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Naufrágio com tesouro de ouro e prata de R$ 5,3 milhões perdido há 3 séculos é encontrado — mas quem vai ficar com ele?

Publicado em 12/10/2025 às 10:36
Naufrágio, Tesouro, Ouro e prata
Foto: 1715 Fleet-Queens Jewels/Reprodução/ND
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Três séculos após o naufrágio da Frota do Tesouro, uma equipe americana localizou mais de mil moedas e artefatos coloniais na costa da Flórida, reacendendo o fascínio por um dos maiores desastres marítimos do Império Espanhol

Mais de três séculos depois do naufrágio da chamada Frota do Tesouro, mergulhadores americanos encontraram um conjunto de moedas de ouro e prata avaliado em R$ 5,3 milhões.

O achado reacendeu o fascínio por uma das maiores tragédias marítimas do Império Espanhol e levantou a dúvida sobre quem ficará com as preciosas relíquias.

Mistério de 350 anos resolvido

A descoberta encerra um mistério que durou cerca de 350 anos. Em 1715, 11 navios espanhóis partiram de Havana, em Cuba, com destino à Europa.

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As embarcações transportavam riquezas extraídas da América Latina, incluindo metais preciosos e joias que, em valores atuais, seriam equivalentes a R$ 2,14 bilhões.

No entanto, poucos dias após o início da viagem, a frota foi atingida por um furacão devastador na costa da Flórida.

O desastre provocou a morte de mais de mil tripulantes e espalhou o tesouro por quilômetros de fundo oceânico.

Desde então, a região se tornou um ponto de interesse para caçadores de relíquias e arqueólogos.

Como o tesouro foi encontrado

A operação de resgate, realizada no último trimestre, contou com o navio M/V Just Right. A equipe retirou 1.051 moedas de prata, cinco de ouro e diversos artefatos preservados.

Muitos ainda exibem as cunhagens originais das antigas colônias espanholas no México, Peru e Bolívia.

“É como reencontrar algo que você achava perdido para sempre”, afirmou o capitão Levin Shavers, responsável pela expedição.

A missão foi conduzida pela empresa 1715 Fleet – Queens Jewels LLC, especializada em buscas de naufrágios e recuperação de artefatos históricos.

Para o mergulhador Mike Perna, o trabalho ainda está longe de terminar. “A cada mergulho, descobrimos apenas um fragmento de uma história muito maior. Pelo menos cinco dos 11 navios ainda não foram localizados.”

Disputa pela posse do tesouro

Apesar de a empresa ter localizado o material, a posse das moedas não será imediata. De acordo com o Treasure Coast Newspapers, os bens recuperados ficam sob custódia do Tribunal Distrital dos Estados Unidos até que se defina sua destinação legal.

O estado da Flórida tem direito a reter até 20% do total, conforme a legislação local. Já o restante será dividido entre a empresa de salvamento e o governo espanhol, que reivindica parte do tesouro como patrimônio histórico e cultural.

A situação reacende um debate antigo sobre a quem pertencem os bens recuperados do fundo do mar — especialmente quando envolvem naufrágios coloniais de grande relevância histórica.

Valor histórico supera o monetário

Segundo Sal Guttuso, diretor de operações da empresa responsável pela expedição, o verdadeiro valor das moedas não está apenas no metal precioso. “Cada moeda é um pedaço da história, um testemunho da Era de Ouro do Império Espanhol”, afirmou.

Ele explica que as peças representam uma narrativa viva sobre o comércio transatlântico e os riscos das rotas coloniais. “O tesouro não é apenas ouro e prata. É memória, cultura e um lembrete do preço que se pagava pela expansão marítima.”

Próximo destino das relíquias

Atualmente, as moedas e artefatos passam por um rigoroso processo de limpeza e conservação. Após essa etapa, deverão ser exibidas em museus da Flórida, onde o público poderá ver de perto parte do que restou da Frota do Tesouro.

A exibição busca preservar a herança cultural e permitir que o episódio de 1715 continue sendo contado para novas gerações.

A equipe de mergulhadores afirma que o resgate é apenas o começo. Ainda existem áreas não exploradas na costa leste da Flórida, onde podem estar escondidos outros fragmentos da frota desaparecida.

“Cada descoberta é um novo capítulo da mesma história”, concluiu o capitão Shavers. “E enquanto houver algo a ser encontrado, continuaremos mergulhando.”

Com informações de ND Mais.

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Romário Pereira de Carvalho

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