Preço dos combustíveis – presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, diz que manter os preços dos combustíveis prejudicará o abastecimento do setor

O presidente da Petrobras explica que ao manter os preços, a importação dos combustíveis seria dificultada, e consequentemente geraria o desabastecimento do mercado, já que este não é abastecido somente pela Petrobras

Em evento promovido pelo banco estrangeiro Credit Suisse no dia 3 de fevereiro, o presidente da Petrobras defende que a estatal continue com a política de preço de mercado dos combustíveis. Segundo o presidente, a Petrobras está buscando outros caminhos que não envolvam segurar os preços dos combustíveis, pois legalmente a Petrobras deve exercer o preço de mercado em cima dos combustíveis, como se comportam as empresas privadas.

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Silva e Luna, presidente da Petrobras disse que a empresa está ciente do prejuízo que é buscar manter o custo dos combustíveis de forma artificial. O presidente afirma que a Petrobras irá perder vários investimentos e importações de combustíveis. De acordo com o presidente, não será possível suprir esse mercado caso o preço dos combustíveis não seja competitivo.

Além disso, o presidente disse que a direção da Petrobras está se esforçando para impedir que a instabilidade da política de paridade internacional afete imediatamente o consumidor.

“Esperamos movimentos que se tornem mais estruturais. Chegamos a ficar 90 ou 70 dias sem fazer alteração de preços. Isso demonstra que a Petrobras consegue acompanhar a paridade, manter o mercado abastecido e dar oportunidade para que outros importadores participem do abastecimento do mercado, além de manter o preço competitivo”, disse o presidente.

Preocupação da Petrobras em reduzir a emissão do carbono

Segundo a CNN, ainda no evento do banco, o presidente da Petrobras disse sobre os planos da empresa de diminuir a emissão de carbono na produção dos combustíveis, além de investir na produção de energia sustentável.

O presidente acrescentou que foi criado um comitê de investimento e pesquisar em novos meios de investir em outras opções. Ele disse que existem diversos fatores que precisam passar pelo comitê para que a empresa prossiga nessa direção. O presidente expôs que a empresa ainda não havia encontrado nenhum tipo de energia que faça parte disso e que o foco da Petrobras atualmente é na melhor produção com o menor nível na produção do carbono. Ele informa que a Petrobras está ciente de que esse processo vai continuar, mas que a empresa crê que o petróleo continuará sendo uma fonte de energia por muito tempo e que para isso é necessário que a Petrobras consiga produzir o menor índice de carbono possível a um preço resistente.

Lucros da Petrobras

De acordo com o g1, no segundo trimestre de do ano passado a Petrobras lucrou R$ 42,855 bilhões e no terceiro trimestre o lucro foi de R$ 31,142 bilhões. Devido a esse resultado, foi possível acabar com o prejuízo de R$ 1,5 bilhão verificado na mesma época de 2021.

Petrobras recebeu da petroleira Equinor quase 3 bilhões de reais referentes à venda do bloco exploratório BM-S-8, localizado o campo de Bacalhau, na bacia de Santos

A Petrobras informou em fato relevante ao mercado, na última terça-feira (01/02/2022), que recebeu da multinacional da Equinor o valor de 475 milhões de dólares (quase R$3 bilhões), equivalente à metade da terceira parcela referente à venda de sua participação no bloco exploratório de petróleo BM-S-8, onde está localizado o campo de Bacalhau (antiga área de Carcará), na bacia de Santos. Confira esta matéria na íntegra clicando aqui.