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Maior ponte paulista está em construção sobre o Rio Tietê, entre Novo Horizonte e Pongaí, com estrutura de 2,4 km e uso de 208 vigas de 74 toneladas cada. Obra faz parte da duplicação da SP-333 e será concluída até 2026.
A maior ponte exclusivamente paulista avança sobre o Rio Tietê, entre Novo Horizonte e Pongaí, na SP-333 (Dr. Mário Gentil).
A nova estrutura, orçada em R$ 373 milhões, integra a duplicação da rodovia, terá pouco mais de 2,4 quilômetros de extensão — 2.416 metros no projeto executivo — e uso de 208 vigas pré-moldadas de 41 metros e 74 toneladas cada.
As obras começaram em setembro de 2024 e alcançaram 60% de execução em setembro de 2025, com entrega prevista para o segundo semestre de 2026.
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Localização e importância da ponte
Erguida paralelamente à ponte Engenheiro Gilberto Paim Pamplona (de 1975), a nova travessia está localizada entre os quilômetros 229 e 232 da SP-333.
O conjunto formará um binário: a ponte nova concentrará duas faixas de rolamento em um sentido, enquanto a estrutura existente será reformada para receber o fluxo no sentido oposto e uma passarela iluminada para pedestres.
Apesar de o país ter pontes maiores em ligações interestaduais, esta é a maior ponte situada integralmente em São Paulo, segundo o governo estadual e a concessionária responsável.
Engenharia e método construtivo
O projeto adota vão central de 125 metros e gabarito vertical de 15 metros, permitindo a passagem de comboios da Hidrovia Tietê–Paraná sem interrupções.
Para isso, a obra utiliza o método de balanços sucessivos, que ergue o tabuleiro a partir dos pilares em segmentos simétricos, reduzindo interferências na navegação e no leito do rio.
As vigas pré-moldadas são fabricadas em uma usina instalada no canteiro, o que encurta logística, padroniza peças e dá ritmo ao lançamento.
Além dos elementos pré-moldados, o empreendimento demanda mais de 3,9 mil toneladas de aço e o equivalente a 5 mil caminhões de concreto.
As fundações somam quilômetros de estacas para atravessar o leito do Tietê e garantir estabilidade às estruturas de apoio.
Ao final, a ponte nova somará-se à recuperação da atual para ampliar a capacidade do corredor e elevar o padrão de segurança.
Duplicação da SP-333 e benefícios para o tráfego
A duplicação da ponte se articula com um pacote maior: a concessionária Entrevias executa a duplicação de 52,4 quilômetros da SP-333 no trecho de influência da nova travessia, com implantação de novos acessos e retornos.
A expectativa é reduzir gargalos, encurtar tempos de viagem e oferecer uma rota mais previsível ao escoamento de cargas do centro-oeste paulista.
No período de obras, o tráfego segue pela ponte antiga, com intervenções planejadas para mitigar retenções.
Medidas ambientais e proteção da fauna
Por exigência da Cetesb, as frentes de serviço operam com medidas para reduzir impactos à fauna e à qualidade da água.
Entre as ações estão o isolamento de quadrantes no rio com mantas geotêxteis, seguido do afugentamento da ictiofauna com redes sob acompanhamento de biólogos e veterinários, evitando que peixes permaneçam na área de cravação e concretagem.
No entorno terrestre, o licenciamento prevê passagens inferiores de fauna, cercas direcionadoras e balizadores para avifauna nos trechos de ponte, de modo a orientar o voo das aves e diminuir o risco de colisão com as estruturas.
A água usada nas atividades e os sedimentos retirados do leito passam por controle e destinação conforme as normas ambientais.
Cronograma e estágio atual das obras
O marco inicial da duplicação ocorreu em setembro de 2024.
Um ano depois, em meados de setembro de 2025, o governo paulista e a concessionária registraram cerca de 60% de avanço físico, com todas as estacas cravadas e frentes concentradas na superestrutura — lançamento de vigas, execução de lajes e avanço do balanço sucessivo no vão central.
A previsão contratual é concluir a obra no segundo semestre de 2026, alinhada ao cronograma de duplicação contígua da rodovia.
Enquanto isso, a ponte atual passa por inspeções e recebe serviços preparatórios para futura readequação estrutural e instalação da passarela.
Acidente e protocolos de segurança
Em 6 de outubro de 2025, um trabalhador de 44 anos, identificado como Daniel Cordeiro Barbosa, caiu no Rio Tietê durante atividades relacionadas à duplicação.
O Corpo de Bombeiros localizou o corpo na sequência das buscas, e a Polícia Civil apura as circunstâncias.
Em nota, a concessionária lamentou o ocorrido, informou que acompanha a investigação e disse prestar suporte à família do colaborador da empresa terceirizada envolvida.
As equipes também revisaram protocolos operacionais de segurança nas frentes aquáticas, com foco em procedimentos de acesso, resgate e uso de equipamentos.
Impacto para motoristas e logística regional
Com a entrega, a SP-333 ganhará capacidade adicional e separação completa dos fluxos por sentido sobre o Tietê.
Para quem dirige, isso tende a reduzir conversões arriscadas e dispersões de velocidade típicas de pista simples em travessias longas.
Pedestres e ciclistas terão um caminho dedicado e iluminado na ponte antiga, eliminando a convivência com veículos pesados em um trecho sensível.
No transporte de cargas, a ampliação e a fluidez sobre o rio devem aliviar horários de pico e sincronizar melhor o corredor rodoviário com a hidrovia, especialmente em períodos de maior movimento agrícola.
Dados técnicos e dimensões da ponte
A ponte soma 2.416 metros de extensão, com vão central de 125 metros e gabarito vertical de 15 metros.
O tabuleiro incorpora 208 vigas pré-moldadas de 41 metros e 74 toneladas, produzidas no próprio canteiro.
O pacote estrutural consome mais de 3,9 mil toneladas de aço e 5 mil viagens de caminhões de concreto, enquanto a duplicação associada da SP-333 cobre 52,4 quilômetros.
A atuação ambiental inclui isolamento de peixes, passagens de fauna e balizadores para aves.
No planejamento operacional, o método de balanços sucessivos garante a navegabilidade contínua da Hidrovia Tietê–Paraná ao longo dos trabalhos.
Etapas finais e perspectivas
Nos próximos meses, o avanço estará concentrado no fechamento do vão central, na conclusão de lajes e juntas, e na etapa eletromecânica e de sinalização.
Em paralelo, a ponte existente seguirá o cronograma de recuperação, incluindo reforços localizados, nova camada de rolamento e instalação da passarela.
Ao final, a operação em binário deve reconfigurar o trecho entre Novo Horizonte e Pongaí, com impacto direto na segurança viária, no conforto dos usuários e na confiabilidade do corredor logístico que cruza o centro-oeste paulista.
A partir dessas mudanças, que outros pontos críticos da SP-333 deveriam ser priorizados para duplicação e segurança depois da entrega da nova ponte?
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