As deduções médicas e educacionais estão entre as mais verificadas. Qualquer divergência em recibos, duplicidade de lançamento ou inclusão de gastos não permitidos gera alerta automático no sistema da Receita.
Recibos com datas erradas, lançamento de materiais escolares como dedutíveis ou despesas já informadas por clínicas que são novamente declaradas pelo contribuinte caem no cruzamento automático de dados. Isso significa que a Receita já compara recibos, notas fiscais e declarações de prestadores em tempo real, eliminando margens para erros.
RRA: falhas em rendimentos acumulados são recorrentes
Os Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA) — como verbas trabalhistas e indenizações pagas em blocos — também estão entre os maiores responsáveis por pendências. O erro mais comum ocorre quando o contribuinte não informa corretamente o número de meses do recebimento, confunde anos ou deixa de descontar honorários advocatícios.
Essas falhas fazem com que os valores declarados não coincidam com os informes enviados por empresas e órgãos pagadores, resultando em autuação imediata.
Malha fina em tempo real: o que muda para o contribuinte
A contabilista Lavínia Ramos alerta que mesmo declarações já liberadas (“verdes”) podem ser reprocessadas pela Receita em até 5 anos. Isso significa que não basta enviar corretamente: é preciso acompanhar a declaração e, se necessário, retificar rapidamente para evitar multas.
A tendência é que a fiscalização se torne cada vez mais digital e automatizada, reduzindo a tolerância para erros ou omissões. Dessa forma, revisar rendimentos, deduções e bens antes do envio deixou de ser recomendação e passou a ser obrigação para quem não quer enfrentar dor de cabeça.
E você, já teve problemas com a malha fina? Acredita que a fiscalização imediata vai aumentar a justiça ou apenas complicar a vida do contribuinte? Compartilhe sua opinião nos comentários.
Engraçado que para as fraudes de facções, servidores que trabalham em órgãos públicos de todas as esferas, o dinheiro de no mensalão, lava jato, petrolao, INSS, os 4bi de fraude no min da educação, das ongs…isso não é pego e ninguém sabe o destino! Haja vista os 22milhoes da casa do Barroso que está em nome de offshore….e que ele pagou a vista …como esse dinheiro saiu do Brasil? Sabe, e depois a conta só cai no coitado do povo q tenta salvar um pouco do que sobra….qdo sobra!
Aqui no Brasil é muita desigualdade e injustiça!!!!!