A energia eólica possui necessidade de investimento muito maior que a solar, além da poluição sonora ocasionada no ambiente. Estes e diversos outros fatores farão com que comece a perder espaço no mercado para os painéis fotovoltaicos.
O Brasil é uma das maiores referências quando se fala de matriz energética sustentável: estima-se que ao menos 45% de todas as fontes sejam renováveis, e esta porcentagem aumentará conforme novos investimentos realizados por empresas privadas. No entanto, devido ao valor elevado para a fabricação inicial das torres de energia eólica, estão perdendo espaço para a energia solar.
Atualmente, o agronegócio vem sendo um dos setores que mais se destacam em relação ao uso de energia solar. Dados compartilhados pela Neosolar mostram que mais de 29 mil sistemas foram instalados no campo no ano passado. Atualmente, o agronegócio é responsável por pouco mais de um quinto de todo o Produto Interno Bruto (PIB), interferindo diretamente em várias áreas da economia.
Segundo o consultor da NeoSolar, Alex Zuboski, a energia solar vem sendo utilizada pelo setor com inúmeros objetivos, desde para a refrigeração, que permite conservar os alimentos ou, então, para os viveiros e estufas dos animais.
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Engenheiros se mostram positivos com a transição energética e o uso de energia solar no Brasil
O Prof. Carlos Cerqueira, docente de Engenharia de Produção da ESEG – Faculdade do Grupo Etapa, afirma: “Na composição da matriz elétrica brasileira, as fontes renováveis têm grande destaque. A geração hidrelétrica historicamente é a mais utilizada, correspondendo a mais da metade da energia gerada no país. Nos últimos anos, duas outras fontes renováveis cresceram significativamente: a energia solar e a energia eólica. A redução nos custos, o aumento de eficiência e incentivos fiscais explicam esse crescimento.
De modo geral, a energia eólica requer um investimento inicial muito mais elevado requerendo a instalação de aerogeradores de grande porte em regiões com boa incidência de ventos, como o litoral. Por outro lado, os painéis solares são menores (e consequentemente, mais baratos) podendo ser adquiridos para atender demandas menores, favorecendo a geração descentralizada.
Assim, usuários podem adquirir geradores solares (residenciais, comerciais ou industriais) cuja energia produzida é combinada com a rede pública. A descentralização é importante, pois reduz os custos com transmissão, ao aproximar a geração da energia da própria região de consumo.
Somado a isso, há uma corrida para a instalação de painéis solares visando aproveitar isenções fiscais próximas de vencer, de modo que a geração solar tem crescido significativamente no último ano, com tendência a se tornar a segunda fonte de energia elétrica do país, ultrapassando a geração eólica.
É importante lembrar que uma matriz elétrica mais diversificada aumenta a segurança energética do país, evitando riscos de desabastecimento. Desse modo, o aumento da produção de energia eólica e solar diminui o risco de falta de energia em caso de secas prolongadas com redução dos níveis dos reservatórios hidrelétricos, diminuindo também a necessidade de acionamento das termoelétricas, mais poluentes e caras.”
Brasil possui incentivos para quem instalar painéis fotovoltaicos até o final deste ano
A lei 14300 prevê que os brasileiros que instalarem os painéis fotovoltaicos para a produção de energia solar até o final do ano de 2022 terão direito a isenção do pagamento de tributos de ICMS sobre o que for produzido pelos próximos anos. Esta decisão ocasionou em um aumento repetindo nas buscas por instalações e empresas da área.