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Preços de carros elétricos estão tão baixos que até a própria China está preocupada — setor pode ser comprometido

Publicado em 12/08/2025 às 10:53
BYD, Carros elétricos, China, Preços
Foto: Xinhua
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Corte da BYD expõe dilema da China: manter liderança global em elétricos sem comprometer segurança, inovação e sustentabilidade do setor automotivo

A China vive um momento de inquietação com os preços dos carros elétricos produzidos no país. O modelo mais barato já custa US$ 7.700 (R$ 43 mil), valor que, segundo o governo, pode comprometer investimentos em pesquisa e gerar riscos de segurança.

A capacidade chinesa de fabricar veículos elétricos a preços reduzidos já provocou reações internacionais, levando outros países a investigar subsídios e criar barreiras comerciais.

O mais importante é que agora o alerta parte do próprio governo chinês. Para autoridades, a disputa por preços cada vez menores não dá sinais de recuo e expõe problemas estruturais da economia.

Corte agressivo da BYD

No dia 23 de maio, a BYD, maior montadora de elétricos da China, surpreendeu o mercado ao reduzir o valor de 22 modelos, entre elétricos e híbridos. O Seagull, hatchback de entrada, passou a custar 55.800 yuans (US$ 7.700 ou R$ 43 mil).

Esse corte veio apenas dois anos após o lançamento do modelo, então vendido por 73.800 yuans (R$ 57 mil).

A queda acentuada reforçou a preocupação sobre o impacto dessa estratégia no maior mercado automotivo do mundo.

Alerta do Ministério da Indústria

No dia 31 de maio, o Ministério da Indústria da China declarou à agência estatal Xinhua que “não há vencedores na guerra de preços, muito menos um futuro”. A frase destacou o temor de que a disputa agressiva comprometa a sustentabilidade do setor.

Além disso, o órgão prometeu atuar para conter a concorrência excessiva. O objetivo é evitar que cortes sucessivos prejudiquem a capacidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento, fator essencial para manter a competitividade e garantir padrões de segurança.

Desafio interno para o setor

A pressão por preços baixos, antes vista como vantagem no cenário global, agora é tratada como risco doméstico.

Portanto, a China se vê diante do dilema de manter a liderança na produção de elétricos sem sacrificar a qualidade e a inovação.

Esse cenário mostra que a corrida para vender mais barato pode se transformar em uma ameaça para a própria indústria que ajudou a criar.

Com informações de Correio do Estado.

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Romário Pereira de Carvalho

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