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Petróleo na Amazônia: Recursos e Impactos dos Royalties da Foz

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 28/12/2023 às 18:42
óleo
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Jean Paul Prates conversou com a CNN sobre a perspectiva da produção de petróleo na Foz do Amazonas em 2024, com benefícios econômicos e ambientais locais.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressaltou, em entrevista exclusiva à CNN, a importância de destinar parte dos recursos obtidos com royalties do petróleo para a Amazônia.

Prates enfatizou que é fundamental considerar um projeto de lei e iniciativas de governos locais na regulação da utilização desse recurso, visando transformá-lo em atividades econômicas sustentáveis na região amazônica.

‘É justo que as participações governamentais pagas pela produção e exploração de petróleo sejam direcionadas para beneficiar os amazônidas’, afirmou o presidente. Ele ainda ressaltou a responsabilidade dos líderes em cuidar e garantir que esses recursos sejam aproveitados de forma adequada na região.

Petróleo na Amazônia: Presidente da Petrobras defende busca de petróleo no AP | CNN PRIME TIME

De acordo com um representante da Petrobras, já há um grupo de parlamentares tratando do assunto sobre a exploração de petróleo: ‘Esse debate existe, tá planteado entre parlamentares, especialmente senadora Eliziane [Gama (PSD-MA)], do Maranhão, senador Randolfe [Rodrigues (Rede-AP)], e outros, conversaram com a gente, nós ajudamos inclusive a fomentar esse processo de debate nisso e, claro, eles como parlamentares vão tomar conta desse debate lá, levando uma proposta legislativa que confine um pedaço desse recurso, seja via fundo Amazônia, seja via outras rubricas.’

Petróleo na Amazônia: Presidente da Petrobras expressa sua expectativa sobre a exploração na Foz do Amazonas

Ele disse que a perfuração do poço na Foz do Amazonas ocorra no segundo semestre de 2024. ‘A expectativa é no primeiro semestre, depois do primeiro poço da Potiguar, tentar receber a licença pra ir furar a Foz e voltar pra furar o segundo poço, ou furar os dois poços e no segundo semestre do ano que vem furar a Foz do Amazonas’, declarou.

Petróleo na Amazônia: Presidente da Petrobras aborda o processo de descoberta

Uma eventual exploração de fato, porém, segundo ele, deve demorar anos. ‘A sonda é só pra furar, achar petróleo e ir embora. E isso leva de 3 a 4 meses. Após encontrado esse óleo, se encontrado, você vai ter um período de avaliação que vai até 180 dias ou mais, meio ano ou mais, avaliando aquela descoberta, se ela vale a pena ou não’, afirmou.

Petróleo na Amazônia: Presidente da Petrobras destaca o plano de desenvolvimento da exploração de petróleo

‘Mesmo assim, você ainda deve furar outros poços, como é o caso do Pitu que eu acabei de dizer, pra delimitar o reservatório, até onde ele vai. Pra saber exactamente quanto de reserva você tem ali e se vale a pena produzir. Aí um dia chega a hora que alguém conclui que vale a pena produzir’, explicou Jean Paul Prates.

Petróleo na Amazônia: Presidente da Petrobras explica a transição energética

Ele aponta os elementos que, no final das contas, vão influenciar a decisão sobre a exploração de petróleo na região. ‘É uma decisão política produzir aonde, quando e o que em algum lugar, quando se trata de recursos naturais concedidos pelo governo’, avalia.

Petróleo na Amazônia: Presidente da Petrobras fala sobre o benefício econômico e social da exploração

‘É bem lembrar sempre, não é política porque é o Lula ou porque fosse outro presidente, não é isso’, acrescentou. ‘É política, porque é política nacional definir o horizonte exploratório do Brasil. Queremos produzir mais petróleo ou queremos ainda ser produtores e autossuficientes durante os próximos 40 anos ou 50, mesmo com a curva de queda? Mas queremos ser donos do nosso próprio petróleo ou queremos passar a arriscar a ter que importar? Queremos ter reposição de expectativa de reservas como eu estou falando ou não queremos? Essa é uma decisão política.’

Petróleo na Amazônia: Presidente da Petrobras considera a exploração política setorial

Ele enfatiza que a decisão de explorar petróleo na Amazônia é política setorial. Explorar petróleo no Alasca foi uma decisão política, ele afirma.
Mas não é política no sentido de dizer esse personagem político, esse partido. Por isso que a resposta tem que ser muito específica. Política, do ponto de vista de política energética nacional. Quero produzir petróleo ou não quero mais produzir petróleo, quero importar petróleo daqui 20 anos.’
A CNN publica nesta semana a série especial Petróleo na Amazonia. Confira aqui as reportagens.

Fonte: CNN Brasil

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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