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Planapo 2025 fomenta integração de políticas públicas com foco em agroecologia, segurança alimentar, abastecimento sustentável, sociobiodiversidade e participação social

Escrito por Rodrigo Souza
Publicado em 31/10/2025 às 07:56
A consolidação do Planapo 2025 (Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica) marca um avanço decisivo na coordenação das políticas públicas brasileiras voltadas à agroecologia, segurança alimentar e abastecimento sustentável
A consolidação do Planapo 2025 (Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica) marca um avanço decisivo na coordenação das políticas públicas brasileiras voltadas à agroecologia, segurança alimentar e abastecimento sustentável (Foto: MDA)
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A integração entre planos nacionais fortalece a agroecologia e o abastecimento sustentável. O Planapo 2025 destaca-se como elo estratégico entre governo e sociedade civil no Brasil

A consolidação do Planapo 2025 (Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica) marca um avanço decisivo na coordenação das políticas públicas brasileiras voltadas à agroecologia, segurança alimentar e abastecimento sustentável, segundo uma matéria publicada.

Criado para unir esforços interministeriais e fortalecer o diálogo com a sociedade civil, o plano reflete o compromisso do governo em promover uma produção de alimentos saudável, ambientalmente responsável e socialmente justa.

Esse movimento representa um novo momento na reconstrução das estratégias nacionais voltadas à sustentabilidade, envolvendo ministérios, conselhos e comitês que agora atuam de forma articulada.

Durante o 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia, realizado em Juazeiro (BA), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) participou de uma roda de conversa histórica que reuniu, pela primeira vez, representantes das principais instâncias responsáveis pelos planos nacionais Planapo 2025, Plansan e Planab.

Essa ação conjunta reforça o papel do Estado em consolidar políticas que conectem o campo e a cidade, garantindo alimentos de qualidade, incentivo à produção orgânica e fortalecimento da agricultura familiar.

Cooperação interministerial e fortalecimento da segurança alimentar

O novo arranjo institucional impulsionado pelo Planapo 2025 tem como base a cooperação entre a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo), a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e o Comitê Gestor do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planab).

Essa integração busca superar a fragmentação histórica das políticas públicas, criando um ambiente de diálogo contínuo entre governo e sociedade civil.

De acordo com Vivian Libório, secretária executiva suplente da Ciapo, a iniciativa já envolve 14 ministérios e nove órgãos públicos, o que demonstra o fortalecimento da governança compartilhada.

Ela destaca que o avanço do plano tem sido essencial para promover ações estruturantes, como o Programa Ecoforte, voltado ao fortalecimento de redes de agroecologia, extrativismo e sociobiodiversidade, e o Plano Safra da Agricultura Familiar, que inclui linhas de crédito específicas, como o Pronaf Agroecologia.

Essas medidas têm ampliado o acesso de agricultores familiares e comunidades tradicionais a políticas de fomento e crédito rural, garantindo sustentabilidade produtiva e geração de renda local.

A convergência de agendas intersetoriais, conforme apontam os especialistas, é fundamental para que a segurança alimentar se mantenha integrada à conservação ambiental e à valorização dos saberes tradicionais.

Planapo 2025: participação social e valorização da sociobiodiversidade

O Planapo 2025 reforça a importância da participação social como instrumento de monitoramento e controle das políticas públicas.

A articulação entre a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) garante que diferentes vozes sejam ouvidas no processo de formulação e execução das ações governamentais.

Para Elizete da Silva, representante da Cnapo, a integração dos planos é um passo essencial para transformar o debate em práticas concretas.

Ela enfatiza que “a agroecologia é um projeto de sociedade que valoriza a vida e fortalece a solidariedade entre as pessoas”, reforçando a necessidade de políticas que dialoguem entre si.

A atuação conjunta desses colegiados assegura que o conhecimento popular e científico caminhem lado a lado, promovendo soluções inclusivas e sustentáveis para os desafios da produção de alimentos e conservação da natureza.

O papel das universidades e dos Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEAs) também tem sido decisivo para aproximar pesquisa e extensão rural, contribuindo para o avanço técnico e social das comunidades agrícolas.

A integração das ações fortalece o conceito de sociobiodiversidade, ampliando o reconhecimento das práticas tradicionais e a valorização dos territórios rurais.

Financiamento sustentável e desafios da gestão integrada

A consolidação do Planapo 2025 depende diretamente da capacidade de garantir recursos estáveis e planejamento coordenado entre os ministérios.

Segundo Leonardo Martins, da Caisan, os principais desafios estão em assegurar o financiamento adequado e romper com a setorialidade das políticas.

Ele destaca que a construção de mecanismos de cooperação permanente é vital para garantir a efetividade das ações voltadas à segurança alimentar e ao abastecimento sustentável.

O encontro realizado em Juazeiro foi um marco na definição de uma agenda unificada para o fortalecimento das políticas públicas.

O objetivo, agora, é territorializar as ações, ampliando a presença do Estado nas regiões rurais e urbanas e fortalecendo o diálogo com os conselhos nacionais.

Essa abordagem integrada permite que o Brasil avance em sua transição agroecológica, tornando o sistema produtivo mais resiliente, participativo e comprometido com o bem-estar coletivo.

Com o Planapo 2025, o país reafirma sua meta de construir uma política pública de agroecologia que una sustentabilidade ambiental, segurança alimentar e inclusão social, pilares indispensáveis para o futuro do desenvolvimento rural brasileiro.

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Rodrigo Souza

Jornalista formado em 2006 pelo UNI-BH e com mais de 15 anos de experiência na produção de conteúdo otimizado para sites e blogs. Sou apaixonado pela escrita e sempre prezo pela credibilidade. Ao longo da minha carreira, já prestei serviço para diversos portais de notícias e agências de marketing digital na produção de matérias jornalísticas e artigos SEO.

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