O Porto do Açu, localizado em São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro, negocia a instalação de novas fábricas de celulose no parque industrial
O Porto de Açu, localizado em São João da Barra, no norte do estado do Rio de Janeiro, está fazendo estudos com a Embrapa Territorial para atrair fábricas de celulose a seu parque industrial, que ainda está em fase de formação. A ideia é identificar áreas próximas ao porto próprias para a silvicultura, sendo que o estado do Rio já identificou 290 mil hectares no norte fluminense com potencial de reflorestamento. Veja ainda esta notícia: Porto do Açu irá gerar 2 mil vagas de empregos com a construção de novo parque de tancagem de petróleo
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Novas fábricas de celulose podem se instalar no Porto do Açu
O Porto do Açu mantém conversas com algumas empresas que, eventualmente, podem ter interesse em se instalar alguma fábrica de celulose na área industrial, que ocupa 60 quilômetros quadrados. Atualmente, os principais exportadores brasileiros de papel e celulose são a Suzano, Klabin, Votorantim, CNP e a Eldorado. Os estudos da Embrapa, que pretendem entender a viabilidade do projeto, devem levar 120 dias.
Embora o Porto do Açu seja responsável pelo escoamento de 25% das exportações de petróleo e o terceiro maior terminal de minério de ferro, o projeto de industrialização do complexo de Porto de Açu pretende ter como base projetos sustentáveis, de baixa emissão de carbono e geração de energia limpa.
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Recentemente, o local requisita licença para construção de usinas eólicas offshore
O Porto do Açu, localizado em São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro, iniciou o licenciamento ambiental de parques eólicos offshore com 2.160 MW de capacidade instalada, e pretende atrair um ou mais sócios para desenvolver os quatro parques Ventos do Açu. Segundo informações os dados iniciais já foram enviados ao Ibama.
“Assim como fomos base para indústria de óleo e gás, podemos ser base para eólicas offshore e produção de hidrogênio verde. A geração eólica offshore vai ser de importância relevante para o hidrogênio verde no Brasil”, informou Filipe Segantine, gerente de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis do Porto do Açu.
Confira ainda esta notícia: Porto do Açu receberá investimentos para a construção de novas usinas de hidrogênio
A utilização do hidrogênio verde, como fonte de energia, tem uma estimativa de que os investimentos cheguem a US$ 500 bilhões até 2030, e o desenvolvimento dessa tecnologia trará uma série de oportunidades para o Brasil e principalmente para o estado do Rio de Janeiro. O Porto do Açu, em São João da Barra, poderá receber algumas usinas de hidrogênio verde futuramente.
No país, os projetos de hidrogênio verde somam US$ 22 bilhões. O Porto do Açu aposta nessa produção, utilizando água e usinas eólica e solar que devem ser instaladas na área. Filipe Segantine, gerente de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis no Porto do Açu, diz que “Abre um leque de opções de produção de baixo carbono, também com o uso da amônia, que tem maior potencial de transporte do hidrogênio. Estamos participando desse desenvolvimento da tecnologia e do mercado”.
Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional e um dos mediadores da série “Rotas de Hidrogênio: energia do futuro e oportunidades para o Rio”, diz que é uma oportunidade única de discutir o tema de extrema relevância para a indústria e sua competitividade internacional. União Europeia e EUA têm metas ambiciosas de redução de emissão de carbono até 2050 e vão recorrer ao hidrogênio, analisou o executivo.