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Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 16 comentários

Quanto custa deixar o carregador do celular conectado na tomada sem carregar nenhum aparelho?

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 20/01/2025 às 23:17
Atualizado em 21/01/2025 às 10:30
carregador, celular
Foto: Reprodução
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Você sabia que deixar o carregador de telefone conectado sem usá-lo pode gerar um custo invisível na sua conta de energia? Veja o impacto real desse hábito.

Boa parte das pessoas mantém o carregador de telefone conectado à tomada mesmo quando ele não está carregando nenhum aparelho.

Essa prática parece inofensiva, mas o consumo de energia, mesmo quando o carregador não está ativamente carregando um dispositivo, pode gerar custos anuais inesperados na conta de luz. Vamos explorar os detalhes técnicos e financeiros desse hábito comum.

O consumo do carregador de energia em standby

Carregadores de telefone consomem energia em modo de espera, mesmo que não estejam conectados a um dispositivo.

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Esse consumo, conhecido como “energia – fantasma“, é um dos responsáveis pelo desperdício de eletricidade nas residências.

Com a evolução das normas de eficiência energética, os carregadores mais modernos foram projetados para reduzir esse consumo.

Regulamentações como a da União Europeia estipulam que dispositivos fabricados após 2022 devem ter um consumo máximo de 0,10 W em standby. Modelos mais antigos, porém, podem ter um consumo significativamente maior.

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) estabelece padrões de eficiência energética para diversos aparelhos eletrônicos, incluindo o consumo em modo standby.

Cálculo do custo anual no Brasil

Como chegamos ao valor abaixo? O valor gasto de energia do carregador depende da tarifa de energia elétrica aplicada na sua região e do tipo de consumidor (residencial, comercial, industrial). As tarifas de energia elétrica no Brasil variam conforme a distribuidora e a localidade. 

Conforme Clarke Energia, o Rio Grande do Sul tem uma tarifa média do kWh de R$ 0,70. Se considerarmos uma tarifa hipotética de R$ 0,70 por kWh, o cálculo seria:

  • Carregadores fabricados após 2022: Consomem aproximadamente 0,10 W. Deixados conectados por um ano inteiro (24h/dia), utilizariam cerca de 0,876 kWh, resultando em um custo de R$ 0,6132 anuais.
  • Modelos entre 2011 e 2022: Com consumo de 0,30 W, usariam cerca de 2,6 kWh ao ano, gerando uma despesa de aproximadamente R$ 1,82.
  • Carregadores de 2010 ou mais antigos: consomem em média 4,3 kWh por ano, com custo de R$ 3,01.
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Modelos mais antigos e ineficientes

Antes das regulamentações atuais, alguns carregadores tinham um consumo de energia de 0,75 W a 1 W ou mais.

Além do custo financeiro, esses modelos mais antigos também apresentam riscos maiores de superaquecimento e falhas elétricas devido à falta de padrões de segurança modernos.

Desperdício de energia global

O impacto do consumo em standby não é apenas financeiro, mas também ambiental. Milhões de carregadores conectados ao redor do mundo contribuem para um desperdício energético desnecessário, aumentando as emissões de carbono e sobrecarregando redes elétricas.

Estudos estimam que dispositivos em standby podem representar até 10% do consumo total de eletricidade em residências.

Riscos de segurança

Manter carregadores conectados 24h por dia também representa riscos de segurança. Produtos de baixa qualidade, muitas vezes adquiridos em marketplaces como Temu e AliExpress, podem não atender aos padrões internacionais, aumentando as chances de superaquecimento, curtos-circuitos e até incêndios.

Com o tempo, mesmo carregadores de boa qualidade podem apresentar desgaste, elevando os riscos.

Os principais problemas incluem:

  • Aquecimento excessivo da tomada e plugues.
  • Sobrecarga elétrica em períodos de pico.
  • Falhas internas que podem levar a incêndios.

Como reduzir o desperdício de energia

Para evitar desperdício de energia e riscos, siga algumas dicas práticas:

  1. Desconecte o carregador quando não estiver em uso.
  2. Invista em tomadas inteligentes com desligamento automático.
  3. Prefira carregadores certificados com selo de eficiência energética.
  4. Evite produtos genéricos ou de procedência duvidosa.
  5. Verifique periodicamente o estado dos cabos e conectores.

Vale a pena desconectar o carregador?

Embora o impacto financeiro de um único carregador conectado seja pequeno, o acúmulo de diversos dispositivos em standby faz diferença ao longo do tempo.

Desconectar carregadores desnecessários é uma maneira simples e eficaz de economizar energia e aumentar a segurança elétrica de sua residência.

Criar esse hábito não só reduz a conta de luz, mas também ajuda a prolongar a vida útil dos carregadores e contribui para a sustentabilidade global. Pequenas ações, quando multiplicadas, fazem uma grande diferença.

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Marcos Sanches
Marcos Sanches
24/01/2025 06:11

MENTIRA! CARREGADOR SE ESTAR CONECTADO NÃO CONSOME NADA!

Paulo Cesar
Paulo Cesar
23/01/2025 13:54

Meu querido Chervinson, o seu cálculo está quaaaase certo, só faltou você multiplicar por 230 milhões… isso impacta todo um país, imagine o mundo. A falta de consideração e respeito pelo próximo é uma coisa que vem aumentando muito nesse mundo, e que só vai piorar… não espere nenhuma melhora, pois isso está escrito na Bíblia. O mundo vai de mal a pior. Agora, se você não acredita na Bíblia, seu problema é muito maior….

Erico
Erico
23/01/2025 11:21

Legal saber disso.

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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