Com 408 cv e mais de 2 toneladas, pneus do Volvo elétrico apresentam falha estrutural com 35 mil km, revela canal Opinião Sincera.
Proprietários do Volvo elétrico de 408 cavalos, conhecido por seu torque instantâneo e alto desempenho, estão enfrentando um problema grave de segurança: a falha estrutural dos pneus com quilometragem relativamente baixa. O alerta, detalhado pelo canal Opinião Sincera, mostra que os pneus originais (e substitutos comuns) não estão suportando o estresse, começando a “morder” e soltar pedaços das laterais por volta dos 35.000 km.
O mais preocupante, segundo o relato, é que o problema não é o desgaste convencional da banda de rodagem, que em muitos casos ainda apresentava sulcos adequados (“suco”). A falha ocorre na parede lateral do pneu, uma área crítica para a integridade estrutural, atribuída à combinação de peso elevado (mais de 2 toneladas) e o torque imediato do veículo de 408 cv, especialmente com rodas de perfil baixo (aro 20).
O diagnóstico: por que os pneus do Volvo elétrico estão falhando?
A análise técnica do canal Opinião Sincera identificou o centro do problema. O veículo em questão, um modelo 2022 com tração integral, exerce uma pressão extrema sobre os compostos. Os pneus dianteiros originais (Continental) e os que já haviam sido substituídos (Bridgestone) apresentaram o mesmo defeito: “lascas” e “mordidas” visíveis nas paredes laterais.
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Essa falha estrutural é significativamente mais perigosa do que o desgaste acelerado da banda de rodagem, que já é uma característica conhecida em elétricos potentes. O colapso da lateral indica que a carcaça do pneu não está sendo capaz de suportar as forças combinadas de peso e aceleração. No vídeo, o proprietário destaca que, embora os danos não tenham levado a um estouro imediato, a falta de segurança para viajar com a família o forçou a uma substituição urgente.
O desafio de encontrar pneus para elétricos potentes
O caso do Volvo elétrico expõe um desafio crescente no mercado: a necessidade de pneus específicos para EVs (Veículos Elétricos) de alta performance. Pneus “normais”, mesmo de marcas premium, muitas vezes não são projetados para lidar simultaneamente com o peso massivo das baterias e a entrega de força instantânea.
Como apontado pelo Opinião Sincera, pneus com homologação específica para carros elétricos (selo EV) existem, mas o custo no mercado brasileiro é proibitivo. A busca por substitutos na medida aro 20 revelou que opções de marcas consagradas para essa aplicação específica podem facilmente ultrapassar os R$ 3.000 por unidade. Isso coloca os proprietários em um dilema entre o custo de manutenção e a segurança.
A solução: a importância do “Extra Load” (XL)
Buscando uma solução segura e financeiramente viável, o proprietário do canal investigou alternativas aos pneus de R$ 3.000. A chave, segundo ele, não estava na marca, mas em uma especificação técnica muitas vezes ignorada: o índice de carga e a marcação “Extra Load” (XL). Os pneus dianteiros que falharam, por exemplo, tinham um índice de carga “96”, considerado insuficiente para o estresse do veículo.
A solução encontrada foi um pneu (SpeedMax CP11) com custo significativamente menor (cerca de R$ 820 cada), mas que possuía um índice de carga muito superior: 103Y. A especificação “Extra Load” (ou Carga Extra) indica que o pneu tem uma carcaça reforçada, com mais materiais e uma construção mais robusta, projetada exatamente para suportar mais peso e estresse lateral. Para um Volvo elétrico de duas toneladas, essa característica é fundamental para evitar a fadiga e o rasgo da parede lateral.
Surpresa no teste: o pneu mais barato foi superior?
A maior surpresa documentada pelo Opinião Sincera ocorreu após a instalação dos novos pneus XL. A expectativa era que um pneu mais barato e focado em carga pudesse ser mais ruidoso — um problema grave no silêncio de um Volvo elétrico. No entanto, o resultado foi o oposto: o apresentador relatou que o carro ficou notavelmente mais silencioso do que com os pneus premium anteriores.
Além da redução de ruído, o proprietário também optou por uma medida ligeiramente mais alta (245/45 aro 20, contra 235/45 e 255/40 originais), buscando mais conforto. A mudança, somada à construção reforçada (XL) do novo pneu, resultou em uma rodagem visivelmente mais macia, absorvendo melhor as imperfeições. A conclusão do canal foi que a troca, custando quase quatro vezes menos, não apenas resolveu o grave problema de segurança, como também melhorou o conforto e a acústica do veículo.
Você já passou por algo parecido com pneus de carros elétricos ou veículos muito pesados? Acredita que os fabricantes estão economizando nos pneus originais, mesmo em carros de luxo? Deixe sua experiência real nos comentários, queremos saber como o mercado está lidando com esse novo desafio.