Os contratos futuros de petróleo terminaram mais uma sessão da semana no negativo, devido aos sinais enfraquecidos de demanda da economia chinesa.
Os contratos futuros de petróleo registraram mais um dia de baixa, reflexo da fraca demanda da economia chinesa. O WTI teve uma queda de 4,93%, chegando a US$ 72, enquanto o Brent recuou 4,39%, atingindo US$ 77, o que representa o menor valor dos últimos quatro meses.
Investidores estão preocupados com os dados de refino de combustíveis na China, que apresentou uma queda de 2,8% em comparação ao mês de outubro, contribuindo para a pressão sobre os preços do petróleo.
A redução no processamento de petróleo bruto está diretamente relacionada à desaceleração da atividade industrial na China, que tem sido evidenciada pela queda inesperada do índice de gerentes de compras (PMI) em outubro.
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Apesar dos desafios enfrentados, a Julius Baer acredita que a China ainda tem potencial para atingir a meta de crescimento de 5% até o final de 2023.
O setor imobiliário e os investimentos estrangeiros permanecem como os principais pontos de atenção para a segunda maior economia do mundo.
Desaceleração nos investimentos fixos impacta setor industrial e de infraestrutura
Observou-se uma diminuição significativa nos investimentos fixos, afetando principalmente projetos de infraestrutura e do setor industrial. A aprovação da nova rodada de estímulos ao setor da construção civil por meio de aumento do gasto público ainda está pendente, e seus efeitos só deverão ser percebidos de forma mais concreta nos próximos meses, conforme ressaltado pela economista Sophie Altermatt, da Julius Baer.
Apesar da preocupação do mercado com os dados recentes, a Opep e a Agência Internacional de Energia (AIE) acreditam que a demanda por petróleo pode aumentar, principalmente na Ásia.
De acordo com um relatório divulgado no início da semana, o cartel de produtores de petróleo acha que a reação do mercado está exagerada e considera que a economia global está mais resistente do que o esperado, o que pode resultar em um maior consumo de energia.
Na última reunião geral, a Opep decidiu manter a política de cortes de produção de petróleo sem alterações. Isso reflete a visão mais positiva do cartel sobre a demanda global, que levou a Agência Internacional de Energia (AIE) a aumentar sua projeção de consumo em 100 mil barris por dia (bpd). Com isso, estima-se que o consumo global de petróleo crescerá 2,4 milhões de bpd até o final de 2023.
Fonte: Money Times