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Pirâmide misteriosa encontrada sob o gelo da Antártida! Descoberta impressionante levanta questões sobre o passado do continente gelado

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 07/11/2024 às 16:52
Antártida, Pirâmide
Foto: Reprodução

Entre as paisagens brancas da Antártida, uma estrutura misteriosa em forma de pirâmide surge, intrigando cientistas e despertando curiosidade global

Em meio à vastidão gelada da Antártida, uma estrutura misteriosa gerou curiosidade e alimentou teorias conspiratórias em escala global. Trata-se de uma formação com formato de piramide, localizada na Cordilheira Ellsworth, que tem sido alvo de debates.

Apesar da aparência intrigante, os especialistas destacam que nem tudo é o que parece. A seguir, desvendamos o que se sabe até agora sobre essa formação peculiar.

A origem das pirâmides e o fascínio pelo desconhecido

Quando pensamos em pirâmides, as antigas civilizações do Egito, México, Peru e até da Itália vêm à mente. Essas construções são testemunhos da engenhosidade humana e carregam mistérios e significados profundos.

Assim, a descoberta de uma formação com traços piramidais na Antártida trouxe consigo e dúvidas. Seria possível que uma civilização antiga tenha alcançado essas terras geladas e monumentos construídos ali?

A formação da “pirâmide” antártica

Antártida, Pirâmide
Imagens do Google Earth mostrando uma vista aérea da intrigante formação intensificaram as especulações. (CRÉDITO: Google Earth)

Com a ajuda do Google Earth, imagens aéreas da formação na Cordilheira Ellsworth foram divulgadas, levando internautas a especular sobre a possibilidade de uma construção feita por seres humanos ou, até mesmo, extraterrestres.

Contudo, geólogos e cientistas rapidamente responderam mais plausíveis e científicos para as especificidades.

O professor Eric Rignot, da Universidade da Califórnia, acredita que a formação nada mais é do que uma montanha com um formato peculiar. Rignot explicou que “formatos piramidais não são naturais e ocorrem naturalmente em formações rochosas, especialmente em regiões de montanha”.

A perspectiva geológica

A teoria mais aceita entre os geólogos é que a forma piramidal é resultado de erosão, causada por milhões de anos de processos naturais. Mitch Darcy, do Centro Alemão de Pesquisa em Geociências, esclareceu que a formação está localizada nas Montanhas Ellsworth, uma cordilheira extensa.

Segundo ele, “a semelhança da formação com uma pirâmide é mera coincidência, sendo apenas uma questão de como os picos rochosos se elevam acima do gelo.

Nunataks: fenômeno comum em regiões glaciais

A formação, evolução como um “nunatak”, é um termo que se refere aos picos de rochas que emergem acima do gelo, comuns em áreas glaciais.

Muitos nunataks podem ser adquiridos de formas pontiagudas, dependendo da maneira como o gelo os envolve e se movimentam ao seu redor. Portanto, a “pirâmide” antártica, por mais intrigante que seja, é considerada uma formação natural.

Características das montanhas ellsworth

A Cordilheira Ellsworth é a mais alta da Antártida, com cerca de 360 ​​quilómetros de extensão. Ela é dividida em duas subcadeias:

  1. Serra sentinela: Lar dos picos mais altos, incluindo o Monte Vinson, que atinge 4.892 metros e é o ponto mais alto do continente.
  2. Faixa do patrimônio: Caracterizada por picos cada vez mais baixos e formações geológicas diversas, que revelam detalhes sobre a história tectônica e sedimentar da região.

Estudos indicam que as Montanhas Ellsworth foram formadas há cerca de 150 milhões de anos, sendo compostas majoritariamente por rochas sedimentares e metamórficas.

Análises geológicas apontam que essa cordilheira já fazia parte de um continente maior, antes de se separar e migrar para o extremo sul, compondo a massa de terra atual da Antártida.

Antártida, Pirâmide
A cordilheira é complexa, consistindo de cristas e picos dispersos de altura moderada, escarpas, colinas e nunataks, com várias unidades de relevo destacadas por numerosas geleiras intermediárias. (CRÉDITO: Wikipedia)

Clima e desafios ambientais

O clima nas Montanhas Ellsworth é um dos mais severos do planeta. Com temperaturas que podem cair abaixo de -50°C, ventos intensos e longos períodos de escuridão durante o inverno, a área oferece condições extremas para pesquisa e exploração.

No verão, o cenário é invertido, com luz solar contínua e temperaturas um pouco mais amenas, facilitando o trabalho de pesquisadores e alpinistas.

Exploração e pesquisa na região

As Montanhas Ellsworth atraem o interesse de cientistas e aventureiros. Entre as áreas de estudo estão:

  • Glaciologia: Pesquisas sobre a composição do gelo e as alterações climáticas passadas, comprovadas por meio de amostras de núcleos de gelo.
  • Geologia: As formações rochosas fornecem pistas sobre processos tectônicos antigos, contribuindo para a compreensão da história geológica da Antártida.

Para montanhistas, alcançar o cume do Monte Vinson é um feito especial. As expedições ocorrem durante o verão antártico (novembro a janeiro), quando as condições são menos rigorosas, mas ainda permitem habilidades e equipamentos especializados.

Curiosidade e conspiração

Apesar das evidências científicas, o fascínio humano pelo desconhecido mantém viva a curiosidade sobre a “pirâmide” antártica.

Como disse Mauri Pelto, professor de ciências ambientais do Nichols College: “Pelo menos eles estão pensando em alguma coisa”. Ele espera que, através dessa curiosidade, mais pessoas possam aprender sobre o planeta e suas características naturais.

A “pirâmide” da Antártida provavelmente não passa de um acidente geológico. Ela permanece, entretanto, como símbolo das maravilhas naturais de nosso planeta e da constante busca humana por respostas.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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