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Política industrial impulsiona aceleração da neoindustrialização, segundo presidente da CNI

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 29/01/2024 às 12:40
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Participaram da cerimônia de abertura o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente da FIRJAN, Eduardo Gouvêa e o líder do B20 Brasil Dan Ioschpe – Todos os direitos: Portal da Indústria

Ricardo Alban defendeu a Neoindustrialização no Brasil como instrumento para revitalizar o setor manufatureiro durante o B20 Brasil no Rio de Janeiro.

A política industrial é resultado de um diálogo construtivo entre poder público e iniciativa privada, e contém um conjunto de ações capazes de acelerar a neoindustrialização. De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, a Nova Indústria Brasil, apresentada pelo governo em 22 de janeiro, representa um plano consistente de ações para incentivar a produtividade, a inovação e a inserção da indústria brasileira nas cadeias globais de valor.

A política para o desenvolvimento da indústria demonstra um compromisso sólido com o avanço do setor industrial, visando a modernização e competitividade do Brasil no mercado global. A estratégia para o desenvolvimento da indústria busca tornar o país um importante player na economia mundial, com investimento em inovação e tecnologia.

Política Industrial no centro das discussões no Rio de Janeiro

A defesa da nova política industrial foi feita na abertura do Opening Meeting, nesta segunda-feira (29), no Rio de Janeiro. O evento marca o início da agenda de trabalhos do B20 Brasil, grupo que reúne entidades empresariais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia – o G20.

‘Precisamos ganhar vantagens competitivas para nossas indústrias. Vamos descarbonizar a nossa indústria para recuperar a nossa manufatura, para agregar valor e empregos de qualidade. O B20 e o G20 nos dão essa oportunidade de trabalharmos juntos por esses objetivos’, disse Alban.

O presidente da CNI destacou a relevância do Plano Mais Produção, que contará com linhas de crédito no valor de R$ 300 bilhões. Os recursos serão destinados a projetos sob quatro temas transversais: inovação, produtividade, descarbonização e exportações, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). ‘Temos uma pujante indústria que serve de base para o agronegócio porque houve recurso, ambiente para que crescesse e desse certo. Temos uma convergência de fatores agora para o setor indústria como um todo’, afirmou.

A importância das políticas para o desenvolvimento da indústria

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin chamou atenção para a convergência entre os pilares que orientarão os trabalhos do B20 e os desafios mundiais. ‘O Brasil pode fazer toda a diferença nesse momento, de pós-pandemia, alta de inflação e guerra. Segurança alimentar, segurança energética, a agenda do clima são temas em que o Brasil é protagonista e para os quais podemos dar grandes contribuições para o mundo’, disse.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, analisou o impacto das medidas de política industrial adotadas pelas economias desenvolvidas, que detêm mais de 70% da produção industrial do planeta. Segundo ele, boa parte impacta o comércio multilateral, o que impõe ao Hemisfério Sul buscar a defesa de suas economias, sobretudo suas indústrias. ‘Nós estamos tomando medidas, e precisamos disso, de política econômica responsável fiscalmente, mas que defenda a indústria, o setor produtivo, que é o setor mais dinâmico e mais importante, além de atrair esse complexo industrial internacional’, defendeu.

Acompanhe a agenda de trabalhos e as iniciativas para o desenvolvimento da indústria

Desde 1º de dezembro, o Brasil ocupa as presidências rotativas dos grupos que reúnem governos e setor privado das maiores economias do mundo. No caso do B20 Brasil, cabe à CNI coordenar os trabalhos de debates entre as entidades empresariais – que devem reunir mais de 1 mil líderes empresariais – na construção de propostas dentro de sete forças-tarefa e do conselho de ação, que serão entregues na cúpula de chefes de Estado do G20, prevista para acontecer em novembro.

  • B20: quem são os líderes das forças-tarefas e do conselho de ação

Líder do B20 Brasil, Dan Ioschpe destacou que o grupo de engajamento do setor privado terá um papel fundamental de acelerar uma agenda de desenvolvimento socioeconômico em parceria com governos, tanto para o Brasil quanto para o resto do mundo. ‘Os desafios econômicos, geopolíticos, sociais, de saúde e segurança sanitária atuais demandam ações rápidas e globalmente coordenadas. Embora o G20 reúna países muito heterogêneos, essa diversidade representa grande oportunidade’, afirmou.

Alban chamou atenção para a sintonia entre a diretriz de trabalhos do B20 Brasil, sob o lema ‘Crescimento inclusivo para um futuro sustentável’, com os objetivos da presidência do G20 pelo governo brasileiro. ‘É uma oportunidade ímpar para mostrarmos ao mundo o potencial das nossas empresas e do país. Pela sua relevância global, a atuação do G20 e do B20 é essencial para vencermos os desafios da mudança climática dos conflitos geopolíticos e das desigualdades sociais’, reforçou o presidente da CNI.

Fonte: Portal da Indústria

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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