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Por que mais de 4.400 aviões militares, avaliados em US$ 35 bilhões, estão ‘abandonados’ no deserto do Arizona, formando o maior cemitério de aviões do mundo

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 22/05/2024 às 17:38
Por que mais de 4.400 aviões militares, avaliados em US$ 35 bilhões, estão 'abandonados' no deserto do Arizona, formando o maior cemitério de aviões do mundo
Foto: Conhecimento Global/Divulgação

Mais de 4.400 aviões militares, avaliados em US$ 35 bilhões, estão estacionados no deserto do Arizona. Descubra as razões históricas e estratégicas por trás desse gigantesco cemitério de aeronaves, sua importância econômica e as histórias fascinantes desses aviões abandonados.

O deserto do Arizona abriga mais de 4.400 aviões militares abandonados, avaliados em US$ 35 bilhões. Esses aviões incluem caças, helicópteros e bombardeiros, que poderiam formar a segunda maior força aérea do mundo. Mas por que tantos aviões estão lá? Entenda os motivos por trás dessa enorme frota abandonada e o que acontece com essas aeronaves.

Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos enfrentaram um problema: o que fazer com os 230.000 aviões construídos durante o conflito. A solução foi encontrada no deserto de Sonora, perto de Tucson, Arizona. A região, com sua baixa umidade, pouca chuva e solo duro, era perfeita para armazenar aviões sem necessidade de pavimentação e com mínima corrosão.

Os aviões militares da categoria 1000 passam por manutenção a cada quatro anos

Desde 1946, a base aérea de Davis-Monthan começou a receber aeronaves para armazenamento. Os aviões são classificados em quatro categorias:

  1. Tipo 1000: armazenamento de longo prazo. Esses aviões podem voltar a voar rapidamente se necessário.
  2. Tipo 2000: armazenamento para retirada de peças. Estes aviões não voarão novamente, mas fornecem peças para outras aeronaves.
  3. Tipo 3000: armazenamento de curto prazo. Esses aviões aguardam um novo destino, podendo ser vendidos para outros países.
  4. Tipo 4000: destruição. Aviões que serão desmantelados e reciclados.

O processo de armazenamento envolve retirar armamentos, lavar para remover substâncias corrosivas e aplicar uma tinta selante para proteger as aeronaves do clima desértico. Os aviões militares da categoria 1000 passam por manutenção a cada quatro anos para garantir que possam voar novamente se necessário.

Há algumas históricas, como o bombardeiro B-29 Enola Gay

Entre os aviões militare armazenados, há algumas históricas, como o bombardeiro B-29 Enola Gay, o primeiro a lançar uma bomba atômica. Há também modelos famosos como os caças Grumman F-14 Tomcat, conhecidos do filme “Top Gun”.

Além de servir como cemitério de aviões, o local também tem importância financeira. Cerca de 600 trabalhadores recuperam peças que valem até US$ 350 milhões por ano, ajudando a economizar na compra de novas peças.

O deserto do Arizona abriga um impressionante cemitério de aviões militares, com mais de 4.400 aeronaves. Este local não apenas preserva a história da aviação militar, mas também desempenha um papel crucial na economia e na prontidão militar dos Estados Unidos. Com as crescentes tensões globais, muitos desses aviões poderão ser reativados, demonstrando a importância estratégica desse vasto depósito no deserto.

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Rafaela Fabris

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