Estudo divulgado pela Firjan, não era feito desde 2014 e o atual prevê investimentos bilionários de dois a dez anos e indica quais serão os empreendimentos no estado do Rio de Janeiro
A crise que se abateu sobre o estado do Rio de Janeiro, parece que vai começar a arrumar as malas para nos deixar. Um estudo da Firjan apontou uma previsão de recebimento de R$ 162,3 bilhões em investimentos.
O setor de petróleo e gás natural é responsável por 82% do potencial otimismo, apesar do estudo não indicar quantos empregos serão criados, a expectativa é que sejam possíveis após a aprovação da reforma da Previdência e a melhoria da segurança pública.
O estudo da Firjan culminou com a publicação do “Mapa dos investimentos no estado do Rio de Janeiro (2019)” que se baseou, segundo ela, nos empreendimentos com linhas de financiamentos confirmados ou licenciamentos definidos.
Alguns empreendimentos tem prazo de dois anos para acontecerem, já outros tem prazos mais longos, podendo chegar a dez anos.
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Os Empreendimentos
O Hub de gás do Porto do Açu, na região norte do estado do Rio de Janeiro por exemplo, já é para 2021 e o estudo da Firjan, que voltou a ser feito depois de 5 anos, aponta 111 empreendimentos confirmados no estado.
Deste total, 24 são de inciativa estrangeira, ou seja, 36% do investimento (R$ 59 bilhões), e o estudo destaca ainda quais são as empresas envolvidas, com destaque para a Petrobras, a Exxon, a francesa DCNS (Submarinos da Marinha), a Nissan e a CSN.
Em relação aos setores, a liderança pertence ao de Petróleo e Gás, serão R$ 133, 2 bilhões de investimentos, com o segundo lugar ficando com o de indústria de transformação, com R$ 19,8 bilhões.
O setor de infraestrutura também se destaca com R$ 2,1 bilhões em investimentos confirmados na capital carioca.
O especialista em economia fluminense e professor de economia da UFRJ, Mauro Osório, explica que mesmo havendo um investimento de R$ 133, 2 bilhões na área de Petróleo e gás, há que se analisar quanto desse montante ficará no Rio de Janeiro, visto que neste setor somente 16% dos fornecedores estão no estado.
Como o Petróleo é vendido fora do estado, o ICMS não será arrecadado onde será vendido, além de ser uma área que utiliza muitos equipamentos importados.
Para que estes investimentos se potencializem há que se criar um ambiente favorável pelo governo, já que muitos são estrangeiros e precisarão, por exemplo, da aprovação das reformas e da melhoria da segurança pública.
O especialista destacou também que o Rio de Janeiro precisa diversificar seus investimentos e não ficar na dependência do Petróleo como já aconteceu antes com um retrospecto não muito bom.
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