Um investimento no Ceará que é pra lá de bilionário vem aí. A Fuella AS, uma renomada empresa norueguesa, acaba de assinar um pré-contrato com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e o Governo do Ceará, que coloca o estado na linha de frente da produção de hidrogênio verde (H2V) e amônia no Brasil e no mundo. São nada menos que R$ 9 bilhões para tirar esse projeto do papel e empregá-lo diretamente na geração de empregos e desenvolvimento econômico da região.
O plano é ambicioso: uma planta capaz de produzir 400 mil toneladas de hidrogênio verde e amônia por ano, toda destinada à exportação. Com a construção no Ceará estimada para gerar mil empregos diretos e mais 100 postos de trabalho especializados na operação, o projeto promete um impacto profundo na geração de empregos e qualificação no setor energético.
A importância do investimento no Ceará
Este investimento no Ceará não é apenas mais um número impressionante para as estatísticas de projetos internacionais. Ele se soma a uma série de pré-contratos firmados no estado, elevando o volume total para US$ 24 bilhões em iniciativas voltadas ao H2V, além de 40 memorandos de entendimento assinados. Essa trajetória faz do Ceará um verdadeiro centro de inovação e transição energética, com potencial para liderar o mercado brasileiro e até internacional de hidrogênio verde.
Thorsten Helms, diretor-geral de Negócios e Desenvolvimento Corporativo da Fuella AS, destacou a posição estratégica do Ceará nesse cenário: “Estamos muito convencidos que este é um dos melhores lugares no mundo para produzir amônia verde. Por isso, estamos muito orgulhosos e mal podemos esperar para começar os trabalhos e agradecemos por confiarem na gente”.
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Complexo do Pecém: Hub de hidrogênio verde e muito mais
O presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, enfatizou que a chegada da Fuella AS fortalece o ecossistema local de produção de hidrogênio verde, consolidando o Ceará como um hub de referência. A expectativa é que o projeto não só abasteça o mercado externo, como previsto, mas também potencialize a cadeia interna do H2V, estimulando inovações e ampliando a competitividade da região.
“O Complexo do Pecém já vem se consolidando como um polo estratégico para o hidrogênio verde, e a parceria com a Fuella AS vai expandir nossa capacidade de oferecer soluções completas. Isso reforça nosso papel no mercado global e atende a uma demanda crescente de alternativas energéticas sustentáveis,” afirmou Figueirêdo.
Incentivo europeu e parceiros de peso
O sucesso da Fuella AS no primeiro leilão do Banco Europeu de Hidrogênio garantiu um financiamento de 720 milhões de euros da Comissão Europeia, posicionando a empresa como um dos principais players do setor. Esse apoio tem sido essencial para que a Fuella avance não só no projeto cearense, mas também em iniciativas inovadoras na Europa.
Além disso, a presença da Allianz Capital Partners como investidora é um selo de confiança no projeto. A Allianz, gigante da gestão de ativos e uma das maiores seguradoras do mundo, representa uma força financeira robusta que deve impulsionar o investimento no Ceará e os projetos de hidrogênio verde da Fuella globalmente.
Foco na sustentabilidade: O que a Fuella AS já projeta para a Noruega
Enquanto os planos para o Ceará ganham forma, a Fuella AS já atua em outra frente com o projeto Skipavika, uma das primeiras plantas de amônia verde em larga escala da Europa, prevista para operar em 2026. Localizada na Noruega, essa planta terá uma produção anual de 100 mil toneladas, utilizando exclusivamente energia renovável (eólica e hidrelétrica) para reduzir drasticamente as emissões de carbono.
Na Noruega, um segundo projeto, batizado de Korgen, visa uma produção de até 200 mil toneladas de amônia verde ao ano, reforçando o compromisso da Fuella com a sustentabilidade. Ambos os projetos utilizam as mais avançadas tecnologias para atender à crescente demanda por energias limpas e reduzir o uso de combustíveis fósseis.
A expectativa do governo do Ceará
Para o governador do Ceará, Elmano de Freitas, a assinatura do pré-contrato com a Fuella AS é um marco para o estado. “Estamos na vanguarda da produção de hidrogênio verde no Brasil. Esse pré-contrato é muito importante e deve, com dois anos, desenvolver os seus projetos e, em três anos, construir a usina para a produção de amônia verde em grande escala no Ceará”, explicou o governador, ressaltando o orgulho de ver o estado atraindo investimentos de tamanha relevância.
Esse investimento no Ceará, além de fortalecer a economia local, representa um passo significativo para a transição energética do Brasil.