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Que ironia: a Mercedes tem uma grande rival que ela mesma ajudou a criar — entenda essa história

Publicado em 11/07/2025 às 11:53
Audi, Mercedes-benz
Traseira do DKW F102, último modelo da marca antes do renascimento da Audi com o motor de quatro tempos em 1965. Foto: Luc106, via Wikimedia Commons – domínio público
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Com apoio da Mercedes-Benz e nova engenharia, a Audi ressurgiu em 1965 e iniciou sua jornada rumo ao topo da indústria automotiva

Há seis décadas, a Audi iniciava uma nova fase de sua história. Em 13 de agosto de 1965, o primeiro carro da marca no pós-guerra saía da linha de montagem em Ingolstadt, Alemanha. Com motor de quatro tempos, ele marcava não só a retomada da empresa como também o início de uma transformação profunda na indústria automotiva alemã.

Antes disso, a história da Audi era turbulenta. A Auto Union AG, que havia sido desmantelada na Saxônia após a Segunda Guerra Mundial, foi reerguida em 1949 por ex-funcionários sob o nome Auto Union GmbH.

A nova empresa apostou na marca DKW, que teve bons resultados nos primeiros anos da reconstrução alemã. Mas o tempo passou e os motores a dois tempos ficaram para trás.

O público, agora com mais poder aquisitivo, queria carros mais modernos. Os modelos da DKW começaram a perder espaço.

O último modelo da marca, o DKW F 102, mesmo com um visual avançado para a época, não agradou. O fracasso levou a Auto Union a uma crise.

A reviravolta

Foi nesse momento delicado que a Daimler-Benz AG, empresa dona da Mercedes-Benz, entrou em cena. Entre 1958 e 1964, ela assumiu o controle da Auto Union. E foi justamente durante essa gestão que uma decisão crucial mudou os rumos da empresa.

A Daimler-Benz não apenas forneceu um novo motor de quatro tempos como também enviou um de seus engenheiros para Ingolstadt.

Ludwig Kraus, nome importante na engenharia automotiva alemã, foi o responsável por adaptar esse motor e colocar o projeto em prática. Com ele, nasceu o F 103, o primeiro Audi com motor de quatro tempos.

O nome Audi, escolhido para o modelo, era uma tentativa de se afastar da imagem dos antigos motores da DKW.

Curiosamente, o nome já existia antes da guerra. Só em 1985 a empresa passaria a se chamar oficialmente Audi AG, dois décadas depois da estreia do novo modelo.

O sucesso do novo Audi foi imediato. A mudança técnica ajudou a reerguer a Auto Union e abriu caminho para novos modelos.

Surgiram o Audi 80, Audi Super 90, Audi 75 e o Audi 60. Este último foi o mais vendido e teve papel essencial na consolidação da marca.

Em 1972, o lançamento do Audi 80 consolidou a recuperação da empresa. O modelo foi tão importante que devolveu à marca a autonomia dentro do grupo Volkswagen, onde havia sido incorporada.

O mais curioso é que a Mercedes-Benz, que viria a se tornar uma das principais rivais da Audi no segmento de carros premium, foi quem plantou a semente da sua reviravolta.

Uma rivalidade que nasceu de uma ajuda técnica e empresarial improvável.

No Brasil, a Audi só chegou oficialmente em 1994. A importação foi feita por Ayrton Senna, que trouxe os modelos Audi 80 e 100 por meio da Senna Import.

O piloto morreu um mês após o início das operações, e a empresa ficou sob controle da família até 2005, quando a Audi AG assumiu as operações com a criação da Audi Brasil.

Com informações de NSC Total.

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Romário Pereira de Carvalho

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