Tensão entre Rússia e Ucrânia representa risco para o mercado global de petróleo e gás natural, já que a Rússia é o segundo maior produtor mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos
Segundo as projeções do JPMorgan, os preços do petróleo podem disparar para US$ 150 por barril se as exportações de petróleo bruto da Rússia forem afetadas pelas tensões com a Ucrânia. Um especialista em energia também garante que se houvesse uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia, os preços do gás e do petróleo disparariam. O barril de petróleo excederia US$ 100 e nos Estados Unidos o galão de gasolina poderia chegar a US$ 4.
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JPMorgan ressalta como uma potencial invasão da Ucrânia causaria amplos efeitos cascata, que seriam sentidos por consumidores cansados da inflação em todo o mundo. “Quaisquer interrupções nos fluxos de petróleo da Rússia, em um contexto de baixa capacidade não utilizada em outras regiões, poderiam facilmente enviar os preços do petróleo para US$ 120”, escreveu Natasha Kaneva, chefe de estratégia global de commodities do JPMorgan, no relatório publicado no final da última terça-feira.
Pico de US$ 91 no preço do barril do petróleo, que atingiu uma nova alta de sete anos na quarta-feira passada, aumentaria ainda mais os preços dos combustíveis na bomba.
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O JPMorgan alertou que, se as exportações russas de petróleo forem cortadas pela metade, os preços do petróleo Brent provavelmente correriam para US$ 150 o barril. A maior alta de todos os tempos para os preços do petróleo foi estabelecida em julho de 2008, quando o Brent subiu para um recorde de US$ 147,50 o barril.
Tensões Rússia-Ucrânia ajudaram a inflacionar nas últimas semanas os preços do petróleo no mundo
As tensões Rússia-Ucrânia ajudaram a inflacionar os preços do petróleo nas últimas semanas. O petróleo bruto Brent atingiu uma alta fresca de sete anos de US$ 94 o barril na segunda-feira, embora desde então tenha recuado para US$ 91.
A Rússia é o segundo produtor mundial de petróleo e gás natural, perdendo apenas para os Estados Unidos para cada categoria. O país desempenha um papel fundamental na OPEP+, o grupo de produtores que só gradualmente adicionou produção que foi marginalizada durante o início da Covid. A crise Rússia-Ucrânia representa vários riscos para o mercado de petróleo.
Primeiro, tal conflito poderia potencialmente prejudicar a infraestrutura energética na região. Em segundo lugar, as potências ocidentais poderiam procurar punir a Rússia, impondo sanções que prejudicam as exportações de energia do país, embora as autoridades dos EUA tenham sinalizado uma preferência por penalizar outros setores de sua economia primeiro.
E depois há o risco de que o presidente russo Vladimir Putin retalie armando as exportações de petróleo e gás natural. Preços mais altos do gás natural na Europa aumentariam a demanda de petróleo à medida que fábricas e usinas de energia mudassem para petróleo.
A Rússia também é o principal produtor de gás natural — e seu maior cliente é a Europa, que já está lidando com custos muito altos de aquecimento doméstico. “Uma interrupção nas exportações de qualquer um dos principais gasodutos poderia colocar o balanço de gás natural da Europa em uma situação precária, especialmente considerando que 2022 começou com inventários de gás europeus recordes”, alertou o JPMorgan.