A petroleira foi procurada, mas não quis se pronunciar sobre a afirmação do presidente Jair Bolsonaro sobre a redução de preços dos combustíveis
O presidente da república, Jair Bolsonaro, declarou no último domingo, 5 de dezembro, que a Petrobras começará a reduzir os preços dos combustíveis a partir dessa semana. Além disso, em entrevista ao site Poder360, Bolsonaro comentou sobre a possibilidade de encontrar prefeitos para discutir sobre os transportes públicos.
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“A Petrobras começa a anunciar já esta semana redução do preço do combustível. O que eles têm alegado, que eu tenho visto eles reclamando, é que com o aumento do combustível aumenta o preço da passagem. Agora seria bom que eles procurassem os governadores”, afirmou.
A assessoria de imprensa da Petrobras foi procurada, mas não confirmou e nem negou a afirmação de Jair Bolsonaro, dizendo que, por enquanto, a petroleira não vai se pronunciar sobre.
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Política de preços da Petrobras
No último mês, em entrevista à CNN, Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, disse nao discutir política de preços com o presidente Jair Bolsonaro. “A minha relação com o presidente Bolsonaro é de profundo respeito e consideração, e isso é recíproco. Eu não trato com o presidente sobre o preço de combustível. Esse assunto não conversamos.” , declarou Joaquim.
No mês de setembro, em uma apresentação à imprensa para discutir os preços dos combustíveis, o presidente da Petrobras confirmou que não haveria mudança na política da companhia no que diz respeito ao preço dos combustíveis. “Entendo como uma oportunidade para mostrar como a Petrobras tem participado de tudo isso. Começo afirmando que não há nenhuma mudança na política de preço da Petrobras. Continuamos trabalhando da forma como sempre trabalhamos”, pronunciou Silva e Luna na ocasião.
Em outubro, Joaquim Silva e Luna concedeu uma entrevista à Reuters e reafirmou que não há chances de a Petrobras atuar para manter os preços dos combustíveis no Brasil em um momento de valores elevados, que estão pressionando a inflação e o orçamento dos brasileiros.
Isso quer dizer que a Petrobras reajustará os preços da gasolina e do diesel caso os preços do petróleo ou do câmbio tenham novas elevações estruturais. O executivo afirmou ainda que isso precisa ser feito para manter a política da Petrobras de manter a paridade com as cotações mundiais, embora a sociedade exerça pressão contrária a isso.
Joaquim Silva e Luna afirmou também que a Petrobras não detém monopólio no segmento e que não é certo culpá-la pelas sucessivas elevações do preço cobrado pelos combustíveis. “Há 24 anos a Petrobras não exerce monopólio. Ela compete livremente com outros atores do mercado”, confirmou.
Sobre a possível privatização da Petrobras
Recentemente o presidente Jair Bolsonaro declarou que “infelizmente” a Petrobras é independente, levantando a possibilidade de privatizar a petroleira. E, embora o comunicado oficial da Petrobras tenha afirmado que não há estudos sobre essa pauta no Ministério da Economia e nem no Ministério de Minas e Energia, auxiliares presidenciais relataram à CNN Brasil que técnicos do governo estão realizando, a pedido de Bolsonaro, uma análise informal sobre a privatização, caso ele decida apresentar uma proposta ao Congresso Nacional.
As ações da Petrobras estiveram entre as maiores altas do dia na B3, encerrando o pregão com ganhos de mais de 6% na época em que a notícia de uma possível privatização veio a público.
No início do mês de novembro, outra declaração de Bolsonaro sobre o valor dos combustíveis causou impacto na bolsa de valores. O presidente do Brasil declarou que a petroleira anunciaria, em 20 dias, mais um reajuste, o que fez com que o Ibovespa, índice principal da B3, apresentasse alta de quase 4%.
ICMS nos combustíveis
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sofreu um congelamento, durante 90 dias, como forma de tentar conter a alta nos preços dos combustíveis. A medida foi aprovada unanimemente em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). “O objetivo é colaborar com a manutenção dos preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022”, disse o Ministério da Economia.
Mesmo depois dessa decisão, o diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, afirmou que a petroleira não considerava congelar o preço dos combustíveis. De acordo com ele, a medida causaria um ‘descompasso’ com o mercado estrangeiro, o que causaria um prejuízo para a Petrobras.