Melhorias salariais e condições de trabalho estão entre as reinvindicações dos trabalhadores offshore que atuam em unidades Petrobras e outras petroleiras
Nos últimos dias, o portal CPG vem recebendo notícias sobre uma possivel paralisação de profissionais que atuam no segmento de Catering ou Hotelaria offshore e unidades marítimas, sobre tudo da Petrobras, destinadas a operações de petróleo e gás, o que deve acontecer no próximo dia 30 de maio (quinta-feira).
Para aqueles que atuam na área embarcado, entende que todas as funções a bordo são extremamente essenciais para o funcionamento da plataforma, independente do nível de instrução, capacitação ou conhecimento técnico do profissional.
É apenas achismo ( desculpe-nos), mas o problema parece ser justamente esse! Em geral, profissionais da hotelaria offshore não precisam fazer um curso técnico ou superior para trabalhar embarcado ( salvo exceções), apenas um profissionalizante, tal como um do SENAC por exemplo, que já é o suficiente para credencia-lo a embarcar. Devido esta “facilidade”, há empresas que pagam salários extremamente baixos à seus colaboradores desta área.
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Por mais que profissionais a bordo como capitães, engenheiros, a equipe da produção e completação da cabeça-de-poço desempenhem papeis de altíssima complexidade, justificando seus salários acima dos R$10 mil, muitas vezes até mais que isso, sem a hotelaria offshore isso não valerá de nada à dezenas/ centenas de Km em alto mar, pois eles precisam do mesmo serviço de hotelaria.
Pense bem: Todos devem comer, ter roupas e uniformes higienizados, camarotes organizados e limpos… É impossível desempenhar qualquer atividade offshore sem estes profissionais. Dado essa informação, vamos para o cerne da matéria e lembrando: TODAS AS INFORMAÇÕES VIERAM DE DEZENAS DE PROFISSIONAIS QUE ESTÃO PASSANDO PELA MESMA SITUAÇÃO, NÃO SÃO PALAVRAS DELIBERADAS DO CPG CLICK PETRÓLEO E GÁS.
As principais reclamações e exigência de melhorias na hotelaria offshore estão pautadas nos seguintes tópicos:
- Salário baixo
- Vale alimentação baixo
- Transporte
- Ameaças a bordo
- Comissários
- Enfermeiros
- Comidas vencidas
- Terror psicológico
Salários baixos – Por mais incrível que pareça ( até a gente foi surpreendido), há profissionais que estão ganhando cerca R$ 1400 + 50% de adicionais, que giram em torno de 1900 reais mensais. Há ainda aquelas que pagam também Ticket de alimentação de R$ 250 reais. Extremante baixo em relação a outrora, em um mercado que pagava até mais de R$ 3 mil reais mensais, dependendo da empresa.
Plano de Saúde – Quando se trata de plano de saúde há empresas que pagam e outras não. Quando pagam, nem todas estendem para os familiares do trabalhador.
Transporte – Há relatos de atraso no pagamento do transporte, ao ponto de fazer profissionais ficarem parados na rodoviária esperando o retorno para sua casa, porém, sem condições de pagar pela passagem. Funcionários muita das vezes ficam no aeroporto com fome. Há pessoas que saem de casa com dinheiro contado só pra chegar no aeroporto.
Ameaças da À Bordo – Isso inclui assédio moral da governança na unidade por parte de comissários e enfermeiros. Comissárias são acusadas de tratar seus subordinados de maneira desrespeitosa, ignorando seus esforços e respondendo com total ignorância, além de abusarem do poder que possuem. Os trabalhadores relatam que não possuem o direito de adoecer e são submetidos a uma cobrança excessiva, sem o devido reconhecimento de seus esforços. Quando tentam se comunicar com a empresa, enfrentam atrasos significativos nas respostas, que podem levar até quinze dias. A escassez de suprimentos é uma constante, e quando o rancho é entregue, frequentemente é insuficiente, durando apenas três ou quatro dias. Além disso, há relatos de que são exigidos a realizar um trabalho perfeito sem os materiais ou equipamentos de proteção individual adequados para a função.
Alimentação Vencida – Recebemos aqui vídeos gravados de alimentos estragados e vencidos. Não há como manter uma tripulação sadia e apta a desenvolver suas funções ocupacionais com risco real de há de intoxicação.
Sindicatos resolvem atender reinvindicações dos petroleiros da hotelaria offshore
Ao notar os intensos engajamento em prol destas reinvindicações nos canais do CPG, Grupos do Whatsapp e Instagram, o Sindipetro NF resolveu interceder pelo trabalhadores. Veja o vídeo a seguir:
Fontes exclusivas revelaram que a Petrobras já está preparada para enfrentar uma potencial paralisação de trabalhadores. Segundo informações obtidas, a empresas que estão operando nas plataforma da Petrobras, estão cientes das movimentações dos funcionários.
Para minimizar potenciais impactos em suas operações, a Petrobras poderá planejar uma estratégia de contingência para minimizar interrupções. “Caso ocorra alguma greve e as operações sejam interrompidas, o plano B já está definido: desembarcar todos os funcionários envolvidos e substituí-los por uma nova equipe,” detalha a fonte.
Temos que ir cima somos tratados como se fossem bichos abordo ninguém respeita a classe da hotelaria. O disque denuncia está lá perto dos telefones porém quando é feito a denuncia eles entregam a gente.
Sou saloneiro, e esta informação é totalmente verídica e eu passo por isso atualmente,
Tive até um problema com uma comissária pelo constrangimento.
Salário na carteira de 1.420,00, ticket de 228,00. Você tenta contato com a base para algum problema no rh ou logística e demoram bastante tempo para retorno.
Ate hoje não recebi 1 contra cheque com meus rendimentos e honorários descritos e já estou ha 3 meses fichado na empresa e não sei o que recebi.
É claro que preciso trabalhar e ganhar dignamente meu salário, porém visto com as condições dos outros profissionais que estão na mesma unidade, nós da hotelaria somos hostilizados, pressionados e pouco remunerado.
Isso sem contar os técnicos que têm que comprovar aptidão através de vários cursos de especialização e nr’s, são contratados como reparador e fazem serviços de técnico embarcados, não sendo remunerados como tal…