1. Início
  2. / Economia
  3. / Posto rival da Shell retorna ao Brasil visando dominar o mercado e desafiar gigantes, incluindo a Petrobras, mas esbarra em empresa baiana que quer impedir expansão
Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 0 comentários

Posto rival da Shell retorna ao Brasil visando dominar o mercado e desafiar gigantes, incluindo a Petrobras, mas esbarra em empresa baiana que quer impedir expansão

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 01/04/2025 às 18:49

O retorno da Texaco ao Brasil está cheio de reviravoltas! A gigante enfrenta uma batalha judicial milionária que pode destruir seus planos de expansão. Com dívidas bilionárias e uma disputa contra empresas poderosas, a Texaco pode estar prestes a perder tudo. O que vai acontecer com essa marca tradicional? Não perca as próximas notícias!

A disputa pelo domínio do mercado de combustíveis no Brasil está prestes a ganhar um novo capítulo, com a tentativa de retorno da Texaco, uma das marcas mais tradicionais do setor, que já esteve presente no país por mais de 80 anos.

A gigante do petróleo, Chevron, que controla a bandeira, anunciou sua intenção de reentrar no mercado brasileiro, em parceria com o Grupo Ultra, responsável pela rede de postos Ipiranga.

Contudo, o retorno da Texaco, que começou em outubro do ano passado com a inauguração de um posto em Palhoça (SC), ainda não avançou como esperado e pode enfrentar sérios obstáculos no caminho.

Câmera De Segurança a Prova de água Lente Dupla APP ICSEE IP66 Camera IP WiFi 360
Cuidar da sua segurança nunca foi tão barato. Câmera à Prova de água, HD e WiFi 360
Ícone de link Comprar agora!

Retorno ao Brasil após 17 anos de ausência

Em 2008, a Texaco se retirou do Brasil, mas agora, com uma nova parceria e um cenário favorável à expansão, a marca tinha grandes planos para retomar sua fatia no mercado nacional.

Porém, mais de cinco meses após o anúncio inicial, não houve mais inaugurações de novos postos Texaco no país, o que gerou especulações sobre os motivos dessa desaceleração.

A principal razão que vem sendo apontada por fontes do setor é o empecilho relacionado a dívidas milionárias da Texaco com a distribuidora baiana MLub.

Essas dívidas, que somam mais de R$60 milhões, foram reconhecidas judicialmente pela Justiça da Bahia e têm sido um verdadeiro obstáculo para o avanço da operação da Texaco no Brasil.

A questão envolve uma longa disputa jurídica que remonta ao período em que a Texaco tinha contrato de exclusividade com a MLub para a distribuição de lubrificantes em dois estados: Bahia e Sergipe.

O descumprimento de contrato e os impactos no retorno da Texaco

O problema começou quando a Texaco, mesmo mantendo a exclusividade com a MLub, passou a vender diretamente seus produtos para clientes da Bahia e Sergipe, ignorando o contrato firmado com a distribuidora.

Essa violação contratual gerou um processo judicial que resultou na condenação da Chevron, do Grupo Ultra e da Texaco, que, até hoje, luta contra o pagamento da dívida.

Com a sentença que supera os R$60 milhões, o grupo Texaco/Chevron/Ultra ainda tenta reverter a condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o caso já aguarda uma decisão há mais de quatro anos.

Além disso, o impacto dessa dívida não se limita apenas ao aspecto financeiro.

A situação atraiu a atenção de autoridades reguladoras, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que abriram investigações sobre a conduta das empresas envolvidas.

O CADE começou a investigar o caso em novembro de 2024, alegando quebra de contrato, enquanto, em dezembro do mesmo ano, a CVM iniciou apurações sobre a possível omissão da Chevron e do Grupo Ultra em relação aos balanços financeiros que não mencionaram a dívida reconhecida pela Justiça da Bahia.

Obstáculos no caminho: empresas baianas impedem expansão da Texaco

A disputa judicial envolvendo a MLub e as gigantes do setor de petróleo é apenas um dos fatores que dificultam a expansão da Texaco no Brasil.

Além disso, a presença forte de outras distribuidoras e redes de postos, como a Petrobras e a Shell, torna o cenário ainda mais competitivo.

A Texaco terá que enfrentar não apenas as dívidas antigas, mas também um mercado já consolidado e com players poderosos como as mencionadas companhias, que dominam o mercado nacional há décadas.

Em Santa Catarina, onde a marca retornou com o primeiro posto, a concorrência local já demonstra dificuldades para ganhar terreno.

Com uma expansão ainda em estágio inicial, a Texaco precisa superar obstáculos jurídicos e financeiros para ampliar sua rede de postos no Brasil.

Investigações e suas consequências para o mercado de combustíveis

Enquanto a Texaco luta contra as consequências jurídicas e busca resolver suas pendências com a MLub, as investigações do CADE e da CVM podem ter impactos significativos no futuro da empresa no Brasil.

Se as investigações confirmarem irregularidades em relação aos contratos e à ocultação de dívidas nos balanços financeiros, o Grupo Ultra e a Chevron poderão enfrentar multas pesadas e restrições em sua atuação no país, o que pode enfraquecer ainda mais as ambições da Texaco de se expandir no Brasil.

O setor de combustíveis, no entanto, continua sendo um dos mais lucrativos e competitivos do país, o que atrai o interesse de empresas internacionais, como é o caso da Chevron com a Texaco.

Embora o retorno tenha sido promissor no início, os desafios administrativos e financeiros enfrentados pela Texaco podem afetar sua capacidade de competir com gigantes como a Shell, Petrobras e outros.

O futuro da Texaco no Brasil: o que vem a seguir?

O Brasil, um dos maiores consumidores de combustíveis do mundo, representa uma grande oportunidade para qualquer empresa do setor.

Contudo, o caso da Texaco ilustra bem como as questões jurídicas, contratuais e regulatórias podem afetar até as maiores corporações internacionais.

Agora, o futuro da marca no Brasil depende de uma série de fatores, desde a resolução das pendências financeiras até a superação de barreiras burocráticas e concorrenciais no mercado local.

Enquanto isso, as autoridades brasileiras, como o CADE e a CVM, continuarão a monitorar de perto as movimentações da Chevron, do Grupo Ultra e da Texaco, garantindo que as regras do mercado sejam cumpridas.

Para os consumidores, a questão permanece no campo da especulação: será que a Texaco conseguirá se consolidar novamente no Brasil, ou a marca será mais uma vítima das complexidades jurídicas e da feroz concorrência local?

O mercado de combustíveis está cada vez mais competitivo e cheio de reviravoltas. Você acredita que a Texaco tem chance de superar os obstáculos e se consolidar novamente no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!

Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x