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Produção de petróleo e gás natural apresenta crescimento no Brasil, sendo o pré-sal responsável pela maior parte da produtividade em barris de óleo equivalente

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 05/05/2022 às 22:36
gás, petróleo, pré-sal
Foto ilustrativa de Jan-Rune Smenes Reite / Fonte: Pexels

Em março, houve aumento na produção de petróleo e gás, enquanto o pré-sal representou 75,2% da produção brasileira em boe

No mês de março deste ano, o Brasil produziu 2,981 MMbbl/d (milhões de barris diários) de petróleo, o que representa um crescimento de 2,2% em comparação ao mês de fevereiro e de 4,8% em relação ao mês de março de 2021. Além disso, foram produzidos ainda 134 MMm³/d (milhões de metros cúbicos diários) de gás natural, número também superior aos observados em fevereiro (aumento de 0,9%) e no mesmo período do ano anterior (acréscimo de 6,6%). Como um todo, foram produzidos 3,827 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia).

Quanto à produção no pré-sal – setor com blocos para leilão –, em março foi registrado um volume de 2,876 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), dos quais 2,267 MMbbl/d correspondem ao petróleo e 96,7 MMm³/d correspondem ao gás natural. Tais valores de produtividade no pré-sal dizem respeito a 75,2% da produção nacional. Foi observada uma alta produtiva de 1,2% em comparação ao mês de fevereiro e de 8,1% em relação a março de 2021, e a produção no pré-sal foi gerada em 131 poços.

Aproveitamento do gás natural também passou por aumento

Ainda levando em conta o mês de março, o aproveitamento de gás natural foi de 97,8%, com a disponibilização de 51,7 MMm³/dia ao mercado. Assim, a queima de gás no período foi de apenas 2,9 MMm³/d, o que representa uma diminuição de 2% relativa ao mês de fevereiro e de 6,2% se comparada ao mês de março do último ano.

No tocante à origem da produção, os campos marítimos foram responsáveis por 97,1% do petróleo e 86,9% do gás natural produzidos no mês de março. Destes campos, aqueles operados pela Petrobras foram encarregados da maior parte da produção brasileira, correspondente a 94,2% do petróleo e do gás natural gerados no país.

O campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o principal produtor de petróleo e gás natural, uma vez que registrou 906 MMbbl/d de petróleo e 43 MMm³/d de gás natural.

A plataforma Petrobras 77, que produz no campo de Búzios através de cinco poços interligados a ela, produziu 156,496 Mbbl/d de petróleo, o que fez dela a instalação com maior produção desse material.

A instalação FPSO Cidade de Itaguaí, por sua vez, foi a instalação com maior produção de gás natural. Ela produz no campo de Tupi, por intermédio de 7 poços a ela interligados, e foi responsável pela produção de 7,794 MMm³/d de gás.

O maior número de poços produtores terrestres (949) está em Estreito, na Bacia Potiguar. Enquanto isso, o campo marítimo com maior número de poços produtores (61), é o de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos.

Os campos de acumulações marginais produziram 293 barris de óleo equivalente por dia, sendo o petróleo responsável por 92,3 bbl/d e o gás natural responsável por 31,9 Mm³/d. Destes, o campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o principal produtor, haja vista que a produção de 191,2 boe/d pode ser atribuída a ele.

Maior parte dos poços de produção são terrestres

Em março de 2022, a produção nacional ficou a cargo de 273 áreas concedidas, cinco áreas de cessão onerosa e seis de partilha, operadas por 41 companhias. Dentre essas áreas, 63 são marítimas e 221 terrestres, sendo 12 delas referentes a acordos de áreas envolvendo acumulações marginais. A produção foi realizada em 6.143 poços, dos quais 466 são marítimos e 5.677 são terrestres.

Quanto ao grau API, a média do petróleo extraído em território brasileiro foi de 28,2. Além do mais, 2,1% da produção foi tida como óleo leve (com API maior ou igual a 31), 92,6% como óleo médio (API maior ou igual a 22 e menor que 31) e 5,3% como óleo pesado (API menor que 22).

As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) foram responsáveis pela produção de 95.385 boe/d, dos quais 73,485 Mbbl/d correspondem ao petróleo e 3,482 MMm³/d correspondem ao gás natural. Da quantidade total de barris de óleo equivalente produzidos por dia, 51 mil foram produzidos pela Petrobras e 44,4 mil ficaram a cargo de concessões não operadas pela empresa, dos quais: 20.424 boe/d no Rio Grande do Norte, 16.475 boe/d na Bahia, 5.979 boe/d em Alagoas, 1.329 boe/d no Espírito Santo e 175 boe/d em Sergipe.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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