BP e Eneva se unem em disputa de licitações para projeto de termoelétrica a gás em Macaé; Petrobras, Engie e Neoenergia, também participarão do leilão
Leilão de energia do governo, une petroleiras como BP e Eneva em disputa de licitações para projeto de termoelétrica a gás em Macaé. No leilão que está agendado para 30 dia abril, serão oferetados contratos de longo prazo para a compra de energia das usinas vencedoras. Brasil produz mais petróleo que os Emirados Árabes.
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Empresas como a estatal brasileira Petrobras, a francesa Engie e a Neoenergia, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, também inscreveram empreendimentos para disputar as licitações dos leilões.
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Em janeiro, a estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou que os leilões de abril receberam o cadastro de 158 projetos, que somariam capacidade instalada total de 36 gigawatts para o certame A-4 e de 43 gigawatts para o A-5.
Os leilões A-4 e A-5, tem como objetivo a contratação de energia junto a termelétricas a gás e carvão para atender à demanda de distribuidoras de energia, em substituição a contratos de suprimento com usinas principalmente a óleo que vencerão nos próximos anos.
Os vencedores do leilão terão contratos de 15 anos para entrega da energia a partir de 2024 e 2025.
O número e o volume de empreendimentos a serem contratados, no entanto, dependerão da demanda das distribuidoras, um dado sigiloso apresentado pelas empresas ao governo antes de cada licitação pública de compra de energia.
Eneva e BP
De acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), se vencedoras, a britânica e a brasileira fundariam uma empresa no Brasil que controlaria a térmica, na qual a Eneva teria 75% de participação e a BP os restantes 25%.
Previsto para ser implantado em Macaé, no Rio de Janeiro, a nova empresa utilizaria como combustível gás natural ou Gás Natural Liquefeito (GNL)
Na última sexta-feira foi aprovado sem restrições pelo órgão de defesa da concorrência a compra de uma fatia majoritária da UTE Fátima pela Eneva, onde a usina tem capacidade de gerar até 1.750 megawatts.
O negócio envolve ações na usina pertencentes à Natural Energia, que tem como sócias a Martins Empreendimentos, Engenharia e Participações e a Fox Energy Serviços de Energia.
Em novembro do ano passado Eneva já havia confirmado o interesse em disputar as licitações do governo para potencial aquisição de 75% da usina.
Procurada, a BP recusou-se a comentar. A Eneva disse em nota que tem uma opção de compra do ativo termelétrico e que “o assunto está em curso”.
Nos documentos entregues ao órgão estatal, as companhias disseram que o desenvolvimento e construção da usina Fátima dependerão do sucesso nos leilões de energia.