A Petrobras anunciou uma nova norma de segurança que veta o transporte de baterias de lítio sobressalentes em voos offshore. Saiba o que muda e evite transtornos no embarque.
A Petrobras definiu novas regras de segurança para os voos offshore com destino às plataformas de petróleo, que vão impactar diretamente os profissionais do setor. A partir do dia 1º de junho de 2025, baterias de lítio sobressalentes estarão proibidas em helicópteros offshore.
A medida se aplica a power banks, cigarros eletrônicos e baterias externas de reposição. As informações são do Everton Villar, especialista em logística offshore e planejador marítimo atuante na área.
A restrição atende à crescente preocupação com o risco de incêndios causados por superaquecimento desses dispositivos, que podem comprometer a segurança de todos a bordo das aeronaves utilizadas no transporte até as unidades marítimas operadas pela Petrobras.
Por que a Petrobras proibiu baterias de lítio em voos offshore?
A nova norma da Petrobras visa reduzir os riscos associados ao transporte aéreo de equipamentos que utilizam bateria de lítio. Esses itens são conhecidos por seu potencial de combustão espontânea, especialmente quando estão danificados, mal acondicionados ou em condições de superaquecimento.
Diferentemente dos voos comerciais, helicópteros offshore não possuem compartimentos de carga pressurizados nem sistemas adequados de contenção de incêndio. Portanto, o transporte dessas baterias representa uma ameaça à segurança dos voos que conectam o continente às plataformas de petróleo em alto-mar.
O que ainda será permitido levar nos voos offshore da Petrobras?
Mesmo com a proibição de baterias de lítio sobressalentes, a Petrobras manterá a autorização para que os trabalhadores embarcados levem alguns eletrônicos pessoais, desde que estejam com as baterias instaladas de fábrica e dentro do limite de 160Wh.
Entre os dispositivos autorizados em voos offshore:
- Notebooks
- Fones de ouvido bluetooth
- Tablets
- Celulares
- Equipamentos eletrônicos com bateria fixa, desde que não excedam 160Wh
Atenção: qualquer dispositivo com bateria destacável ou de reposição será impedido de embarcar. Isso inclui acessórios de câmera, lanternas de alta potência, ferramentas portáteis e rádios comunicadores.
Quais baterias de lítio estão proibidas nos helicópteros offshore?
A nova diretriz da Petrobras proíbe categoricamente o embarque com baterias de lítio sobressalentes. Confira os principais exemplos de itens que não poderão ser levados a bordo a partir de 1º de junho de 2025:
- Power banks de qualquer capacidade
- Baterias externas avulsas para celular, câmera, tablet, rádio ou notebook
- Cigarros eletrônicos e vaporizadores
- Pilhas de lítio recarregáveis (tipo 18650, por exemplo)
Esses itens deverão ser enviados exclusivamente por transporte terrestre ou marítimo, desde que acondicionados de maneira segura e em conformidade com as normas de segurança.
Período de transição definido pela Petrobras vai até 31 de maio de 2025
A Petrobras estabeleceu uma fase de transição para que os profissionais se adaptem às novas regras. Até o dia 31 de maio de 2025, ainda será permitido levar power banks junto ao corpo, desde que não estejam danificados e respeitem as recomendações de segurança.
A partir de 1º de junho, a restrição será total, e qualquer bateria de lítio sobressalente apresentada no check-in de embarque nos heliportos será barrada, podendo inclusive causar atrasos no voo do trabalhador offshore.
Segurança dos voos offshore é prioridade para a Petrobras
A Petrobras reforça que a medida busca preservar a vida de seus colaboradores e demais profissionais do setor que embarcam diariamente rumo às plataformas de petróleo offshore. O número de dispositivos pessoais que usam baterias de lítio cresceu nos últimos anos, e isso exige atualização nas regras de segurança aérea corporativa.
A decisão segue recomendações da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), que classifica baterias de lítio como artigos perigosos, exigindo cuidados especiais em ambientes de voo.
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Caso você atue na indústria offshore ou conheça trabalhadores embarcados, é fundamental divulgar essa informação. As novas exigências da Petrobras afetam todos os que utilizam voos offshore para embarcar em plataformas, seja na Bacia de Campos, Santos, Sergipe-Alagoas ou outras regiões operacionais.
Evite contratempos nos heliportos, atrasos em voos e, acima de tudo, priorize a segurança coletiva.
Você já sabia dessa nova norma? Como ela vai impactar a sua rotina de embarque? Concorda com a decisão da Petrobras? Deixe sua opinião nos comentários!