Ponte está finalizada, mas permanece fechada por falta de acessos. A previsão de conclusão das obras, inicialmente para 2022, foi adiada. Enquanto isso, moradores seguem dependendo de balsas para atravessar o rio.
Construída para transformar a infraestrutura da região e facilitar o escoamento da produção agropecuária, uma ponte monumental, que liga os estados do Tocantins e do Pará, continua inativa.
Apesar de sua estrutura estar finalizada, motoristas e moradores ainda dependem de balsas para atravessar o Rio Araguaia. O motivo? A falta de acessos viários, que ainda não foram concluídos, impedindo sua liberação para tráfego.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a ponte, com 1,7 km de extensão e orçamento superior a R$ 200 milhões, segue fechada enquanto as obras dos acessos rodoviários avançam.
-
O que a Lei Magnitsky tem a ver com o seu bolso? Especialista explica como a lei pode influenciar investimentos e se há risco real para o bolso dos brasileiros
-
Tarifaço dos EUA atinge indústria e força Brasil a buscar novos mercados para alimentos
-
Carne bovina: Tarifas de Trump faz Brasil nadar de braçadas na Ásia — e será que esse redirecionamento abriu um caminho mais vantajoso?
-
INSS convoca beneficiários para atualização essencial do cadastro e reforça que dados desatualizados podem suspender benefícios de milhões de segurados
O investimento adicional para essa fase é estimado em R$ 30 milhões.
Inicialmente prevista para ser concluída em setembro de 2022, a entrega da obra foi adiada para o segundo semestre de 2025, sem uma data exata de inauguração.
Impacto econômico e social da ponte
A estrutura liga Xambioá (TO) a São Geraldo do Araguaia (PA) e promete beneficiar diretamente cerca de 1,5 milhão de pessoas.
O projeto é visto como essencial para melhorar a logística do Norte e Nordeste do Brasil, reduzindo os custos de transporte e impulsionando o agronegócio, a economia local e o comércio interestadual.
Atualmente, o fluxo de mercadorias e passageiros depende exclusivamente da travessia por balsa, um processo oneroso e demorado.
O tempo de espera pode chegar a 45 minutos, dependendo do nível do rio e do fluxo de embarcações.
Os custos também são elevados, variando de R$ 5,50 para bicicletas a R$ 294 para carretas de dez eixos. Um automóvel comum paga R$ 25 pela travessia.
Com a liberação da ponte, espera-se que a economia local se fortaleça, pois o transporte de cargas será facilitado e novos investimentos poderão ser atraídos para a região.
Além disso, o turismo pode ser impulsionado, especialmente para cidades ribeirinhas e áreas naturais de preservação que se tornarão mais acessíveis.
Construção e desafios enfrentados
O DNIT explicou que a construção da ponte foi realizada por um consórcio, enquanto a responsabilidade pelos acessos ficou a cargo de outra empresa.
Atualmente, 95% dos serviços estão concluídos, restando apenas a pavimentação, sinalização e iluminação.
Em agosto de 2024, o DNIT informou que a estrutura principal estava quase finalizada e que a ponte “ganharia trafegabilidade já em novembro daquele ano”.
Entretanto, os acessos seguem em processo de construção e desapropriação dos terrenos necessários para as obras.
A obra foi projetada em 2017, durante o governo de Michel Temer (MDB-SP).
A ordem de serviço foi assinada pelo DNIT em abril de 2020, mas enfrentou atrasos durante a gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, a ponte foi incluída no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantindo sua continuidade.
Características da ponte e prazos
A estrutura da ponte é composta por uma plataforma de 12 metros de largura, incluindo pistas de rolamento, acostamento e calçadas de 1,5 metro em cada lado.
Os acessos terão uma extensão total de 2,1 km, sendo 310 metros no lado do Pará e 1,7 km no lado do Tocantins.
Os projetos hidrológico e geoecológico ainda estão em fase de aprovação, com previsão de entrega para o segundo semestre de 2025.
Dessa forma, mesmo que a ponte esteja fisicamente concluída, a população ainda precisará aguardar até que todas as condições de segurança e infraestrutura estejam plenamente atendidas.
Enquanto isso, a travessia de balsa continua sendo a única alternativa viável, apesar dos custos e do tempo gasto.
Moradores da região aguardam ansiosamente pela liberação da ponte, que poderá transformar a dinâmica socioeconômica local.
A grande questão agora é: será que a ponte será finalmente liberada no novo prazo ou novos atrasos surgirão? Deixe sua opinião nos comentários!
Cosizem qual a solução. Vc realmente acha que a iniciativa privada vai fazer uma ponte de 200 milhões? Se fizer imagina o pedágio? Fala sério, que o estado é ruim todo mundo sabe, mas a alternativa quando existe tb não e das melhores.
Tudo que vem do governo é desencontro, morosidade, desperdício de dinheiro público, burocracia, politicalha e a total incompetência de sempre. Afinal, nós brasileiros, os verdadeiros donos do dinheiro, somos escravos dos políticos, que cuidam primeiramente de seus interesses ideológicos de poder e em segundo plano realizam obras públicas necessárias, após muitas negociatas e, na maioria das vezes, onerosas, lentas e sempre deixando a desejar. Quando o critério é politicagem e não tecnicidade, os absurdos sempre surgem ao natural, infelizmente para nós, reles escravos deles.