Com um investimento de R$ 1,3 bilhão, Mato Grosso do Sul moderniza a produção de etanol, impulsionando o setor sucroenergético e criando novas oportunidades de emprego e renda para o estado.
Mato Grosso do Sul avança no setor de bioenergia com um grande investimento de R$ 1,3 bilhão. Esse montante será direcionado à expansão e modernização da produção de etanol de segunda geração na usina da Raízen, localizada em Caarapó, sul do Estado.
A iniciativa visa posicionar a região como referência em energia renovável, além de gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento local.
A expansão da Raízen e o Etanol de segunda geração no Mato Grosso do Sul
Parte do grupo Cosan, a Raízen atua no setor sucroenergético e agora aposta no etanol de segunda geração, um biocombustível produzido a partir dos resíduos do processo do etanol tradicional.
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Essa tecnologia permite maior aproveitamento da matéria-prima, pois utiliza o bagaço da cana-de-açúcar, o que resulta em uma produção mais sustentável e menos dependente de novas áreas de cultivo.
Conforme anunciado, o projeto aumentará a capacidade produtiva em cerca de 88 milhões de litros de etanol por ano.
Essa expansão é estratégica para a descarbonização da cadeia produtiva, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, alinhada com as metas de sustentabilidade globais.
Evento internacional reafirma atratividade do Estado
O anúncio do investimento foi feito durante o ‘Lide Brazil Conference’, em Londres, onde o governador Eduardo Riedel apresentou as oportunidades de investimento de Mato Grosso do Sul.
Ao lado de secretários e representantes do setor privado, o governador destacou a importância do etanol de segunda geração para o fortalecimento do setor energético.
Riedel enfatizou a relevância dessa nova planta para a economia local: “Esse projeto vai aumentar o número de empregos, de renda para o Estado, renda para as pessoas e principalmente para o desenvolvimento do município“, afirmou.
O potencial do etanol de segunda geração
O etanol de segunda geração (2G) representa um avanço tecnológico significativo. Diferentemente do etanol comum, esse combustível é obtido a partir de materiais que antes eram descartados, como o bagaço da cana-de-açúcar. Essa característica torna o etanol 2G uma alternativa mais sustentável, pois a produção pode crescer sem a necessidade de expandir a área de plantio.
Para o executivo Claudio Oliveira, vice-presidente de Relações Institucionais da Cosan, esse tipo de investimento demonstra o compromisso da empresa com a inovação e a sustentabilidade.
“Nós temos um projeto de nove plantas. Já temos duas em operação e quatro que estão em construção. E naturalmente temos mais três que vão entrar em construção e uma delas em Mato Grosso do Sul”, afirmou.
Modernização e sustentabilidade: Os benefícios para o estado
A expansão da Raízen em Mato Grosso do Sul é um passo importante na direção de uma economia verde. A produção de etanol de segunda geração contribui para uma matriz energética mais limpa, impactando positivamente tanto o meio ambiente quanto a economia.
Além disso, ao reutilizar os resíduos agrícolas, o Estado se destaca como uma referência nacional na bioenergia.