Selo internacional consolida protagonismo do país na transição energética do setor aéreo
A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, alcançou um marco histórico em outubro de 2025. Ela se tornou a primeira refinaria do Brasil certificada para produzir e comercializar combustível sustentável de aviação (SAF) pela rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fatty Acids). Essa informação foi divulgada oficialmente pela Petrobras, o que reforça o protagonismo do país na transição energética global.
Além disso, o reconhecimento internacional só foi possível graças à certificação ISCC CORSIA (International Sustainability and Carbon Certification – Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation). Esse selo foi concedido após a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), emitida em maio de 2025. Assim, a Reduc consolidou-se como pioneira nacional na rota da descarbonização aérea, elevando o Brasil a um novo patamar de inovação e sustentabilidade.
Petrobras marca presença na transição energética global
Com a certificação ISCC CORSIA, a Reduc comprovou que seu processo segue padrões rigorosos de sustentabilidade e rastreabilidade. A refinaria agora está autorizada a produzir SAF com até 1,2% de matéria-prima renovável. Além disso, poderá comercializar até 50 mil metros cúbicos por mês, equivalentes a 10 mil barris diários.
O avanço está alinhado ao Programa Combustível do Futuro, do Ministério de Minas e Energia (MME), que prevê reduzir 1% das emissões da aviação até 2027, em conformidade com o CORSIA, da OACI. Segundo o diretor William França, a conquista reforça o compromisso da Petrobras com uma transição energética justa e sustentável. Ele destacou que o avanço demonstra o papel essencial da inovação e da modernização no refino brasileiro, garantindo eficiência e competitividade ambiental.
Brasil se antecipa às exigências e sai na frente da aviação verde
Embora o uso obrigatório de SAF em voos internacionais comece apenas em 2027, a Petrobras se antecipou e colocou o Brasil na vanguarda dos combustíveis sustentáveis. Essa estratégia demonstra liderança, planejamento e compromisso ambiental.
O diretor Claudio Schlosser afirmou que o coprocessamento da Reduc é uma solução eficiente e sustentável, fortalecendo a transição energética justa. Ele ressaltou que a abordagem mostra como a indústria nacional pode se adiantar às demandas globais, garantindo uma aviação mais limpa e competitiva.
A Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), também testou o coprocessamento de óleo vegetal, ampliando a produção de SAF e consolidando a Petrobras como referência mundial no setor.
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Certificação reforça compromisso com a sustentabilidade
A ISCC (International Sustainability and Carbon Certification) assegura sustentabilidade e rastreabilidade em cadeias produtivas de biomassa e biocombustíveis. Esse selo comprova que a Reduc cumpre padrões ambientais globais e contribui diretamente para reduzir a pegada de carbono.
Por sua vez, o CORSIA, criado pela OACI, tem como meta reduzir emissões da aviação internacional e estimular o uso de combustíveis sustentáveis certificados, como o SAF. Assim, o programa fortalece os compromissos climáticos do Acordo de Paris e promove práticas industriais mais limpas e inovadoras.
Com esses avanços, a Petrobras reafirma sua liderança tecnológica e ambiental, consolidando o Brasil como referência global em sustentabilidade energética.
Em síntese, a certificação da Reduc representa um salto histórico para o Brasil. Ela confirma o país entre os protagonistas da transição energética mundial. Ao unir inovação, sustentabilidade e visão de futuro, a Petrobras demonstra que o refino brasileiro está pronto para liderar a descarbonização do setor aéreo global. E você, acredita que o Brasil continuará nesse ritmo de liderança nos próximos anos?