Pix fazendo escola: países adotam tecnologia para enviar dinheiro ao exterior. Modelo brasileiro inspira sistemas de pagamento instantâneo no mundo e já serve de base para transferências internacionais mais rápidas e baratas.
O Pix fazendo escola virou realidade. Criado pelo Banco Central em 2020, o sistema que revolucionou as transações financeiras no Brasil está sendo copiado e adaptado por diversos países. De acordo com especialistas e iniciativas em andamento, Colômbia, Índia e até blocos de países asiáticos já desenvolvem projetos semelhantes, mirando não só as operações locais, mas também as transferências internacionais, hoje caras e lentas.
A adoção global mostra como o Pix fazendo escola se tornou referência em inclusão financeira. No Brasil, ele já colocou mais de 70 milhões de pessoas no sistema bancário, segundo o próprio Banco Central. Agora, a experiência pode moldar o futuro das transações globais, substituindo gradualmente a dependência da rede Swift.
Por que o Pix fazendo escola ganhou força fora do Brasil
Um dos motivos centrais para o sucesso do Pix está no tempo de liquidação quase imediato e na gratuidade para pessoas físicas. Essa combinação atraiu desde grandes empresas até pequenos comerciantes e consumidores comuns.
-
Distribuidoras e refinarias tradicionais denunciam que incentivos a importadores geraram R$ 650 milhões de sobrepreço em combustíveis pagos pela população brasileira em 2024
-
O que aconteceu? Crise bilionária da Americanas corta de 3.600 para 1.500 lojas, gera demissões em massa e expõe falhas graves de gestão no varejo brasileiro
-
Terras raras no Brasil: chance bilionária para criar indústria estratégica e reduzir dependência externa
-
China resolveu investir pesado no porto de Santos, projeto de US$ 285 milhões amplia capacidade para 11 milhões de toneladas e preocupa diretamente agricultores dos EUA
Na Colômbia, por exemplo, o Banco de la República desenvolve o Brevê, inspirado diretamente no modelo brasileiro. Já na Índia, o UPI (Unified Payments Interface) segue os mesmos princípios, integrando carteiras digitais, bancos e consumidores. Esses casos mostram que o Pix fazendo escola não é coincidência, mas sim um novo padrão de mercado.
O desafio das transferências internacionais
Enquanto no Brasil o dinheiro chega em segundos, no exterior a situação ainda é diferente. Pagamentos internacionais dependem da rede Swift, que envolve bancos intermediários, taxas elevadas e prazos que podem ultrapassar dias úteis.
Por isso, a grande discussão agora é a interoperabilidade dos sistemas de pagamento instantâneo. Projetos como o Nexus, que conecta países do sudeste asiático, já realizam testes para permitir que um Pix colombiano ou indiano possa se comunicar com bancos estrangeiros em tempo real. Isso pode baratear remessas, agilizar o comércio e reduzir a exclusão financeira em escala global.
Empresas brasileiras exportam tecnologia
Além de bancos centrais, empresas brasileiras também se beneficiam desse movimento. O EBANX, por exemplo, criado em Curitiba, atua em mais de 16 países processando pagamentos locais e conectando consumidores a plataformas internacionais. Essa expertise mostra que o Pix fazendo escola também abriu espaço para companhias brasileiras influenciarem o ecossistema mundial de pagamentos digitais.
Segundo executivos do setor, a chave está em adaptar a tecnologia para cada mercado. Na Nigéria, por exemplo, há uma bandeira local chamada Verve, que domina as transações e precisa ser integrada em soluções globais. O mesmo ocorre no Egito, no México e em outros mercados, cada um com suas especificidades.
O Pix fazendo escola é mais do que um caso de sucesso brasileiro: tornou-se um modelo de inovação que o mundo inteiro observa. Com a expansão de sistemas semelhantes e a busca pela integração internacional, ele pode ser a base de uma nova era nos pagamentos globais, marcada por rapidez, inclusão e custos mais baixos.
E você, acredita que o Pix fazendo escola pode realmente substituir a Swift e tornar as remessas internacionais tão rápidas quanto no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua visão sobre o futuro dos pagamentos.