No Porto do Açu, da Prumo Logística, há uma rota nova para exportar grãos do Centro-Oeste do Brasil. O Porto do Açu está se tornando uma alternativa frente a Santos e Paranaguá. A empresa planeja triplicar o volume de grãos em 2 anos e tempo de espera reduzido. Investimento de R$ 100 milhões em cais para grãos.
Quando se fala em escoar grãos do Centro-Oeste, aparece sempre a imagem de estradas longas, caminhões e portos bastante cheios. Mas o Porto do Açu, da Prumo Logística, está abrindo uma alternativa que parecia improvável: receber milho do Mato Grosso com espera muito menor do que em portos tradicionais.
Essa novidade mexe com quem trabalha no agronegócio, com quem planta, transporta ou exporta, porque pode mudar parte do jogo. É uma pista de que há mais caminhos para o produtor, para quem cuida do custo de transporte e para quem depende da logística para ganhar competitividade.
A seguir, fica claro o que está em curso no Porto do Açu, por que isso importa, o que já está feito e o que vem pela frente, segundo uma matéria publicada no portal Neo Feed.
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O que virou novidade no Porto do Açu
Porto do Açu está operando exportações de grãos que vêm do Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Pela primeira vez, no início de setembro, chegou uma carga de 25 mil toneladas de milho não transgênico do Mato Grosso.
Tradicionalmente, Santos (SP) e Paranaguá (PR) levavam a maioria dos grãos. Porto do Açu não costumava entrar nesse jogo pesado de grãos.
A Prumo Logística, dona do Porto do Açu, percebeu que pode usar parte de sua estrutura para isso. Um exemplo: o tempo de espera para os navios atracarem. Em alguns portos, pode ser até sessenta dias. No Porto do Açu, a espera foi de três dias para essa carga do Mato Grosso. Isso pesa bastante no custo final do produto.
Quanto isso representa hoje na produção de grãos
O volume de grãos movimentado pelo Porto do Açu ainda é pequeno: quase um milhão de toneladas. Esse número é próximo de 1 % das cargas totais do complexo portuário. Apesar disso, há planos para triplicar esse volume a cerca de 3 milhões de toneladas dentro de dois anos.
Também há projeção de chegar a 12 milhões a 15 milhões de toneladas por ano quando a ferrovia EF-118 estiver pronta. A ferrovia está em fase de projeto junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A expectativa é leiloar a concessão até o fim deste ano e, depois de construída, que leve pelo menos quatro anos.
Investimentos no agronegócio e estrutura disponível
Para suportar o crescimento no Porto do Açu, a Prumo Logística já fez investimento de R$ 100 milhões para construir dois cais voltados principalmente para grãos.
Esses cais vão permitir que dois navios Panamax, tipo graneleiro de médio porte, sejam carregados ao mesmo tempo, cada um com capacidade de 75 mil toneladas. Isso vai aumentar a capacidade de embarque.
Atualmente, o Porto do Açu conta com cerca de 30 cais para tipos diversos de movimentação. Há espaço para erguer pelo menos mais 40 cais. Isso indica que há margem para crescimento físico da estrutura, se for necessário.
Outra parte importante: o acesso logístico. O CEO Rogério Zampronha ressalta que Porto do Açu tem dois caminhos de chegada para cargas. Um destinado a petróleo e minério e outro para demais cargas. Isso reduz a competição no acesso para caminhões que levam grãos, o que torna a operação mais fluida.
Desafios financeiros e metas futuras para a Prumo Logística
A Prumo Logística investiu R$ 22 bilhões em infraestrutura e instalações desde que começou a operar, há 11 anos. Há uma dívida financeira de terceiros de R$ 14,1 bilhões no fim do primeiro semestre.
Também existem R$ 845 milhões que vencem em até 12 meses. Além disso, há R$ 2,3 bilhões de mútuos com partes relacionadas, controladoras e subsidiárias.
Essas dívidas em reais têm prazos de vencimento entre 2026 e 2035 e estão ligadas ao CDI ou IPCA. O spread médio ponderado é de 15,60 % ao ano. Para dívidas em dólares, há um hedge natural porque algumas receitas da empresa são em dólar.
Em termos de resultado operacional, a Prumo teve Ebitda de R$ 814 milhões no primeiro semestre deste ano, crescimento de 29 % sobre igual período do ano anterior. A receita ficou em R$ 950,7 milhões, alta de 28,2 %. O lucro foi de R$ 142,7 milhões.
A meta é clara: triplicar o volume de grãos exportados em dois anos (chegar a 3 milhões de toneladas) e, com a ferrovia EF-118 pronta, expandir para 12-15 milhões de toneladas por ano.
Vai esperar pelo governo, talvez demore muito ou não saia do papel. Porque não fazer com investimento privado, é mais rápido.
çok yararlı bir paylaşım olmuş teşekkür ederim çok işime yarıcak.