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Petróleo da Margem Equatorial no Amapá: nova receita estatal promete financiar infraestrutura, proteger terras indígenas e impulsionar o desenvolvimento regional sustentável

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 11/11/2025 às 08:42
Homem de óculos em traje formal sendo entrevistado em evento profissional, com fundo desfocado.
Clécio Luís defende exploração de petróleo na Margem Equatorial durante a COP30/ Foto: Leandro Fonseca/ Exame
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O governador do Amapá destaca como o petróleo da Margem Equatorial pode transformar o estado, atraindo investimentos, gerando empregos e acelerando obras de infraestrutura sustentável na região

Em 10 de novembro de 2025, o governador do Amapá, Clécio Luís, anunciou que os recursos provenientes da exploração de petróleo na Margem Equatorial serão destinados à infraestrutura, à proteção de terras indígenas e ao desenvolvimento sustentável. A declaração foi feita durante a COP30 em Belém, conforme publicado pela revista Exame.

O que é a Margem Equatorial e seu potencial energético

Clécio Luís afirmou que o petróleo será utilizado como matriz econômica para viabilizar investimentos em infraestrutura, garantir a proteção das terras indígenas e promover o desenvolvimento sustentável do Amapá. A fala marca uma virada na política econômica do estado, que até então dependia fortemente de repasses federais e de sua vocação ambiental.

A Margem Equatorial é uma faixa litorânea que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, com alto potencial de petróleo e gás ainda não explorado. A região é considerada estratégica pela Petrobras e pelo governo federal, especialmente após a concessão da licença ambiental pelo Ibama para perfuração no bloco FZA-M-059, localizado a 175 km da costa do Amapá.

Estudos geológicos indicam que a área possui características semelhantes às bacias da Guiana e do Suriname, onde foram descobertas reservas significativas nos últimos anos. A Margem Equatorial pode se tornar uma das principais fontes de energia do Brasil nas próximas décadas.

Clécio Luís defende desenvolvimento sustentável no Amapá

O governador Clécio Luís tem reforçado que a exploração do petróleo deve ser feita com responsabilidade ambiental. Segundo ele, o Amapá é o estado com menor taxa de desmatamento do Brasil e é considerado carbono negativo, ou seja, captura mais carbono do que emite.

O Amapá é reconhecido como exemplo de preservação ambiental e busca agora se tornar referência em desenvolvimento sustentável. A proposta é que os royalties do petróleo sejam aplicados em obras de infraestrutura, como estradas, saneamento e energia, além de políticas públicas voltadas à proteção de comunidades indígenas e tradicionais.

Infraestrutura no Amapá: gargalos históricos e novas perspectivas

O Amapá enfrenta há décadas um déficit estrutural em áreas essenciais. De acordo com dados do IBGE e do site Municípios e Saneamento, parte significativa da população do estado não tem acesso a saneamento básico adequado. Além disso, a malha rodoviária é limitada, dificultando o escoamento da produção e o acesso a serviços públicos.

Com a nova receita oriunda do petróleo, o governo estadual pretende investir em:

  • Pavimentação de rodovias estratégicas, como a BR-156;
  • Expansão da rede elétrica para comunidades isoladas;
  • Construção de hospitais e escolas em áreas remotas;
  • Modernização dos portos e aeroportos regionais.

Esses investimentos podem mudar radicalmente a qualidade de vida da população amapaense.

Petróleo e proteção das terras indígenas no Amapá

Outro pilar da proposta é a proteção das terras indígenas. O Amapá abriga diversas etnias, como os povos Waiãpi e Galibi Marworno, que vivem em áreas de floresta preservada. O governo promete destinar parte dos recursos do petróleo para:

  • Fortalecer a demarcação e fiscalização de terras indígenas;
  • Apoiar projetos de etnodesenvolvimento;
  • Garantir acesso à saúde e educação diferenciadas.

A ideia é que o desenvolvimento econômico caminhe lado a lado com a valorização cultural e a proteção dos direitos originários.

Licenciamento ambiental e responsabilidade ecológica

A exploração de petróleo na Margem Equatorial tem gerado debates intensos entre ambientalistas, governo e setor produtivo. O Ibama autorizou a perfuração após a aprovação do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF), que estabelece protocolos rigorosos para mitigar impactos ambientais.

A licença ambiental é um marco regulatório importante, pois demonstra que é possível conciliar exploração de recursos naturais com responsabilidade ecológica. Ainda assim, organizações da sociedade civil seguem monitorando o processo para garantir que os compromissos sejam cumpridos.

Potencial econômico do petróleo na Margem Equatorial

Segundo estimativas da Petrobras, a Margem Equatorial pode gerar bilhões em royalties e participações especiais nos próximos anos. Para o Amapá, isso representa uma oportunidade inédita de diversificar sua economia e reduzir a dependência de transferências federais.

Além disso, a cadeia produtiva do petróleo pode gerar milhares de empregos diretos e indiretos, especialmente nas áreas de:

  • Logística e transporte;
  • Construção civil;
  • Serviços técnicos e ambientais;
  • Formação profissional e capacitação.

O petróleo pode ser o motor de uma nova economia regional.

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Clécio Luís e o desafio da governança transparente

Apesar das promessas, o projeto enfrenta desafios significativos:

  • Garantir que os recursos sejam bem aplicados e não desviados;
  • Evitar impactos ambientais irreversíveis;
  • Promover inclusão social e evitar desigualdades regionais;
  • Manter a transparência e o controle social sobre os investimentos.

O sucesso dependerá da governança e da participação ativa da sociedade civil. O papel de Clécio Luís será decisivo para garantir que o Amapá se torne um exemplo de gestão pública eficiente e sustentável.

Petróleo no Amapá: oportunidade para um futuro equilibrado

A exploração de petróleo na Margem Equatorial representa uma virada histórica para o Amapá. Sob a liderança de Clécio Luís, o estado tem a oportunidade de transformar riqueza natural em desenvolvimento humano, respeitando o meio ambiente e os povos originários.

Se bem conduzido, esse novo ciclo econômico pode colocar o Amapá como referência nacional em desenvolvimento sustentável. A chave será equilibrar crescimento com preservação, infraestrutura com inclusão, e riqueza com justiça social.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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