O primeiro coração artificial feito de titânio foi implantado em um paciente humano, registrando um novo marco na área de implantes, que começou há mais de 40 anos.
O primeiro coração totalmente artificial desenvolvido com titânio foi implantado com sucesso em um paciente humano, devido a uma parceria entre o Texas Heart Institute ea BiVACOR, uma empresa de dispositivos voltados à área da saúde. A proposta da tecnologia de coração artificial feito de titânio em humano é bombear o sangue e substituir ambos os ventrículos de alguém com insuficiência cardíaca. Este avanço significativo demonstra o progresso contínuo na medicina e na tecnologia de dispositivos médicos, oferecendo novas esperanças para pacientes com doenças cardíacas graves.
Texas Heart Institute se pronuncia sobre o implante de coração feito de titânio
O objetivo deste primeiro estudo foi entender se o coração artificial feito de titânio era seguro como uma solução temporária para pacientes com insuficiência cardíaca biventricular grave ou insuficiência cardíaca univentricular. Com o sucesso deste primeiro implante de coração feito de titânio em humano, o estudo agora vai passar a contar com mais quatro pacientes.
Os médicos contam em comunicado oficial que a implantação aconteceu como esperado, sem complicações. Segundo o Dr. Alexis Shafii, diretor cirúrgico de transplante cardíaco no Baylor St. Luke’s Medical Center e um dos envolvidos no procedimento, clinicamente, o coração de titânio teve um desempenho muito bom.
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Para o Dr. Joseph Rogers, Presidente e CEO do Texas Heart Institute, com a insuficiência cardíaca permanecendo como uma das principais causas de mortalidade globalmente, o implante de coração feito de titânio em humano da BiVACOR oferece um vislumbre da esperança para diversos pacientes que aguardam um transplante de coração.
A própria equipe destaca que a implantação bem-sucedida do coração feito de titânio da BiVACOR representa o potencial de tecnologias inovadoras para enfrentar desafios críticos no tratamento cardíaco, como longas listas de espera para transplante de coração.
Entenda como funciona o coração feito de Titânio
O coração artificial feito de titânio utiliza “bomba de deslocamento de volume com diafragmas de polímero flexíveis para bombear o sangue, e assim funciona como uma bomba de sangue rotativa eletromecânica.
O site da empresa afirma que a principal inovação de design do coração feito de titânio em humano é sua construção simples, com um motor e um único rotor levitado magneticamente que bombeia sangue simultaneamente para o corpo e os pulmões.
Segundo o Dr. Todd Rosengart, professor e presidente do Departamento de Cirurgia do Baylor College of Medicine, o anúncio representa uma década de perseverança. A novidade representa um avanço e tanto, considerando que em 2022 completamos 40 anos desde o primeiro transplante de coração artificial.
Como citado anteriormente, os cientistas buscam usar o TAH no tratamento de casos graves de insuficiência cardíaca que, de acordo com dados divulgados no final de 2022, acomete cerca de 26 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença é uma condição crônica caracterizada pela perda da capacidade do coração em bombear sangue.
O primeiro transplante artificial do mundo
Voltando um pouco no tempo, e deixando de lado este coração artificial feito de titânio, já fazem mais de 40 anos desde a primeira vez em que se fez um transplante permanente de coração artificial. O paciente em questão foi o dentista Barney Clark, de Seattle (EUA), que sofria de insuficiência cardíaca.
O médico responsável pela operação foi o Dr. William DeVries, da University of Utah. Na ocasião, o cirurgião substituiu o coração de Clark pelo primeiro coração artificial permanente do mundo.
Conhecido como Jarvik-7, o dispositivo era feito de alumínio e poliuretano, e foi conectado a um compressor de ar que acompanhou Clark por seus últimos 112 dias de vida. Atualmente, os pesquisadores da University of Utah continuam o programa de Insuficiência Cardíaca Avançada, que estuda ativamente novos dispositivos capazes de ajudar em casos de insuficiência cardíaca.