A usina da FS Bioenergia no Mato Grosso, maior produtora de etanol de milho do país, será a 1ª com pegada de carbono negativa
A FS Bioenergia, maior produtora de etanol de milho do país, irá realizar investimentos de cerca de R$ 250 milhões para implementar um sistema de bioenergia com captura e estocagem de carbono em sua usina, localizada em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. O empreendimento será o primeiro do Brasil a ter pegada de carbono negativa – ou seja, vai estocar mais carbono do que emite. Veja ainda: 400 milhões de reais em investimentos são esperados em nova usina de etanol e energia na Bahia. 8 mil vagas de emprego podem ser gerados no local
- Estudo do CTC/PUC-Rio consegue produzir biogás usando apenas cascas de tangerina
- Líder norte-americana do e-commerce Amazon, compra 1.000 caminhões “dirigidos por robôs” para agilizar entregas
- Empresa de viagens Decolar abre 100 vagas de emprego em SP para profissionais de TI, financeiro, RH e diversas outras áreas
- SENAC e SESC-PR oferecem 3 mil vagas em cursos gratuitos online e EAD nas áreas de gastronomia, beleza, gestão e outras categorias
- Empresa de telemarketing está com 630 vagas de emprego presencial e home office e sem necessidade de experiência para a função de atendente, na Paraíba
Projeto com pegada de carbono negativa da usina de etanol de milho, no Mato Grosso
A FS Bioenergia irá capturar, comprimir e transportar o carbono produzido na usina até um local de armazenamento subterrâneo. A empresa contratou estudos geológicos e sísmicos para definir qual será a localização exata da injeção de carbono na planta no Mato Grosso.
Rafael Abud, presidente da companhia, disse em entrevista ao Estadão que fizeram a primeira etapa de viabilidade, que determinou que a condição geológica da região da planta é boa. Segundo ele, agora estão fazendo estudos sísmicos para garantir a viabilidade do local, para avançar na construção do projeto de carbono na usina.
- Estado brasileiro sem ferrovia pode finalmente ganhar sua PRIMEIRA estrada de ferro
- Túnel subaquático no Brasil ligará 11 municípios! Obra com 29 metros de profundidade custará R$ 1 bilhões e gerará 11 MIL empregos
- Erro de computador no banco cria dinheiro infinito e transforma garçom em milionário com R$ 6 milhões em apenas 4 meses
- Forças Armadas contratam militares aposentados com custo de R$ 800 MILHÕES por ano e salários de até R$ 47 mil por mês
Tal estudo sísmico foi feito para identificar o ponto e a profundidade ideais para a injeção do carbono na usina de etanol de milho. Ele é injetado em rochas porosas localizadas logo abaixo de rochas impermeáveis, que evitam que o carbono chegue à atmosfera – esse seria o principal risco do armazenamento. O carbono injetado ocupa os poros da rocha e se expande lateralmente – a expansão vertical é impossibilitada por causa da rocha impermeável selante.
Primeira usina do Brasil a ter pegada de carbono negativa
Será a primeira vez que o sistema será usado para esse propósito no Brasil – a Petrobrás tem um projeto semelhante, mas o foco é retirar petróleo e o volume de carbono que permanece no solo é baixo. Rafael diz que, neste caso, o carbono fica estocado para sempre e irão monitorar os poços para garantir que não haja vazamentos. Para evitar que o carbono capturado da usina vaze, sensores vão medir o teor de CO2 na atmosfera, no solo e em poços.
A companhia espera conseguir estocar todo o carbono da fermentação de etanol produzido pela usina nos próximos 30 anos ou mais. O vice-presidente executivo de Sustentabilidade e Novos Negócios da FS, Daniel Lopes, diz que o carbono que será capturado na unidade tem alto grau de pureza. Com isso, é preciso apenas comprimir e desidratar o gás (caso fosse necessário separá-lo de outros gases antes da estocagem, o custo do projeto aumentaria).
Veja ainda: Para produzir etanol de cana e de milho, unidade São Fernando receberá investimentos de 1 bilhão de reais no Mato Grosso do Sul
A Millenium Holding Bioenergia consagrou-se vencedora do leilão da usina São Fernando, localizada na cidade de Dourados, estado do Mato Grosso do Sul. A empresa vai pagar R$ 351,6 milhões em até 180 dias após a decisão judicial. A usina, que está em processo de recuperação judicial e posterior falência desde 2013, ganhará investimentos de cerca de R$ 1 bilhão, em dois anos, para tornar-se uma unidade flex com a produção de açúcar e etanol, tanto de cana como de milho.