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OpenAI e Sur Energy anunciam investimento de US$ 25 bilhões para erguer o primeiro Stargate da América Latina na Argentina, um megacentro de dados de 500 MW voltado à próxima geração de inteligência artificial sustentável
O avanço da inteligência artificial ganha novo impulso na América Latina. A OpenAI e a Sur Energy anunciaram na sexta-feira (10) a assinatura de uma Carta de Intenções (LOI) para construir o primeiro Stargate do continente, na Argentina. O projeto prevê um data center de até 500 megawatts, totalmente preparado para a próxima geração de IA e movido por energia sustentável.
O investimento total está estimado em US$ 25 bilhões, com execução a cargo da Sur Energy e parceria de uma grande empresa de infraestrutura de nuvem.
Centro de dados com foco em eficiência e sustentabilidade
A Sur Energy será responsável pela implementação e pela gestão do ecossistema do data center. O compromisso é garantir um fornecimento energético seguro, eficiente e baseado em fontes renováveis.
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Já a OpenAI atuará como compradora principal da capacidade do centro, no papel de offtaker.
Segundo comunicado conjunto, “o Stargate Argentina posicionará o país como um ator relevante no cenário digital e energético global, promovendo crescimento econômico, benefícios sociais e acesso equitativo a tecnologias avançadas”.
Expansão da tecnologia OpenAI no país
Além da construção física do data center, a parceria também inclui a expansão da tecnologia OpenAI em toda a Argentina.
A iniciativa pretende auxiliar o governo, instituições de pesquisa e órgãos públicos a utilizar soluções baseadas em IA para otimizar processos, reduzir custos e melhorar os serviços oferecidos à população.
O projeto marca um passo estratégico porque aproxima a OpenAI de um mercado emergente e, ao mesmo tempo, fortalece o ecossistema tecnológico local.
Motivos da escolha da Argentina
Entre os fatores decisivos para a escolha do país estão os incentivos fiscais, o potencial energético e o ambiente tecnológico favorável.
O projeto será estruturado sob o RIGI (Regime para Investimentos em Grande Escala), que oferece benefícios fiscais competitivos para grandes empreendimentos em tecnologia.
Outro ponto essencial é o potencial energético renovável. A região da Patagônia, em especial, dispõe de ventos fortes e alta incidência solar, além de recursos hídricos que permitem geração limpa e estável — algo crucial para centros de dados de grande consumo elétrico.
O custo de eletricidade competitivo também pesou na decisão. As tarifas industriais na Argentina estão entre as mais baixas da América Latina, reduzindo despesas com energia e refrigeração — os dois maiores custos em data centers dessa escala.
Talento, conectividade e apoio estatal
A presença de talentos locais e um mercado de computação em nuvem em expansão contribuíram para a escolha.
O país vive um aumento no uso de serviços digitais tanto por empresas quanto pelo setor público. Isso amplia a demanda por infraestrutura local e diminui a latência nas conexões.
Outro diferencial é a infraestrutura de conectividade, com cabos submarinos e redes de fibra óptica em crescimento. Essa estrutura melhora a troca internacional de dados e reforça a eficiência das operações.
Por fim, há forte apoio governamental. A Argentina busca consolidar-se como um hub de tecnologia e inteligência artificial.
O Stargate, portanto, simboliza não apenas um investimento econômico, mas um marco estratégico no reposicionamento tecnológico do país.
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