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Produção de petróleo e gás natural teve queda em março

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 05/05/2023 às 15:46
A 6ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no ES aponta para um forte crescimento do mercado de petróleo offshore no Espírito Santo. A expectativa é de R$ 8,8 bilhões até 2027 em investimentos na expansão da produção no estado.
Foto: Wilson Sons

Em nota oficial da ANP, muitos fatores contribuíram para esta queda na produção de petróleo e gás natural no período. Entenda quais foram e seus impactos na cadeia produtiva nacional

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou em 5 de maio de 2023, os dados consolidados da produção de petróleo e gás natural referente a março de 2023. No período, a produção nacional alcançou 3,987 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), compreendendo 3,115 milhões de barris por dia (bbl/d) de petróleo e 138,531 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural.

Comparativamente ao mês anterior, houve uma redução de 4,5% na produção de petróleo e uma diminuição de 5,5% na produção de gás natural. Entretanto, na comparação com março de 2022, o petróleo apresentou um aumento de 4,5% e o gás natural um crescimento de 3%.

Queda na produção e fatores influenciadores

A queda na produção foi ocasionada, principalmente, pelas paradas programadas nas unidades de produção Petrobras 77 (jazida de Búzios) e FPSO Guanabara (jazida de Mero), localizadas no pré-sal da Bacia de Santos. Variações na produção podem ocorrer devido a diversos fatores, como paradas programadas para manutenção, início de operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza e comissionamento de novas unidades de produção. Essas ações visam garantir a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo, apesar dos desafios.

Acesso interativo aos dados de produção

Além da tradicional publicação em formato PDF, os dados do boletim podem ser consultados de forma interativa utilizando a tecnologia de Business Intelligence (BI). Essa ferramenta permite ao usuário alterar o mês de referência, selecionar diferentes períodos para consulta e aplicar filtros específicos para campos, estados e bacias. A versão interativa do boletim também oferece a possibilidade de consultar a variação da produção em relação ao mês anterior por campo e instalação marítima (páginas 33 e 34).

Produção no pré-sal

Em março de 2023, a produção no pré-sal correspondeu a 75,4% da produção brasileira, totalizando 3,007 milhões de boe/d. Foram produzidos 2,363 milhões de bbl/d de petróleo e 102,43 milhões de m³/d de gás natural por meio de 142 poços. Comparado ao mês anterior, houve uma redução de 8%, enquanto na comparação anual, o aumento foi de 4,6%.

Aproveitamento de gás natural

O aproveitamento de gás natural em março foi de 97,4%. Foram disponibilizados ao mercado 48,04 milhões de m³/d, enquanto a queima totalizou 3,60 milhões de m³/d. Houve uma redução de 5,5% na queima em relação a fevereiro e um aumento de 20,9% comparado a março de 2022.

Origem da produção

Em março de 2023, os campos marítimos foram responsáveis por 97,7% da produção de petróleo e 86% da produção de gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, representaram 90,16% do total produzido. A produção teve origem em 5.564 poços, sendo 505 marítimos e 5.059 terrestres.

Campos e instalações em destaque

No mês de março, o campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 850,44 mil bbl/d de petróleo e 40,55 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo foi a FPSO Carioca na jazida compartilhada de Sépia, com 167,188 mil bbl/d, e a que teve maior produção de gás natural foi Polo Arara, nos campos de Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, Rio Urucu e Sudoeste Urucu, com 7,95 milhões de m³/d.

Em resumo, os dados divulgados pela ANP mostram a evolução da produção de petróleo e gás natural no Brasil em março de 2023, destacando a participação do pré-sal e o desempenho de campos e instalações específicas. Os números refletem as oscilações comuns no setor, influenciadas por fatores como manutenção, início de operação de poços e comissionamento de novas unidades de produção.

Veja também os desafios que a Petrobras está enfrentando com o Ibama.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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