Enauta assina contratos milionários de concessão de 4 blocos de petróleo e gás da Bacia do Paraná. A petroleira aposta na diversificação da sua base de ativos.
A petroleira Enauta informou em fato relevante, na manhã deste dia, 29 de junho, que assinou os contratos de concessão dos blocos de petróleo e gás arrematados no 2º Ciclo da Oferta Permanente da ANP, realizado em 4 de dezembro de 2020. A Companhia adquiriu 30% de participação em quatro blocos onshore PAR-T-86, PAR-T-99, PAR-T-196 e PAR-T-215, na Bacia do Paraná, em parceria com a Eneva.
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A aquisição destes quatro blocos de petróleo onshore marca a entrada da Enauta na Bacia do Paraná, considerada área de fronteira pela baixa quantidade de atividades exploratórias já realizadas na região, permitindo que a petroleira esteja bem posicionada para captar novas possibilidades de negócios. “A Enauta aproveitou essa oportunidade para diversificar sua base de ativos”, disse a empresa.
De acordo com o comunicado, a Enauta prevê investimento da ordem de R$ 15 milhões em atividades exploratórias. Os blocos de petróleo onshore estão localizados nos estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, com aproximadamente 11.544 km2 de extensão, área superior à de toda a tradicional Bacia do Recôncavo na Bahia.
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Em caso de descoberta, a proximidade com o mercado consumidor de gás facilitaria o escoamento da produção. O consórcio poderia ainda replicar o modelo de sucesso de reservoir-to-wire (R2W), com a geração de energia elétrica a partir do gás natural.
Segundo a petroleira, o valor do bônus de assinatura para estes blocos foi de R$ 2,1 milhões e a Enauta desembolsará R$ 633 mil nos próximos dias. O Programa Exploratório Mínimo (PEM) ofertado para 100% dos blocos foi equivalente a 1.000 km de sísmica 2D, a ser executado em até 6 anos.
Shell, Eneva e Enauta vencem 2º Ciclo da Oferta Permanente da ANP
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou, no último dia 28 de junho, a cerimônia de assinatura dos contratos das 18 áreas arrematadas no 2º Ciclo da Oferta Permanente, sendo 17 blocos exploratórios e um com acumulações marginais.
No total, foram sete empresas signatárias: Shell Brasil, Eneva (ENEV3), Enauta (ENAT3), Imetame Energia Ltda., Energy Paranã Ltda., Potiguar E&P S.A. e Petroborn Óleo e Gás S.A.
A sessão pública de apresentação de ofertas do 2º Ciclo da Oferta Permanente ocorreu no dia 4 de dezembro do ano passado. Segundo a ANP, no certame foram arrecadados R$ 56,7 milhões em bônus de assinatura e as áreas arrematadas irão gerar investimentos exploratórios mínimos da ordem de R$ 160 milhões.
Brasil teve recorde de exportação de petróleo no ano passado e está no caminho certo, disse o Ministro de Minas e Energia
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que o leilão demonstrou que o país está no caminho certo no que diz respeito ao setor de petróleo e gás natural, que teve recorde de exportação no ano passado, mesmo em um ano difícil por causa da pandemia da covid-19
“Mesmo diante da maior crise do petróleo das últimas décadas, nesse 2º Ciclo houve manifestação de interesse por 14 setores de blocos exploratórios e por duas áreas de acumulação marginal. Números que por si só já representavam grande sucesso. Tal interesse já demonstrava a atratividade e consolidava o modelo de leilões em oferta permanente”, disse o ministro.
Segundo o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, com os contratos assinados hoje, serão adicionados em torno de 20 mil quilômetros quadrados (km²) de área de exploração, em seis bacias sedimentares brasileiras, uma área quase do tamanho do estado de Sergipe. “Isso significa um acréscimo de 10% em área exploratória concedida”, disse.
Saboia ressaltou ainda que os contratos assinados trarão impactos positivos em nível regional. “Destaco, por exemplo, os quatro blocos arrematados na nova fronteira exploratória na Bacia do Paraná, que poderão trazer produção comercial de hidrocarbonetos pela primeira vez na Região Centro-Oeste, sendo beneficiada com geração de empregos, renda e royalties”.