As Ilhas de energia da Dinamarca vão ter 120 mil metros quadrados e abastecer mais de 3 milhões de residências
Os invernos rigorosos dos países escandinavos são um grande dilema, pois os tornam dependentes do gás da Rússia para suprir a demanda energética. Sendo assim, a Dinamarca tomou a frente e começou a buscar alternativas para produzir energia limpa e nutrir toda a região, criando o projeto inédito chamado de Ilhas de Energia.
A ilha de energia é artificial, composta por um conjunto de turbinas eólicas muito mais eficientes do que as hélices que existem no mundo. Como é móvel o governo dinamarquês aponta que a usina pode ser movida conforme a necessidade para longe ou perto da costa, distribuindo energia para diversas regiões do país.
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De toda forma, o investimento está calculado em US$ 34 bilhões (R$ 175 bilhões) e vai libertar a Dinamarca do uso de combustíveis fósseis da Rússia para produção de energia. Isso porque o mar do norte tem ventos fortes o suficiente para gerar a energia que supre todo o país e de forma limpa.
Saiba mais detalhes sobre a Ilha de energia da Dinamarca no vídeo abaixo
As ilhas de energia prometem trazer energia limpa usando apenas a força dos ventos do mar do Norte na Dinamarca e o projeto prevê a construção de dois tipos de ilhas diferentes
Atualmente, a Dinamarca já conta com 49% da sua energia sendo produzida pelas fontes eólicas. No entanto, aproximadamente 16% da demanda energética é suprida com fontes da Rússia. No entanto, o país escandinavo tem buscado reverter esse quadro e já tem experiência com a exploração dos ventos, pois foi o primeiro no mundo a levantar o parque eólico offshore, na década de 90.
A Dinamarca já é conhecida pelo complexo amplo de ilhas, mas agora vai buscar a inserção artificial de algumas com o intuito de produção energética. Com esse projeto, a Agência Dinamarquesa de Energia pretende aproveitar os melhores ventos que os mares do Norte e Báltico podem oferecer. A figura abaixo demonstra o projeto de ilha de energia sobre o mar.
Todavia, esse projeto é dividido em 2 partes. Na primeira haverá a construção de uma ilha no Mar do Norte, a qual será capaz de gerar 3 GW de potência, podendo chegar a 10 GW com o tempo. Já na segunda, será realizada a construção de uma ilha no Mar Báltico, com menor capacidade de geração de energia, chegando a produzir 2 GW.
Segundo dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos, fazendo uma comparação, para que se produza 1 GW de energia atualmente, são necessários 3.125 milhões de painéis solares ou ainda 110 milhões de lâmpadas do tipo LED.
As ilhas são diferentes entre si pois a primeira vai estar sobre o mar e a segunda sobre terra. Além disso, a ilha de energia do Mar do Norte está projetada para uma dimensão de 120 mil metros quadrados, o equivalente a 18 campos de futebol. O governo da Dinamarca anunciou também que deterá o controle de 50,1% dessas ilhas, deixando o restante para a iniciativa privada regular. Essa grande obra vai poder fornecer energia também para os países vizinhos, contribuindo para a independência da Rússia.
A inovação requer investimento e gera críticas e questionamentos por algumas empresas de energia locais
O projeto de Ilhas de Energia é revolucionário e requer um investimento bilionário, como vimos acima. Sendo assim, muitas empresas de energia locais na Dinamarca têm questionado o alto custo da obra, a mais cara da história do país. Isso porque é um método novo e que ainda não foi estudado a fundo e explorado para se ter dados concretos a respeito da eficiência.
Outro questionamento comum é a distância das ilhas de energia em relação aos locais que vão receber a energia gerada e como isso pode impactar no fornecimento a longo prazo. Além disso, a distância poderia sofrer algumas interferências do clima e até gerar impacto no ecossistema marinho regional.
O Projeto é ambicioso e promete servir para toda a Europa nos próximos anos, em busca da total independência do gás da Rússia dentro da União Europeia
Se tudo correr bem, a Dinamarca pretende discutir e implementar um projeto de expansão das Ilhas de Energia para os próximos anos, prometendo autossuficiência em relação à Rússia. Para isso, as obras foram aceleradas e o que estava previsto para ser entregue em 2030, pode sair muito antes do esperado. Afinal, a guerra entre Rússia e Ucrânia dificultou o atendimento à demanda energética da região.
Além disso, essa é mais uma fonte de energia renovável, algo que a União Europeia vive em busca, tendo em vista as mudanças climáticas devido aos gases do efeito estufa. Hoje, a UE já tem um terço de sua demanda energética atendida por energias renováveis. Desse montante, 12 GW são fornecidos por energia eólica, apontando para o excelente potencial na Europa para receber as Ilhas de energia.