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Plano ambicioso do governo quer ligar regiões do país com ferrovia de 2.4 MIL KM para revolucionar a logística brasileira

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/12/2024 às 15:44
Projeto de ferrovia com 2.400 km promete transformar a logística no Brasil, conectando o Mato Grosso ao litoral da Bahia com inovação e eficiência.
Projeto de ferrovia com 2.400 km promete transformar a logística no Brasil, conectando o Mato Grosso ao litoral da Bahia com inovação e eficiência.

Governo avança em um plano para revolucionar a logística brasileira com uma ferrovia de 2.400 km. Ligando o Mato Grosso à Bahia, o projeto promete reduzir custos de transporte, aumentar a eficiência no escoamento de grãos e minérios, e impulsionar a economia nacional. Será que esse ambicioso plano finalmente sairá do papel?

Uma ferrovia capaz de transformar a economia nacional está prestes a ganhar forma.

Por trás de discussões técnicas, negociações financeiras e ajustes de traçado, o governo federal trabalha em um projeto ferroviário monumental que promete revolucionar o transporte no Brasil.

Entretanto, muitos desafios e decisões críticas ainda cercam a implementação dessa infraestrutura, que pode redefinir o escoamento de produtos agrícolas e minerais em larga escala.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o Ministério dos Transportes prepara um pacote de concessões que integrará dois grandes projetos ferroviários: a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

Combinadas, essas duas ferrovias formarão um corredor de mais de 2.400 quilômetros, conectando Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, ao porto de Ilhéus, na Bahia.

A junção passará pelo eixo da Ferrovia Norte-Sul, um importante sistema já em operação que liga o interior de São Paulo ao Maranhão.

Uma concessão para conectar o Brasil

Os estudos técnicos e econômicos, conduzidos pela estatal Infra S.A., estão em fase final e devem ser apresentados à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ainda neste mês.

Segundo Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT, o órgão planeja iniciar uma consulta pública até o final de janeiro de 2025 para discutir o modelo de concessão e receber sugestões do setor privado e da sociedade civil.

Um dos pontos mais comentados é a possível mudança no traçado da Fiol.

Inicialmente, a ferrovia deveria terminar em Figueirópolis, no Tocantins, mas o novo plano sugere que ela termine em Mara Rosa, Goiás.

Essa alteração promete facilitar a integração direta com a Fico e otimizar a conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Caso aprovada, a mudança reduziria custos e aumentaria a eficiência logística do projeto.

Avanços e desafios das obras

Apesar de o projeto trazer expectativas, o cenário atual das obras reflete os desafios enfrentados. Na Fiol, que possui um total de 1.022 quilômetros planejados, apenas 171 quilômetros foram concluídos entre Ilhéus e Caetité.

A mineradora Bamin, concessionária desse trecho, está em processo de devolução da concessão devido a dificuldades financeiras.

Para evitar atrasos, o governo busca transferir o contrato para outra empresa, e a Vale aparece como uma das possíveis interessadas.

Enquanto isso, a Fico avança com mais segurança.

A mineradora Vale, responsável pela construção de 383 quilômetros entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), já deu início às obras, uma contrapartida pela renovação antecipada da concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas.

Este trecho deve ser incluído no pacote de concessão, garantindo sua continuidade.

Impacto econômico e ambiental

O potencial impacto desse projeto ferroviário é gigantesco.

Com uma infraestrutura capaz de conectar regiões produtoras de grãos e minérios ao litoral, o escoamento da produção brasileira deve ganhar eficiência e competitividade no mercado internacional.

Além disso, a diminuição da dependência de rodovias reduzirá custos logísticos e as emissões de carbono, tornando o transporte mais sustentável.

Especialistas apontam que a criação dessa malha ferroviária trará desenvolvimento para as regiões que atravessa.

Municípios ao longo do traçado devem experimentar um aumento significativo na geração de empregos

e no comércio local, alavancando a economia regional.

Próximos passos e expectativas

O sucesso do projeto depende de decisões estratégicas e da cooperação entre governo e setor privado.

A consulta pública prevista para 2025 será um momento crucial para ajustar detalhes do modelo de concessão e consolidar a adesão de investidores interessados.

Entretanto, os entraves burocráticos e a necessidade de viabilização financeira permanecem como grandes desafios.

A definição de novos traçados, a transferência de contratos e a conclusão de trechos pendentes são questões que precisarão ser resolvidas rapidamente para evitar atrasos ainda maiores.

Será que esse megaprojeto ferroviário finalmente sairá do papel e transformará a logística no Brasil?

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Prof.Fábio Costa
Prof.Fábio Costa
05/12/2024 10:33

Finalmente as “autoridades ” estão “descobrindo a roda e tirando a venda dos olhos”! O transporte de cargas é muito mais econômico nos dias atuais com avanços das tecnologias na construção civil, não existem mais terrenos e regiões inadequadas para o transporte e transposição dessas regiões! DEUS QUEIRA QUE ISSO DÊ CERTO E ACONTEÇA!!!

Sázinho@hotmail.com
Sázinho@hotmail.com
05/12/2024 13:40

Tem q fazer ferrovias para o transporte de passageiros TB.. aproveite os traçados das linhas q já existem..

Antonio
Antonio
05/12/2024 23:21

Faltou falar que o projeto não é de agora e só está sendo possível graças ao pro-trilho, lançado pelo governo anterior.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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