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Profissionais da hotelaria offshore pedem socorro e paralisações em plataformas Petrobras podem acontecer em todo país até fim deste mês

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 26/05/2024 às 14:08
Atualizado em 27/05/2024 às 15:23
Trabalhador de hotelaria offshore com expressão pensativa, com a mão no rosto e capacete branco, frente a uma plataforma de petróleo e oceano ao fundo
Trabalhador offshore da área de hotelaria contempla o horizonte com uma plataforma de petróleo ao fundo. Condições de trabalho e salários são foco de reivindicações

Melhorias salariais e condições de trabalho estão entre as reinvindicações dos trabalhadores offshore que atuam em unidades Petrobras e outras petroleiras

Nos últimos dias, o portal CPG vem recebendo notícias sobre uma possivel paralisação de profissionais que atuam no segmento de Catering ou Hotelaria offshore e unidades marítimas, sobre tudo da Petrobras, destinadas a operações de petróleo e gás, o que deve acontecer no próximo dia 30 de maio (quinta-feira).

Para aqueles que atuam na área embarcado, entende que todas as funções a bordo são extremamente essenciais para o funcionamento da plataforma, independente do nível de instrução, capacitação ou conhecimento técnico do profissional.

É apenas achismo ( desculpe-nos), mas o problema parece ser justamente esse! Em geral, profissionais da hotelaria offshore não precisam fazer um curso técnico ou superior para trabalhar embarcado ( salvo exceções), apenas um profissionalizante, tal como um do SENAC por exemplo, que já é o suficiente para credencia-lo a embarcar. Devido esta “facilidade”, há empresas que pagam salários extremamente baixos à seus colaboradores desta área.

Por mais que profissionais a bordo como capitães, engenheiros, a equipe da produção e completação da cabeça-de-poço desempenhem papeis de altíssima complexidade, justificando seus salários acima dos R$10 mil, muitas vezes até mais que isso, sem a hotelaria offshore isso não valerá de nada à dezenas/ centenas de Km em alto mar, pois eles precisam do mesmo serviço de hotelaria.

Pense bem: Todos devem comer, ter roupas e uniformes higienizados, camarotes organizados e limpos… É impossível desempenhar qualquer atividade offshore sem estes profissionais. Dado essa informação, vamos para o cerne da matéria e lembrando: TODAS AS INFORMAÇÕES VIERAM DE DEZENAS DE PROFISSIONAIS QUE ESTÃO PASSANDO PELA MESMA SITUAÇÃO, NÃO SÃO PALAVRAS DELIBERADAS DO CPG CLICK PETRÓLEO E GÁS.

As principais reclamações e exigência de melhorias na hotelaria offshore estão pautadas nos seguintes tópicos:

  • Salário baixo
  • Vale alimentação baixo
  • Transporte
  • Ameaças a bordo
  • Comissários
  • Enfermeiros
  • Comidas vencidas
  • Terror psicológico

Salários baixos – Por mais incrível que pareça ( até a gente foi surpreendido), há profissionais que estão ganhando cerca R$ 1400 + 50% de adicionais, que giram em torno de 1900 reais mensais. Há ainda aquelas que pagam também Ticket de alimentação de R$ 250 reais. Extremante baixo em relação a outrora, em um mercado que pagava até mais de R$ 3 mil reais mensais, dependendo da empresa.

Plano de Saúde – Quando se trata de plano de saúde há empresas que pagam e outras não. Quando pagam, nem todas estendem para os familiares do trabalhador.

Transporte – Há relatos de atraso no pagamento do transporte, ao ponto de fazer profissionais ficarem parados na rodoviária esperando o retorno para sua casa, porém, sem condições de pagar pela passagem. Funcionários muita das vezes ficam no aeroporto com fome. Há pessoas que saem de casa com dinheiro contado só pra chegar no aeroporto.

Ameaças da À Bordo – Isso inclui assédio moral da governança na unidade por parte de comissários e enfermeiros. Comissárias são acusadas de tratar seus subordinados de maneira desrespeitosa, ignorando seus esforços e respondendo com total ignorância, além de abusarem do poder que possuem. Os trabalhadores relatam que não possuem o direito de adoecer e são submetidos a uma cobrança excessiva, sem o devido reconhecimento de seus esforços. Quando tentam se comunicar com a empresa, enfrentam atrasos significativos nas respostas, que podem levar até quinze dias. A escassez de suprimentos é uma constante, e quando o rancho é entregue, frequentemente é insuficiente, durando apenas três ou quatro dias. Além disso, há relatos de que são exigidos a realizar um trabalho perfeito sem os materiais ou equipamentos de proteção individual adequados para a função.

Alimentação Vencida – Recebemos aqui vídeos gravados de alimentos estragados e vencidos. Não há como manter uma tripulação sadia e apta a desenvolver suas funções ocupacionais com risco real de há de intoxicação.

Sindicatos resolvem atender reinvindicações dos petroleiros da hotelaria offshore

Ao notar os intensos engajamento em prol destas reinvindicações nos canais do CPG, Grupos do Whatsapp e Instagram, o Sindipetro NF resolveu interceder pelo trabalhadores. Veja o vídeo a seguir:

Vídeo Tezeu Petroleiro – Instagram @tezeupetroleiro

Fontes exclusivas revelaram que a Petrobras já está preparada para enfrentar uma potencial paralisação de trabalhadores. Segundo informações obtidas, a empresas que estão operando nas plataforma da Petrobras, estão cientes das movimentações dos funcionários.

Para minimizar potenciais impactos em suas operações, a Petrobras poderá planejar uma estratégia de contingência para minimizar interrupções. “Caso ocorra alguma greve e as operações sejam interrompidas, o plano B já está definido: desembarcar todos os funcionários envolvidos e substituí-los por uma nova equipe,” detalha a fonte.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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