A ANP lança manual inédito com orientações sobre autorizações e padrões técnicos para a produção de hidrogênio no Brasil, fortalecendo a regulação do novo combustível limpo nacional
A produção de hidrogênio no Brasil acaba de ganhar um novo impulso com a publicação do manual “Hidrogênio de baixa emissão de carbono: manual para solicitação de autorizações”, aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no último dia 16 de outubro de 2025, segundo uma matéria publicada.
O documento reúne orientações detalhadas para empresas interessadas em atuar na produção, operação e comercialização de hidrogênio de baixa emissão de carbono, um combustível que desponta como peça-chave na transição energética e na descarbonização da matriz industrial e de transportes.
Regulação e autorização da produção de hidrogênio de baixa emissão
O novo manual da ANP fornece diretrizes claras sobre o processo de autorização para empreendimentos relacionados à produção de hidrogênio no Brasil, indicando lista de documentos, contatos e etapas necessárias para submissão.
-
Tenenge fecha contrato com Petrobras para obras na Refinaria Abreu e Lima e prevê a abertura de 1.500 vagas de emprego
-
Gás de Cozinha: Mudanças da ANP podem ameaçar segurança
-
Petróleo volta a cair e atinge menor valor desde maio: excesso de oferta, tensões comerciais e trégua no Oriente Médio redefinem cenário global da commodity
-
Milhões de litros de gasolina e diesel apreendidos no Brasil ganham destino inédito após acordo histórico que promete acabar com o risco ambiental e salvar bilhões em perdas
A agência reforça que o guia tem caráter orientador e não substitui futuras resoluções regulatórias. Assim, a ausência de um documento específico não impede o andamento do processo, desde que analisado caso a caso.
A medida está alinhada ao artigo 12 da Lei nº 14.948/2024, que permite soluções individuais enquanto as normas definitivas não são publicadas.
Padrões internacionais e especificações físico-químicas
O manual também apresenta informações sobre as especificações físico-químicas do hidrogênio e as normas internacionais que devem ser seguidas para garantir segurança e qualidade do produto.
O texto detalha padrões de pureza, controle analítico e critérios técnicos essenciais para o uso industrial e energético.
Essas referências asseguram que o Brasil avance com base em modelos já consolidados mundialmente, o que fortalece a credibilidade da produção de hidrogênio no Brasil perante investidores e parceiros internacionais.
Questões de certificação e exploração de hidrogênio natural, segundo a ANP, serão abordadas em publicações futuras.
Transição energética e novas oportunidades de mercado
A ANP destaca que o hidrogênio de baixa emissão representa uma alternativa moderna e flexível dentro da transição energética brasileira.
O país já figura entre as nações com matriz mais limpa do mundo, graças ao uso consolidado de biocombustíveis como etanol e biodiesel.
Com a Lei do Combustível do Futuro (Lei nº 14.993/2024) e o novo marco legal do hidrogênio, o Brasil avança para integrar também o biometano, o diesel verde e os combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) à sua estratégia de descarbonização.
Essa articulação coloca a produção de hidrogênio no Brasil no centro das políticas energéticas e industriais, consolidando o papel da ANP como reguladora de um mercado em expansão.
O manual reforça a transparência e a previsibilidade regulatória, essenciais para atrair investimentos e acelerar a inovação. Interessados em obter informações adicionais podem encaminhar dúvidas para o e-mail hidrogenio@anp.gov.br, indicado oficialmente pela agência.
Com isso, a produção de hidrogênio no Brasil se consolida como eixo estratégico para o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento do setor energético nacional.