A reposição dos estoques de combustíveis não está sendo suficiente em áreas de fronteiras com a província de Misiones, segundo alerta emitido pela Câmara de Postos de Combustíveis de Afins do Nordeste da Argentina nesta segunda-feira.
O presidente da associação, Faruk Jalaf, disse em entrevista ao jornal Primera Edición que as empresas petrolíferas têm diminuído as cotas mensais de gasolina e diesel alegando problemas de importação, o que tem gerado aumento variável de 3% a 8,2% no preço dos combustíveis.
Esse aumento de preços ocorre em um país onde a inflação oficial em maio deste ano foi de 7,8%, acumulando 42,2% desde o início do ano e 114,2% nos últimos 12 meses. Ademais, a falta de incentivo para importação por causa do preço defasado do combustível na Argentina explica a diminuição na entrega de estoques.
Outro problema que tem contribuído para a possível escassez é o aumento da demanda por diesel no país, possivelmente por causa da safra de produtos como erva-mate, o que limitou a quantidade de combustíveis vendidos por cliente em algumas áreas da província. A situação se agrava em Misiones pelo fato de a região já ter o combustível com o preço mais alto da Argentina, sendo até 30% superior ao de Buenos Aires.
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De acordo com Jalaf, essa diferença não seria justificada apenas pelo custo do transporte, que gera um adicional de 5% a 7%, e não 24% ou 25%. Em cidades de fronteira, ainda existem vendas, já que os combustíveis na Argentina são mais baratos que no Brasil e no Paraguai, mas no interior das províncias, as vendas caíram, obrigando motoristas a abastecerem na província o mínimo possível para sair dela, e depois enchendo o tanque em outros locais do país.
Volatilidade do câmbio na região
A volatilidade do câmbio na região também tem sido um fator a ser levado em consideração ao se avaliar os preços do combustível. A Iguassu Câmbio, por exemplo, vendeu em uma manhã de sábado (17/07/2021) a paridade de R$ 1 para P$ 80 com um litro de gasolina do tipo Nafta custando o equivalente a R$ 3,93 nos postos YPF.
Com a possível escassez de combustíveis, a população pode enfrentar dificuldades para se transportar e as empresas podem ser afetadas. Por isso, é importante que as empresas petrolíferas busquem uma solução para a falta de combustível em Misiones, para evitar a interrupção de atividades e a consequente perda econômica. As autoridades também podem ajudar neste sentido, tomando medidas para facilitar a importação de combustíveis e incentivando o seu mercado.
A falta de combustível afeta negativamente não apenas o setor petrolífero, mas toda a economia do país. A cotação do petróleo, por exemplo, tem grande impacto na economia brasileira, responsável por ser um dos acionadores do crescimento econômico do Brasil. Assim, a possível escassez de combustíveis em Misiones pode afetar as relações comerciais entre Brasil e Argentina, gerando impacto negativo em toda a região.
Seja como for, é preciso encontrar uma solução rápida e eficiente para a falta de combustíveis em Misiones, a fim de que a população não seja prejudicada e a economia de todo o país não sofra as consequências da possível interrupção de atividades empresariais. Este é o desafio a ser enfrentado pelas autoridades e empresas petrolíferas no momento atual.