Descubra por que o Japão está escavando uma montanha e como um investimento de US$ 600 milhões pode revolucionar o futuro da humanidade.
O Japão está desenvolvendo um projeto revolucionário que pode transformar os rumos da medicina e expandir nosso conhecimento sobre o universo. O Observatório Atômico Hyper-Kamiokande, com um investimento de US$ 600 milhões, abrigará o maior tanque de água do mundo. Descubra por que o Japão está escavando uma montanha e as implicações desse projeto inovador.
Por que o Japão está escavando uma montanha?
O projeto está em construção na cidade de Hida, prefeitura de Gifu, mais precisamente na montanha de Nijuugo, nos alpes japoneses. O projeto é conduzido pela Universidade de Tóquio, situada a aproximadamente 380 km de onde o Japão está escavando uma montanha.
Se a primeira vista tal distância pode assustar, dificilmente haveria um local melhor no país para desenvolver um projeto de estudos atômicos, afinal a área montanhosa possui dimensões e estruturas rochosas adequadas para a criação de uma galeria com medida e isolamento ideais em conta a complexidade desse projeto.
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Vale destacar que essa galeria terá um observatório situado a 681 m do pico da montanha e um tanque capaz de armazenar espetaculares 260 milhões de litros de água, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 1.300.000 habitantes.
Em linhas Gerais, a construção onde o Japão está escavando uma montanha, abrigará quatro programas de física: acelerador e oscilações atmosféricas de neutrinos, astronomia de neutrinos e geoneneutrinos, decaimento de prótons e matéria escura. Esses quatro programas explicam por que o Japão está escavando uma montanha.
Quando o Hyper Kamiokande deve ser concluído?
Com obras iniciadas em Maio de 2021, o Hyper Kamiokande deve ser concluído em 2026. Segundo o cronograma, as pesquisas no local devem começar no ano seguinte e apesar da alta complexidade do projeto, entender sua execução é fácil. O Japão está escavando uma montanha e um enorme cilindro será esculpido na região interna, sendo acessada por túneis no topo e na base.
A escavação dos túneis ocorreu por um método bem tradicional e eficiente, com a criação de um túnel de aproximação e outro de criação por meio de tuneladoras. À medida em que as equipes desbravaram essas opções, uma estrutura reforçada por uma treliça de aço era instalada para suportar o peso da Rocha acima.
Esse é um dos aspectos que fizeram do Hyper-K tão atrativo para pesquisas atômicas. A densidade da rocha ajuda a isolar o espaço de eventuais radiações de fundo, forma de radiação eletromagnética composta por fótons e de micro-ondas, emitidas desde quando o universo tinha apenas 380.000 anos de idade.
O espaço abriga ainda uma enorme concha de concreto com 88 m de altura e quase 70 m de largura, revestida por concreto impermeabilizante. Assim o projeto se transformará no maior tanque d’água do mundo, com capacidade de armazenamento para 260 milhões de litros.
Como o novo projeto pode ajudar o mundo farmacêutico?
De acordo com a expectativa da Universidade de Tóquio, o projeto será concluído em 2026 e vale destacar que essas boas notícias não devem ser comemoradas apenas por cientistas e entusiastas da área e por vários motivos.
Além de ajudar na otimização de técnicas agrícolas, na busca por mais segurança e qualidade dos alimentos e de aprimorar o setor de diagnósticos por imagem, o estudo atômico possui papel essencial no desenvolvimento de medicamentos e, por isso, a partir de uma melhor compreensão da estrutura atômica das moléculas, é possível criar remédios mais direcionados ao alvo do tratamento a nível molecular.
Isso é algo que significa mais eficiência e menor possibilidade de efeitos colaterais. Nesse contexto, os resultados no Hyper-K podem até mesmo ajudar no desenvolvimento de novos fármacos para a AIDS.