Com o plantio de soja no Rio Grande do Sul iniciado, produtores projetam crescimento sustentável, recuperação de produtividade e aumento expressivo nas exportações, destacando o papel estratégico do agronegócio gaúcho
O plantio de soja no Rio Grande do Sul iniciou oficialmente em clima de otimismo, marcando o começo da safra de verão 2025/26, segundo uma matéria publicada.
O evento, realizado em Júlio de Castilhos e promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), reuniu autoridades e produtores rurais para anunciar uma estimativa de 21,4 milhões de toneladas de soja, segundo a Emater/RS-Ascar.
O número representa um aumento de 57,14% em relação à safra passada, que atingiu 13,6 milhões de toneladas.
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Mesmo com uma redução de 0,8% na área plantada, que deve alcançar 6,74 milhões de hectares, o Estado aposta em condições climáticas mais favoráveis e na resiliência do produtor gaúcho para garantir bons resultados.
A expectativa é de que o Rio Grande do Sul retome o protagonismo nacional na produção e exportação de soja, após períodos marcados por intempéries e desafios climáticos.
Produtividade da soja gaúcha e recuperação após adversidades climáticas
A produtividade da soja no Rio Grande do Sul deve se recuperar de forma expressiva nesta temporada.
Segundo o secretário da Seapi, Edivilson Brum, o cenário é favorável para que o Estado volte a crescer no ranking nacional da cultura.
Ele destacou o esforço e a resiliência dos produtores rurais, que enfrentaram anos de perdas causadas por secas e excesso de chuvas.
A nova safra deve refletir uma melhor combinação entre tecnologia, irrigação e manejo sustentável, fatores que podem consolidar o retorno de bons resultados no campo.
A Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2025 (RAG) reforça essa tendência ao apontar municípios com destaque no cultivo irrigado, como São Borja, Cruz Alta, São Luiz Gonzaga, Santa Bárbara do Sul e Boa Vista do Cadeado.
Já entre os municípios com cultivo de sequeiro, se sobressaem Palmeira das Missões, Dom Pedrito, Vacaria, Cachoeira do Sul e São Gabriel, evidenciando a diversidade produtiva e o alcance territorial da soja no Estado.
Exportações do complexo soja e fortalecimento do agronegócio regional
As exportações de soja no Rio Grande do Sul continuam desempenhando papel estratégico para a economia estadual.
Em 2024, o Estado enviou produtos do complexo soja para 50 países, totalizando US$ 6,33 bilhões em receita.
Esses resultados colocam o Rio Grande do Sul como o terceiro maior exportador brasileiro do setor, atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.
A China permanece como principal destino, adquirindo 56% do total exportado. Em seguida aparecem Irã (7,2%), Coreia do Sul e Índia (3,7%) e Iraque (3,1%), demonstrando a forte presença internacional da soja gaúcha.
Essa amplitude de mercados mostra o quanto a recuperação da produtividade interna pode impactar positivamente o saldo da balança comercial do Estado, beneficiando cooperativas, transportadoras, indústrias de processamento e a geração de empregos diretos e indiretos.
Manejo sustentável e inovação no plantio da soja
O manejo sustentável na produção de soja no Rio Grande do Sul vem ganhando destaque entre produtores e instituições públicas.
As práticas de irrigação eficiente e rotação de culturas têm sido fundamentais para otimizar o uso da água e preservar o solo.
O evento de abertura do plantio reforçou o compromisso do Estado com a produção sustentável, alinhada às diretrizes da Seapi e às exigências de mercados internacionais cada vez mais atentos à origem dos produtos agrícolas.
Além disso, a adoção de tecnologias agrícolas de precisão, como o monitoramento de umidade e o uso de drones para análise de lavouras, contribui para reduzir perdas e aumentar a eficiência no manejo.
Essa combinação entre inovação e responsabilidade ambiental fortalece a imagem do agronegócio gaúcho, ampliando sua competitividade global.
Expectativas do produtor e o papel da agricultura familiar
As expectativas para a safra de soja no Rio Grande do Sul são elevadas, especialmente entre pequenos e médios produtores que compõem a base da agricultura familiar no Estado.
Muitos agricultores enxergam nesta temporada a oportunidade de recuperar perdas anteriores e estabilizar a renda com apoio de programas públicos de financiamento e assistência técnica.
A Seapi, por meio de parcerias com a Emater/RS-Ascar, tem intensificado ações de capacitação técnica e orientação sobre práticas sustentáveis, fortalecendo a segurança alimentar e o desenvolvimento regional.
Essa rede de apoio é essencial para garantir que a soja gaúcha continue sendo um dos pilares do agronegócio brasileiro e contribua para o crescimento econômico de forma equilibrada e duradoura.