A decisão da retomada dos impostos federais sobre a gasolina pelo Governo Lula causou um forte aumento nos preços do produto nos postos de combustíveis. Já os reajustes da Petrobras no repasse às distribuidoras diminuiu o valor final para as empresas.
Os consumidores de combustíveis assistiram, na última quarta-feira, (01/03), à retomada dos altos preços da gasolina no mercado nacional. Com a volta da cobrança dos impostos federais sobre o produto, a média de preços deve aumentar em R$ 0,25 em todo o país. Já os valores repassados pela Petrobras às distribuidoras caíram, em média, R$ 0,13, possibilitando assim uma variação maior nas empresas.
Preço da gasolina terá mais R$ 0,47 em impostos
Mercado de combustíveis nacional está cada vez mais instável com alta do preço da gasolina nos postos e baixa nas distribuidoras, após reajustes da Petrobras e do Governo Lula
Os primeiros meses do novo Governo Lula têm dado o que falar quanto à questão dos combustíveis no Brasil.
Para minimizar o déficit monetário da União atualmente, o presidente decidiu retomar a cobrança dos impostos federais sobre a gasolina em todo o país. Dessa forma, a média de preços do produto nos postos de combustíveis aumentou cerca de R$ 0,25.
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As informações são referentes aos levantamentos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
No entanto, apesar da alta nos postos de combustíveis, as distribuidoras brasileiras do produto comemoram uma queda nos preços de repasse, uma vez que a Petrobras diminui em média R$ 0,13 do valor.
Dessa forma, o saldo líquido ficou em torno de R$ 0,34 por litro nas refinarias, mas a decisão não beneficiou o consumidor final.
A gasolina do tipo A representa 73% da mistura (os outros 23% é etanol anidro), causando assim um aumento nas bombas menor, de R$ 0,25 por litro, conforme os dados da Abicom.
Apesar da diminuição do preço da gasolina nos repasses da Petrobras às refinarias e às distribuidoras brasileiras, cada estado ainda sofre com as taxações específicas do produto.
Por isso, o valor final cobrado aos consumidores nos postos acaba não sofrendo tanto impacto com a queda nos repasses. A decisão do Governo Lula da retomada da cobrança dos impostos federais sobre o produto também causou uma forte instabilidade no cenário atual do país.
Fim da desoneração e retomada da cobrança dos impostos federais do Governo Lula
Mesmo com a redução dos preços do combustível no repasse da Petrobras às distribuidoras, as decisões estatais vêm impactando fortemente o valor final nas bombas do país.
A gasolina e o etanol terão a volta da cobrança de alíquotas de PIS e Cofins, conforme previsto pelo Governo Lula.
Por outro lado, o diesel e o gás de cozinha continuam isento da cobrança dos impostos federais até o fim de dezembro deste ano.
“Essa reoneração é inevitável, não tem outro jeito”, afirmou Sergio Araújo, da Abicom. “Lembrando que a origem de todo esse problema foi a desoneração feita no ano passado, num período eleitoral, que impactou muito a receita do governo.”
O Governo Lula chegou ao mandato com um forte problema financeiro nos cofres públicos da União, causado pelos últimos anos do Governo Bolsonaro.
Dessa forma, a medida paliativa mais vantajosa para a arrecadação monetária seria o retorno da cobrança dos impostos federais sobre os produtos. Assim, mesmo com o cenário da Petrobras e as distribuidoras, os próximos meses ainda serão instáveis quanto à alta da gasolina.