Antes, as multas impostas pelo TST chegavam a 58,5 milhões de reais. Representantes de sindicatos e da Petrobras negociaram e chegaram a um acordo de 2,47 milhões
Tribunal Superior do Trabalho (TST) impôs multas aos sindicatos na ordem de 58,5 milhões de reais a pagar a Petrobras durante a greve dos petroleiros que terminou na última sexta-feira, 21 de fevereiro. O cálculo da multa levou em consideração apenas 13 dos 20 dias de greve.
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Inicialmente as multas diárias estabelecidas pelo TST eram de R$ 500 mil para sindicatos de grande porte e de R$ 250 mil para os pequenos. Porém após 5 longas horas de negociação entre a Petrobras e os sindicatos, chegaram ao novo acordo de 2,47 milhões a serem pagos à Petrobras.
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Foi considerado para a penalização imposta pelo ministro Grandra do TST a pedido da Petrobras, no último dia 4, o fato de a greve não ter respeitado o porcentual mínimo de trabalhadores em atividades, estabelecido em 90%.
O acordo ocorreu na reunião de conciliação entre a estatal e os sindicatos, que pôs fim à greve dos petroleiros, mediada por Ives Gandra, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Petrobras está autorizada pelo TST a reter parte do dinheiro referente as mensalidades sindicais descontadas do salário do trabalhador, que antes seria para ser repassado integralmente às associações.
A estatal poderá descontar metade dos dias não trabalhados dos participantes da greve, sendo que a outra metade será compensada através de bancos de horas no prazo máximo de 180 dias.
A estatal levou em consideração a reivindicação dos trabalhadores para que a tabela de turnos seja estabelecida de acordo com a conveniência dos funcionários.
Petrobras poderá manter a tabela atual durante 25 dias. Esse prazo começa a valer da data em que serão assinados os acordos sobre as novas tabelas, sendo que a ideia é que assinatura ocorra no próximo dia 27.
Nova negociação entre Petrobras e sindicatos ocorrerá no próximo dia 27
Segundo sindicatos e petroleiros o principal motivo que levou a greve da categoria seria pela demissão de 400 trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras localizada no Paraná.
As primeiras demissões na Ansa iriam acontecer no dia 14 de fevereiro. Porém as negociações referente a este impasse, não não aconteceu no acordo de sexta-feira (21).
Sindicatos e a Petrobras irão se reunir para negociar exclusivamente a situação da Ansa no o próximo dia 27.
Representante da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Bezerra da Costa alertou que o “estado de greve” é permanente. Ou seja, se categoria entender que a estatal irá desrespeitar outros pontos do acordo coletivo, os trabalhadores poderão parar novamente.
“Combinamos fim da greve, com todos trabalhando, mas estado de greve é permanente”, disse. “A gestão do sistema Petrobras está vindo para cumprir acordo coletivo”, disse o representante da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar.