Com motor 2.5 de 182 cv, o Nissan Altima SL 2014 é um sedã japonês de luxo acessível, confortável e durável, com preço por volta de R$ 70 mil em 2025.
Entre os sedãs médios usados mais subestimados do Brasil, o Nissan Altima 2.5 SL 2014 é uma joia esquecida que une conforto, desempenho e durabilidade mecânica em um pacote que, em 2025, pode ser encontrado por volta dos R$ 70 mil na Tabela Fipe. Enquanto modelos mais populares da mesma faixa de preço entregam menos motor, acabamento mais simples e consumo semelhante, o Altima sobrevive como uma alternativa de luxo acessível, o tipo de carro que envelhece bem, mesmo depois de mais de uma década de uso.
O sedã japonês que muitos esqueceram
O Altima foi lançado no Brasil em 2013 como o sedã topo de linha da Nissan, importado diretamente dos Estados Unidos para disputar com pesos-pesados como Toyota Camry, Honda Accord e Volkswagen Passat. Em sua versão SL, o modelo vinha com praticamente tudo de série, sem necessidade de pacotes opcionais — algo que hoje é cada vez mais raro.
Por fora, o design segue a linha elegante e fluida típica dos sedãs japoneses da época: carroceria com 4,86 metros de comprimento, 1,83 m de largura e 1,47 m de altura, além de um entre-eixos generoso de 2,78 metros, o que garante excelente espaço interno. O porta-malas de 436 litros não é o maior da categoria, mas é suficiente para longas viagens em família.
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Motor 2.5 de 182 cv e câmbio CVT Xtronic
O destaque do Altima está sob o capô. O motor QR25DE 2.5 litros de quatro cilindros é o mesmo usado em modelos como o Nissan Sentra e o X-Trail, mas aqui ele entrega 182 cavalos a 6.000 rpm e 24,5 kgfm de torque a 4.000 rpm — números expressivos para um sedã médio de tração dianteira. O conjunto é acoplado a uma transmissão automática do tipo CVT Xtronic, com simulação de marchas e gerenciamento eletrônico que privilegia o conforto e o consumo.
Nos testes da época, o Altima acelerava de 0 a 100 km/h em cerca de 8,7 segundos e alcançava velocidade máxima de 210 km/h. Mesmo com quase 1.500 kg, o conjunto é equilibrado e suave. A tração dianteira, diferente do que muitos pensam, garante estabilidade previsível e direção leve, especialmente para o uso urbano.
O consumo também surpreende: segundo o INMETRO, o modelo faz cerca de 10 km/l na cidade e 13 km/l na estrada com gasolina — números excelentes para um sedã grande de motor aspirado.
Conforto de categoria superior
Por dentro, o Nissan Altima SL oferece uma cabine refinada e extremamente confortável. Os bancos dianteiros contam com ajuste elétrico e função de aquecimento, o painel tem acabamento em materiais macios e o isolamento acústico impressiona mesmo para os padrões atuais.
O modelo ainda trazia de série teto solar, ar-condicionado digital dual zone, sistema multimídia com tela de 7 polegadas, GPS integrado e som premium da Bose com nove alto-falantes. O volante multifuncional e o computador de bordo digital completam o pacote.
Outro ponto que merece destaque é o chamado “Zero Gravity Seat”, tecnologia desenvolvida pela NASA e aplicada pela Nissan, com formato ergonômico que reduz a fadiga em longos trajetos. É o tipo de detalhe que transforma viagens em experiências confortáveis e silenciosas, algo raro de se ver em carros dessa faixa de preço.
Segurança e tecnologia acima da média
Mesmo sendo um carro de 2014, o Altima SL já trazia recursos que só apareceriam anos depois em modelos nacionais. São seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e sistema de monitoramento de pressão dos pneus.
A carroceria foi projetada dentro dos padrões mais rígidos da época, garantindo notas máximas em testes de impacto do IIHS nos Estados Unidos. Em resumo, o Altima foi pensado para o público americano exigente — e isso se reflete diretamente na robustez e segurança.
Manutenção e fama de durabilidade
Um dos grandes trunfos do Nissan Altima é sua durabilidade mecânica. O motor 2.5 aspirado é conhecido pela resistência — há relatos de unidades com mais de 300 mil quilômetros rodando sem nunca abrir o motor, desde que a manutenção preventiva seja feita corretamente.
A transmissão CVT da Nissan, no entanto, exige cuidados: trocas de fluido a cada 50 mil km com óleo específico e revisões preventivas são essenciais para manter o funcionamento suave.
Peças como filtros, pastilhas e amortecedores têm custo intermediário: mais caro que um sedã popular, mas muito abaixo de um importado premium. Hoje, com o avanço das autopeças paralelas e importações diretas, manter um Altima em bom estado custa menos do que se imagina.
Um sedã de luxo pelo preço de um popular
O maior apelo do Altima no mercado de usados é justamente o custo-benefício. Com preço médio na Tabela Fipe de R$ 69.000 em 2025, ele concorre diretamente com carros 1.0 zero quilômetro, como o Renault Kwid e o Fiat Mobi, que não chegam nem perto em espaço, desempenho ou conforto.
Para quem busca um carro de família, silencioso, potente e que entrega sensação de luxo a um custo acessível, o Altima SL 2014 é uma das opções mais interessantes do mercado brasileiro. O único ponto de atenção é a rede de concessionárias Nissan — mais restrita que a de outras marcas — e a necessidade de encontrar exemplares bem cuidados, preferencialmente com histórico de manutenção.
Situação atual e recomendação final
O Nissan Altima saiu de linha no Brasil em 2017, mas segue sendo fabricado nos Estados Unidos, onde ainda é um dos sedãs médios mais vendidos da marca. A manutenção de exemplares usados no Brasil é plenamente viável, especialmente em grandes centros, onde há oficinas especializadas em câmbio CVT.
Para quem valoriza conforto, silêncio a bordo e desempenho linear, o Altima 2.5 SL 2014 é um verdadeiro achado. Um carro que entrega o nível de refinamento de um modelo de R$ 200 mil por apenas R$ 70 mil — e que ainda é capaz de rodar centenas de milhares de quilômetros se tratado com o cuidado que merece.



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