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Petroleiras Exxon e Equinor têm previsão de investir 8 bilhões de dólares para extração de petróleo no Campo de Bacalhau, na Bacia de Santos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 02/06/2021 às 16:32
Petróleo - Exxon – Equinor – Bacia de Santos
Plataforma de petróleo e logo da Equinor e Exxon/ Fonte: Reprodução

A primeira extração de petróleo do campo na Bacia de Santos, operado pela Equinor, Exxon e Petrogal, está previsto para 2024

Ontem, as petroleiras Equinor, ExxonMobil e a Petrogal Brasil disseram que seguirão adiante com o desenvolvimento da descoberta de petróleo no campo de Bacalhau, na Bacia de Santos, com investimentos de cerca de US$ 8 bilhões.O primeiro óleo do campo, que será operado pela norueguesa Equinor, é previsto para 2024, e a produção deve atingir 220 mil barris por dia, disseram as empresas, em um comunicado conjunto. Veja ainda: Petroleiras Exxon, Enauta e Murphy vão perfurar o primeiro poço de petróleo na Bacia de Sergipe-Alagoas no próximo semestre

Campo de Bacalhau na Bacia de Santos – Exxon, Equinor e Petrogal

Em 2012, a petroleira Equinor comprou o ativo de petróleo da Petrobras (localizado no polígono do pré-sal) na maior parte do projeto – descobertas de Carcará e Guanxuma – presentes no contrato de concessão BM-S-8. Posteriormente, foi contratada a extensão do campo na área de Carcará Norte, pelo regime de partilha.

O plano de desenvolvimento foi aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em março de 2021. A Equinor opera o projeto com 40%, ExxonMobil detém 40% e a Petrogal Brasil, os 20% restantes. Já a estatal Pré-sal Petróleo SA (PPSA) atua como representante da União no contrato de partilha.

Campo de petróleo da Exxon, Equinor e Petrogal tem “break even” baixo

Veronica Coelho, executiva à frente das operações da Equinor no Brasil, diz que o campo de petróleo Bacalhau, na Bacia de Santos, é um passo importante para a realização da ambição estratégica de aprofundar a presença no Brasil. Coelho ainda diz que é um projeto importante para o país, pois representa investimentos significativos, com efeito cascata na cadeia de suprimentos e criação de empregos locais.

Arne Sigve Nylund, vice-presidente executivo de Projetos, Perfuração e Suprimentos da Equinor, diz que o campo de Bacalhau é um projeto globalmente competitivo, com um break even abaixo de 35 dólares em uma região chave de energia. Segundo ele, as reservas recuperáveis estimadas para a primeira fase são mais de um bilhão de barris de petróleo.

Primeira extração de petróleo do campo na Bacia de Santos

A previsão é que o primeiro FPSO do campo de petróleo, na Bacia de Santos, entre em operação em 2024. A multinacional MODEC foi contratada para construir a unidade e uma segunda plataforma pode ser encomendada – a decisão anunciada no dia 1º diz respeito somente ao primeiro FPSO. A unidade foi contratada na modalidade chamada BOT (build, operate, transfer). Além de construir a unidade, a MODEC vai operar a plataforma por um ano e, em seguida, a Equinor assume com pessoal próprio.

O campo de petróleo Bacalhau está situado entre duas licenças, BM-S-8 e Norte de Carcará. O recurso é um reservatório de carbonato de alta qualidade, contendo óleo leve, com o mínimo de contaminantes. A malha de drenagem prevê a conexão de 19 poços submarinos à unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO), com capacidade para processar 220 mil barris por dia petróleo. Todo o gás produzido nessa primeira fase será injetado no reservatório.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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